Amarra casado e ruivinho pescotapa

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— O que você pensa que estava fazendo, hmn? Viu o um metro e meio e ficou travado na porta, que que aconteceu contigo rapaz?

— Antes de mais nada, o que você está fazendo aqui perdendo seu tempo em vez de trabalhar?— disse, olhando levemente incomodado para o grisalho e terminando de tomar o copo d'água que pegara anteriormente, o colocando em qualquer canto atrás de si. — Você tem mais o que fazer. 

— Não, não tenho. Pode falando. Eu quero saber o que foi aquilo.

— Vai ficar querendo. Eu, diferente de você tenho que garantir minha renda. — Deidara dizia, indo embora da cozinha, saindo do "mini cativeiro" onde cozinhavam para finalmente atender o tal do um metro e meio. 

Ao sair de lá e ir até a direção do cotoco de gente, anão rebaixado, metade de aborto e qualquer outro apelido de mal gosto para pessoas baixas e vê-lo tão bonitinho distraído esperando por um atendimento, ficou minimamente feliz por trabalhar naquele ramo. Mesmo que, planejasse continuar naquilo temporariamente. Sempre via hora sim e hora não um serzinho aqui e ali que fazia seu trabalho parecer valer a pena, era interessante ver as pessoas tão bestas por um bolinho e um café ou qualquer outra coisa.

— Boa tarde, posso ajudar?— falou, com um sorriso simpático se aproximando. Mesmo que.. sorrir fosse algo meio desnecessário a se fazer, sendo que nem olhar em seu rosto aquele tampinha estava.

— Não, não pode. — "o que ele ousou dizer?" — Um café e algo para acompanhar de sua preferência, por favor. — o olhou novamente, e logo desviou o foco.

Porra, de novo? Tinha alguma coisa na cara dele? Não que se importasse com a opinião alheia, mas deveria estar no mínimo apresentável para exercer suas funções, não?

— Não é por nada não, mas tem alguma coisa de errada com a minha cara? Hmn. 

— Não há nada de errado.. pode ficar despreocupado. — com um visível, porém mínimo esforço, ele finalmente começou a manter um contato visual que prestasse. 

— Hmn. Achei que você fosse tão orgulhoso que não se daria nem ao trabalho de olhar no meu rosto. 

— ... O quê? — e fez uma feição confusa, mas também um tanto desconfortável e irritada. — Não tenho motivos para fazer isso, você está achando que eu sou quem? 

— Um meio metro que 'tá me deixando desconfortável com esse olhar esquisito. Tá a fim de me matar, trem?

— ..... Quem ficou desconfortável agora fui eu. E é claro que não. Desovar corpo demora demais, e eu moro em apartamento. Nem porão eu tenho pra isso. 

— Wow, imagina se tivesse um porão então.

— Eu prefiro sótão, sabe? É mais fácil de limpar.

— Experiência própria?

— Ah, eu não digo. Já 'tá quase me chamando de assasino agora, imagina se disser que sim.

— Eu te chamaria de "jão pescopata da mesa 15". Pode abaixar essa bola.

— ... Tão insensível você.. — o loiro sorriu irônico. — Sabe, eu sinceramente gostaria aproveitar mais a tarde aqui com o prêmio atendente do ano, mas estou com um pouco de pressa. Meu horário de almoço 'tá quase acabando, entende?

— Ah. Desculpe, já venho com seu pedido, um metro e meio.— disse, o dando as costas e indo trazer o pedido.

....

— Chiquititas do caralho, tá em que mundo?

— Hmn!? — o olhou, meio perdido na "conversa", e sorrindo levemente. — .... Ah... Que que é?

— Tá distraído demais, qual foi? — Hidan soltou, empacotando alguns pedidos e começando a levá-los para sabe deus onde. — Foi com cara de cu e voltou sorridente, virou bipolar agora? 

— Parou, hein. Eu não quero saber dessas palhaçadas, não. Entendeu, casamento do ano?

— Para de me lembrar disso, idiota. Enfim, era café e qualquer coisa né? Pega este bolo de coco aí na mesa e leva um pedação, quanto mais comerem mais a gente lucra. — e foi embora, levando mais alguns pedidos consigo. — Toma conta de tudo que eu já volto!

— Tá!...... Hmn. Eu que não vou ficar engordando os outros, não sou vó de ninguém. Sai fora.— e enquanto falava sozinho, finalmente cortou um pedaço generoso em formato de triângulo e colocou em um pratinho. Depois, colocou o café na xícara e foi levar o pedido. 

Pôde notar que além do ruivo, um trio de garotas adolescentes, um casal e um homem meio obeso haviam entrado. Hidan provavelmente foi entregar os pedidos diretamente nas residências dos clientes, portanto... é. Era ele que ia ter que cuidar de tudo.

— Ei. Seu pedido. — o ruivo desviou o olhar do celular, e Deidara percebeu um olhar levemente animado de sua parte. Era...fofo. 

— Finalmente veio com meu pedido! Achei que tinha morrido na cozinha.

— Haha, engraçadão você. — Deidara lhe deu as costas, e foi atender os outros clientes. Por mais que quisesse, não podia ficar de brincadeira a tarde toda com o tal do ruivo.

Quebra de tempo

Sasori finalizara seu pedido há um tempo, e esperava na fila pela sua vez de pagar. Incrivelmente, aquele bolinho de coco não era pouca coisa. Era realmente bom, chegava até a ser viciante!

— Boa tarde ruivinho sem nome. O que achou do meu bolo? 

— ... Foi você que fez aquilo?

— .... Foi. Hmn. Se achou ruim, faz melhor! Hmn!

— Não, não. Você entendeu errado. Estava....muito bom. Você cozinha bem.

— ....ah.. desculpe-me então. — ele tentou esconder o sorrisinho, mas estava tão difícil que só deixou rolar mesmo. — Mas já era de se esperar, é algo vindo de mim. 

— .... Claro, claro. — ele riu - não foi bem uma risada, mas foi algo como um daqueles arzinhos do nariz acompanhados de um sorriso, sabe? -, balançou a cabeça em negação, tirou a carteira do bolso, e olhou para o atendente. — Tem troco pra 50, né? 

— 50? Tá bom, né. — o loiro pegou a nota, lhe devolveu o que restava, e logo após ver o tampinha pegar seu troco, o viu agradecer e ir embora quase que correndo. 

..... É.... talvez não fosse vê-lo novamente ou pelo menos tão cedo. Foi bom enquanto durou.

....

Ou será que não?

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⏰ Última atualização: Jul 07, 2021 ⏰

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