Aceita ser minha namorada?

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Luan e Nayane se conheceram há seis meses, desde então conversam sempre, vivem saindo, mas apesar de todos os encontros e viagens juntos os dois nunca ficaram, isso porque sempre que Luan tentava algo a mocinha recuava, se sentia insegura devido a um relacionamento que não acabou nada bem. Luan estava apaixonado e era sempre paciente com Nayane que já tinha o explicado o motivo de ter medo de se relacionar de novo.

- Finalmente chegou, estava ansioso pra te ver. - Luan fala sorrindo quando Nayane entra no quarto do hotel onde ele estava

- Ansioso ou com medo de levar um bolo? - ela fala sorrindo e caminha até ele

- Nunca me deu um bolo, não seria na véspera do ano novo que me daria. - Luan sorri e a abraça - Que saudade!

- Também estava com saudades, bebê!

- Isso do bebê é novo e gostei. - Luan tenta a beijar e ela vira o rosto - Tudo bem, nada de beijos.

- Desculpa! - ela se afasta

- Já disse que não precisa se desculpar, esse trauma é compreensivo e delicado mesmo... Se a última pessoa que eu tivesse beijado morresse enquanto estivéssemos nos beijando, vítima de uma bala perdida eu também ficaria... Porra! Tô sendo um idiota.

- Está tudo bem. O que quer saber sobre isso?

- Não quero que fique triste com isso.

- Não vou ficar. Estou com um ótimo humor e tive que me desdobrar pra poder passar a virada com você, espero que faça valer a pena.

- Ela dispensa balada, amigas pra ficar comigo, eu sou o seu esquema preferido. - Luan canta a puxando pra dançar

- Não é meu esquema.

- Não? O que sou então?

- Me diz você!

- Hum! - Luan coloca as mãos no bolso - Calma aí, calminha! - ele começa procurar algo no meio de suas malas - Onde foi que coloquei.

- O que está procurando?

- Achei! - ele pega um anel - Nayane, você é incrível, seu jeitinho de mulher menina me deixa totalmente rendido a você. Seu sorriso deixaria literalmente o sol enciumado e com você sinto de volta a minha paz, ninguém me faz tão feliz como você me faz.

- Mesmo nunca tendo me beijado?

- Isso só me dar certeza dos meus sentimentos. Não é algo só físico, atração e sabe disso, meus sentimentos são reais, profundos e até de certa forma assustador pra mim porque aconteceu tão rápido e sou completamente apaixonado por você. Quer ser minha namorada?

- Mesmo tendo sérios problemas psicológicos por causa de um acidente fatal?

- Sim! Você me parece melhor, estava disposta até falar sobre o assunto alguns minutos atrás.

- Depois de quatro anos fazendo terapia devia ter um resultado.

- Pare de me enrolar, mocinha! Aceita ser minha namorada?

- Eu... Não sei o que dizer, sinceramente não sei. - ela bufa e senta na cama - Gosto de você, na verdade, estou apaixonada e mesmo que me sinta segura com você, em seus braços... Não consigo te beijar... Sempre que se aproxima só consigo me lembrar de ter uma bala me atravessando e parando no Wemerson, sangue, desespero e... - Nayane respira fundo - Muito sangue e depois me lembro de ter acordado no hospital com meus pais lá ao meu lado me contando que o meu namorado estava morto, morreu na hora porque a bala que me acertou, de alguma forma esquisita passou de baixo pra cima... - ela tira a blusa e levanta caminhando até o Luan - está vendo essa cicatriz na minha costa? A bala entrou aí e saiu aqui. - ela fala pegando a mão do Luan e colocando no lugar - Todos do hospital disseram que minha sorte foi isso, a bala ter me atravessado porque se tivesse ficado alojada poderia estar morta. Como isso é sorte? A bala que saiu de mim, entrou no Wemerson, ainda com esse movimento estranho e sem perder a velocidade ela parou no coração dele... Cai não por ser atingida e sim porque o corpo dele era pesado demais.

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