Traitor

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"Me sentir sujo depois de ter sido só mais um penetrado por você. Foi como ser um oceano e receber visitantes inesperados que nunca quiseram propriamente mergulhar."

Supresa!!! Att dupla, espero que gostem! Boa leitura👼!

•Park Jimin•

Dentro da área da medicina não existe uma experiência mais exaustiva, maluca e agitada para nós médicos do que ficar de plantão no pronto-socorro. Durante esse período da madrugada aparecem todos os tipos de casos, desde os mais leves como paciente com enxaqueca, resfriado ou com ataque de asma e ansiedade; até os mais graves como algum acidente, derrames ou os que precisam passar por cirurgias.

Mesmo sendo uma parte desgastante do nosso trabalho, eu sempre gostei de ficar nos plantões noturno. Mas, por conta do pequeno problema de deslocamento de placenta da minha gestação, fui obrigado a pegar uma licença a maternidade mais cedo do que o previsto, deixando assim toda a minha agenda e pacientes sobre o cuidado do meu appa Tae.

No entanto, não consegui me afastar por completo do trabalho. Eu ainda me sinto e sou responsável pelo cuidado da saúde do Jisung, e mesmo que agora eu não esteja mais trabalhando integralmente no corpo docente do hospital, ainda assim, a minha madrugada de hoje acabou sendo bastante conturbada.

Já que desde que o Ji sofreu aquela parada cardíaca e acabou ficando sobre observação, eu estou fazendo o cuidado dele periodicamente como um meio de precaução para evitar novos ocorridos como esse. E por ele ser um bebê bem calminho e só acordar duas vezes durante à noite para mamar, geralmente, eu costumo checá-lo apenas três em três horas para ver se está tudo bem.

Porém, hoje, quando o relógio marcou uma hora e quarenta e cinco minutos da madrugada, Jisung subitamente acordou assustando e chorando a plenos os pulmões.

Preocupado com a forma desesperada que ele chorava, me levantei da cama o mais rápido possível e corri até o bercinho dele pra ver o que tinha acontecido.

O meu primeiro passo foi checar se estava tudo normal. Peguei o estetoscópio para escutar seus batimentos cardíacos, verifiquei como sua respiração estava e também medi sua temperatura. Ao ver que não tinha nada errado com seus sinais vitais, pude relaxar um pouco.

— Oh, meu amorzinho! O que aconteceu? Você teve um pesadelo? Está tudo bem agora neném.

Com ele em meus braços, comecei a caminhar por todo o quarto na tentativa de acalmá-lo, pois ele estava chorando tanto que seu rostinho já estava todo vermelhinho.

Porém, apenas ficar andando e  balançando-o em meu colo não estava funcionando. Então resolvi trocar sua frauda e lhe dar de mamar, mas, mesmo depois de tentar tudo isso para fazê-lo parar de chorar, nada do que eu fiz surtiu efeito.

— O que você tem, Sunnie? – Eu estava começando a entrar em desespero ao vê-lo desse jeito e conseguir fazer nada para acalmá-lo.

Além disso, ainda podia sentir a minha Jieun começando a se mexer loucamente dentro da minha barriga.

Então, em um último recurso, me sentei na poltrona em que Jungkook costuma sentar-se com ele, e comecei a cantarolar uma música de ninar enquanto o balançava. Por incrível que pareça, depois disso, Sung finalmente se acalmou. Talvez, ele estivesse assim por estar sentindo falta da presença de seu pai aqui, já que foi só sentir um pouco do cheiro do alfa que estava impregnado na poltrona para se acalmar.

— Está sentindo falta do papai? – Como se fosse sua resposta para a minha pergunta, ele fixou aquele par de olhos redondinhos e pretos em mim e abriu um sorrisinho.

Hearbeat - Jikook ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora