Desafio: Beije Um Estranho - Minsung

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Primeiramente: Feliz aniversário @glamtrash. O motivo do capítulo sair este horário, início do dia 09/07 é justamente esse user, a glam, como prometido, aqui está um cap dedicado à ti vovó <3 (serão dois caps)

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O homem limpou a garganta, preparando-se para falar, enquanto as pessoas se calavam, Jisung encarava o pai com um expressão perdida

- Darei a palavra à testemunha - O juiz pronunciou, analisando as pessoas ali presente, e logo fez um sinal para que o homem falasse

- Primeiramente, sou Lim Jin Young, também sou o motivo de todo esse julgamento, vim aqui dar a minha palavra sobre toda a situação e esclarecer que Han Jisung, meu filho, não é responsável por nada disso -  O homem começou sério, encarando Minho sem pestanejar, o ruivo arqueou levemente a sobrancelha, com um sorrisinho - Todas as provas entregues neste tribunal foram fabricadas por mim, toda a situação também, criada pela minha pessoa. Eu forjei provas sobre o teste em animais e deixei-as serem soltas livremente nas mãos da ONG que está responsável pelas acusações. A empresa não poluía o rio até um ano atrás, era tudo muito bem organizado pelo garoto, eu fiz questão pessoalmente de bagunçar toda a situação com o poder que me foi dado dentro da empresa, meu único objetivo era retirar meu filho da posse da empresa, peço perdão aos afetados por minhas atitudes

O loiro encarava perplexo o pai, piscando mais do que o normal, apertando firme a mão do namorado, que agora o encarava preocupado, um barulho de conversa se instalara pelo ambiente e isso fazia a mente do Han girar, batidas do martelo foram ouvidas e o silêncio voltara a reinar

- Silêncio - O juiz proferiu rude, agora encarando o Lim - Diante de tal depoimento, não há porque prosseguir o julgamento do Han, este julgamento está anulado. Voltaremos em 15 dias com o julgamento do real acusado, senhor Lim, que poderá apresentar sua defesa com clareza e não somente palavras. Estão dispensados.

O homem não dera espaço para fala, se levantando e retirando-se imediatamente, as pessoas aos poucos passaram a se retirar do local, conversando alto, e Jisung continuava ali sentado, encarando o homem sem quaisquer expressões, enquanto o Lim se direcionava à saída com o advogado e alguns policiais.

- Jisung? - Minho chamou, preocupado, todos os amigos já haviam se levantado e fofocavam sobre o que havia acontecido ali, chocados e as vezes risonhos com alguma piada

- Estou bem - Jisung murmurou se levantando, os braços do ruivo rodearam suas costas, em um abraço de conforto, que fora correspondido imediatamente - Preciso ir agora, tenho que conversar com o advogado, nos vemos em casa

Minho assentiu, sentindo o corpo abandonar o seu, despedindo-se rapidamente dos amigos e saindo apressado, em direção à saída

O loiro procurou apressado o advogado, não que estivesse com cabeça para conversar, mas precisava entender a situação, encontrou o homem junto ao seu pai, freou abruptamente quando o olhar encontrou o seu

- Jisung.. - O homem pronunciou observando o filho, que espremeu os lábios desviando o olhar, olhou para o advogado breves segundos e pôs-se a andar para fora dali, sendo seguido pelo pai

- O que você quer? Parabéns? - Jisung perguntou estressado ao passo que parou de andar, se virando

- Eu sou seu pai, fale direito comigo - Lim disse de forma séria, se aproximado, tocou o ombro do loiro, que puxou bruscamente o corpo para trás

- Você é meu pai? Não, você não é, seu sangue não corre nas minhas veias e você não cumpre quaisquer das obrigações estabelecidas na constituição, então cale a sua boca - Jisung disse entre dentes, observando o olhar perplexo em si

- Eu acabei de admitir tudo, correndo o risco de ser preso e você me retribui assim? Eu desisti de tudo para que não fosse preso, seu ingrato, o que sua mãe pensaria se visse você me tratando assim? Foi essa a educação que eu te dei? - O Lim rebateu, colocando as mãos na cintura, nervoso

- Primeiro, você se colocou nessa situação sozinho, eu nunca pedi para que você me ajudasse em algo que você mesmo causou, segundo, eu conheço meu namorado e sei que ele tem total influência nessa sua "boa ação" - Jisung disse, fazendo aspas no final, respirou fundo - Terceiro, não mencione a minha mãe, você nunca teve e nunca terá o direito de usá-la para me afetar, a minha mãe te amou até o último suspiro dela, te defendeu com garras e dentes em todas as situações, sempre esteve com você, mas onde é que você estava enquanto ela morria implorando para ver a família reunida uma última vez? Onde você estava quando ela chorou nos meus braços se culpando por terem brigado no dia anterior? E quarto, enfie a educação em qualquer lugar que vier à sua mente, mas não me venha com essa de educação que te dei, você não fez o básico, então não ouse usar essas palavras

O homem encarava Jisung com uma expressão assustada, o garoto praticamente gritava, com os olhos lacrimejados e o rosto vermelho, sendo observado por pessoas ali, Minho se segurava para não ir até lá, sentindo a mão de Changbin segurar seu braço

- Han Jisung, eu sou o seu pai - A voz saíra falha e zangada - Pare de ser a merda de um garoto ingrato, pare de me envergonhar, eu poderia não ter te criado, mas eu criei, veja como fala, seu insolente, tenha um pingo de gratidão, você por acaso não ama a sua família?

Jisung riu soprado, olhando em volta, o olhar se perdendo nos olhos de Minho, mas logo suspirou, encarando o homem

- Vá à  merda Lim, você não é meu pai, você foi um dia, você um dia foi a pessoa que mais amei na minha vida, mas você jogou toda essa porcaria no lixo, então não diga que sou seu filho - Jisung sentia os lábios trêmulos - Você por acaso me amou algum dia, pai?

Havia uma ironia na última palavra, além de um choro contido, o homem piscou algumas vezes, procurando palavras, não, ele não amava o filho.

- Exatamente - O Han pronunciou com desprezo, trazendo a atenção do homem - Você nunca me amou, eu nunca fui o seu filho, e é graças à isso que eu posso te dizer com um puta sorriso no rosto, que eu te odeio

Jisung disse a última frase com um sorriso de orelha a orelha, que logo foi sumindo, e o garoto mordeu os lábios atordoados, assentindo e saiu apressado na direção de Minho e dos amigos