Capítulo 8 - O ensaio

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Eu estava gelada, sem reação. Não sabia o que dizer, então simplesmente gaguejei olhando para o chão

Eu: C-c-claro, p-pode falar! - eu tremia, sem cor e olhando pra ele, logo desviei o olhar pra baixo

Eduardo: Anna, tá tudo bem? Você não parece estar muito bem... se quiser nós podemos conversar outra hora - falou preocupado

Eu: Não, que isso! Eu estou bem, foi apenas uma queda de pressão - balancei a cabeca voltando á cor - pode falar o que você precisa

Eduardo: Vi que você manda muito bem quando o assunto é música e gostaria de pedir sua ajuda com uma coisinha - Sorriu simpático

Eu: Claro Eduardo, o que você precisa? - Meu coração que ainda estava acelerado, ia voltando ao normal aos poucos

Eduardo: Preciso que você me ajude... estou compondo uma música pra minha mãe, em homenagem ao aniversário dela

Eu: Isso é ótimo Eduardo, e em que você precisa de ajuda exatamente?

Eduardo: Construí uma letra e uma melodia, mas não queria cantar sozinho, então preciso de alguém com uma segunda voz tão bonita quanto a sua - Meu coração saiu em disparada igual cavalo de corrida - então queria que você cantasse a música que eu fiz pra minha mãe, no dia do aniversário dela

Eu: M- mas eu? Eu n... - Me interrompeu

Eduardo: Me ajuda nessa Anna, nunca te pedi nada - fez bico

Eu: É claro, jamais recusaria ajudar você - caí na real do que eu tinha falado e tentei corrigir pra não parecer oferecida - q-quer dizer, que eu amo ajudar as pessoas, não você... pera, você também, quer dizer... Eu não... - me embananei toda

Eduardo: Eu entendo hahaha, você ama ajudar todo mundo - consertou para que eu não ficasse sem graça

Eu: É claro que ajudo Eduardo, mas quando vai ser? - perguntei ainda nervosa com o ocorrido

Eduardo: O aniversário dela é semana que vem, então gostaria que você desse uma passadinha amanhã na minha casa pra pegar a letra

Anna: N-na sua casa? - perguntei mudando a expressão facial - mas sua mãe vai ouvir e, e não era pra ser uma surpresa?

Eduardo: Amanhã mamãe vai fazer compras, e ela deve demorar umas duas horas

Eu: Mas se sua mãe não vai estar na sua casa então... - tentava entender enquanto fazia mil expressões faciais diferentes

Eduardo: Ah, quanto a isso não se preocupe Anna, meu pai vai estar lá, e seu irmão também vai passar lá pra te levar, já falei com ele - respirei aliviada - claro, se você topar

Eu: Claro que topo, vai ser um prazer - sorri envergonhada

Eduardo: Ótimo, te vejo amanhã lá em casa ás 17:30 - sorriu de orelha a orelha

Eu: Até - entrei pra dentro da igreja com as pernas bambas e um sorriso bobo

Fiquei meio bobinha o culto todo, mas não deixei de prestar atenção na palavra. Quando cheguei em casa, vesti meu pijama e deitei na cama com os braços abertos, me derretendo em felicidade. Depois de uns 20 minutos perdida em meus pensamentos, resolvo ir pra cozinha, pegar alguns cookies, e logo depois escovei meus dentes e fiz minha oração. E dormi...

No dia seguinte acordei atrasada, então me levantei, escovei meus dentes, vesti meu uniforme da escola, prendi um rabo de cavalo, peguei minha mochila e sai sem comer nada, pois estava com pressa. Quando cheguei na escola, Luiza estava com os olhos inchados e o rosto vermelho

No tempo de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora