Aventuras Drarry.

Sorvete

Sem magia. Tempos atuais.

— Sorvete de Baunilha. — Harry disse indo se sentar em um dos banquinhos da praça.

Draco revirou os olhos e fez o pedido. Napolitano para ele e Baunilha para o namorado.

Harry estava jogando no telefone quando Draco voltou e praticamente enfiou o sorvete na sua cara.

Ele levantou o olhar e sorriu feliz. Draco crispou os olhos e se sentou ao seu lado.

— Eu não sou seu empregado, só para constar. — Reclamou.

— Cala a boca e aproveita a tarde.

Draco se perguntou como ele poderia estar namorado um homem desses. Ele se virou e degustou seu sorvete.

Harry reprimiu um riso e suspirou silenciosamente. Era tão raro ele Draco saírem assim. O namorado era tão ocupado com o trabalho que ficava difícil se verem.

Ele cutucou-o na costela. Uma, duas, três vezes até Draco se virar irritado.

— O que foi agora?

— Eu quero um pouco do seu. — Piscou inocentemente.

— Vai ficar querendo.

— Draco é só um pouco. — Resmungou.

— Não.

— EU QUERO! — Gritou.

Draco não teve tempo de reclamar. Harry simplesmente se jogou em cima dele e abocanhou o sorvete.

Em um piscar de olhos todo o seu rosto estava coberto pelo sorvete. Nariz, boca, óculos, cabelo, bochecha. Totalmente lambuzados.

A boca de Draco se abriu em surpresa. Um olhar e ele soube que Harry teve a proza de sujar até a sua própria blusa.

Harry piscava e piscava tentando enxergar algo. Lambeu os lábios e retirou os óculos ouvindo Draco rir.

— Não é engraçado. — Esfregou o rosto.

Tudo o que ele fez foi se lambuzar mais.

— Claro que é. — Disse entre risos. — Bem feito!

— Draco. — Choramingou se levantando.

— Quem manda ser esfomeado. — Recuperou o fôlego.

— Me ajuda aqui!

— Espera só um minuto. — Harry não entendeu até ouvir uns clicks. — Eu não acredito que você está fazendo isso.

— Eu seria burro se não fizesse.

Depois de gravar e tirar várias fotos Draco finalmente foi ao socorro do namorado. Harry tirou a camisa e se limpou com as partes limpas.

— O que foi? — Parou de esfregar o rosto.

Draco tinha as sobrancelhas franzidas e os lábios numa linha fina.

— Precisava tirar a blusa?

— E eu me limparia com o que, Draco? As folhas no chão? Faça-me o favor! — Resmungou voltando ao trabalho.

Draco ficou quieto desgostoso. O parque estava movimentado e Harry era alvo de vários olhares nada discretos.

— Vamos! — O puxou.

— Para onde? — Piscou confuso.

— Para casa!

— Mas o nosso passeio...

Nessa hora passou dois meninos e sorriram para Harry sedutoramente. Suas bochechas coraram e ele fingiu que não viu.

Draco que prestava atenção a sua volta percebeu. Ele arregalou os olhos e fechou a expressão.

— Estão olhando o que? — Gritou — Vazem, ele é meu! — O puxou para trás de si.

Harry tropeçou nos próprios pés envergonhado.

Depois desse dia Draco aprendeu três lições extremas que ele nunca mais esqueceria.

Sempre levar uma muda de roupas para Harry.

Não o deixar tomar sorvete

E a mais importante...

NUNCA, EM HIPÓTESE NENHUMA, Deixar Harry tirar a blusa em público.