Parte 3

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Pessoal, hoje resolvi colocar o pov. Do nosso sr. Patrick, para a gente entender melhor o lado dele, em relação ao Gustavo.
Espero que estejam gostando.
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Pov. Julieta

Putz!
Estou encrencada.
Nem bem tiro o capacete da cabeça e vejo meu pai sair de casa com a expressão seria.
- Julieta Patrick, onde esteve? - me interroga, aproximando-se de nós.
Quase reviro os olhos.
Ah, fala sério! O Gustavo e eu não demoramos tanto assim.
Às vezes meu pai exagera um pouco. Tipo, todas as vezes.
- Pai, estávamos só no parque. - digo, sentindo constrangimento.
Ele olha para Gustavo, com certeza reparando no estado lastimável que está seu rosto e vira para mim.
- Vamos entrar.
Bufo e me encaminho para a porta.
Nossa, que pai chato que eu tenho.
Ele vem logo atrás de mim, me escoltando, até que de súbito, Gustavo resolve se manifestar.
- Sr. Patrick...
Meu pai e eu paramos.
- Gostaria de conversar em particular com o senhor.
Ai meu pai!
Olho com desespero para Gustavo, mas ele me ignora.
Não!  Ele vai piorar as coisas desse jeito.
- Ah, é mesmo? Então está bem. Julieta, vá para dentro.
- Mas... - tento, porém recebo um olhar raivoso do meu pai.
Que droga.
E agora?

Pov. Sr. Patrick

Desde o dia em que minha mulher me abandonou para fugir com outro homem, tenho me virado como pai solteiro.
Dei duro para criar meus filhos sozinho desde os onze anos, trabalhando feito mula no escritório e me virando em casa.
Posso dizer que os dois estão no caminho do bem.
Dylan e Julieta. Esses dois que amo tanto, mais que minha própria vida, tem me dado muita dor de cabeça e agora, é a minha filha que está complicando as coisas.
Tudo por causa do seu primeiro namorado, Gustavo Magalhães.
Não queria admitir,mas esse moleque vivendo atrás da Julieta está me dando nos nervos.
Acha mesmo que vou permitir que um garoto magoe os sentimentos da minha princesinha?
Só por cima do meu cadáver!
Então, cá estou eu nesse instante, tentando pensar com alguma coerência, ao invés de por o Gustavo para correr da porta da minha casa.
Tudo bem. Respire fundo e deixe o jovem falar.
- Desculpa por tudo confusão, sr. Patrick. É que eu tenho sido o idiota com sua filha e por isso demoramos mais.
- Que isso não se repita, Gustavo.
- Sinto muito, mas não vou desistir dela.
- O quê?! Como assim, está me enfrentando? - sinto meu peito inflair de raiva.
- Não, senhor. Só estou dizendo que amo sua filha, do fundo do coração.
Aquilo me pega de surpresa, mas em seguida me deixa nervoso.
- Ora pois! Isso é bobagem, mera paixão adolescente.
- Talvez seja, mas só sei que não consigo tirar a Julieta dos pensamentos nem quando estou dormindo.
Ficamos nos encarando em silêncio por alguns segundos vejo de onde estou minha filha olhando pela janela e apenas digo em tom de aviso:
- Estou de olho em você!

Pov. Gustavo

Droga, eu realmente decepcionei o pai dela.
Tinha prometido que nunca machucaria sua filha.
E falhei miseravelmente com os dois.
Principalmente com a Julieta.
E por incrível que pareça, o sr. Patrick me deu uma nova oportunidade de provar que não sou tão idiota assim.
Não vou fazer errado dessa vez.
Pego minha moto e vou para casa.
Já são quase sete horas.
Que inferno!
Nem bem entro para dentro e meu pai, que estava sentado no sofá, me diz:
- Precisamos ter uma conversinha.

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