Ava realmente precisou de cuidados. A viajem a enfraqueceu, e seus pés estavam machucados demais, mal conseguia andar. Passou uma semana escondida dentro do quarto de Paul, sendo alimentada por ele, que passou a dormir no chão para ceder sua cama a ela. Mas depois daqueles dias, ela finalmente estava recuperada.
— Então, irei levá-la até Olga e ela irá dar instruções a você. Mês espere aqui, só um instante — Ava acenou com a cabeça.
Paul se afastou, logo sumindo. Ava se sentia insegura, sem saber o que iria acontecer em sua vida, mas logo procurou em relaxar. Seus pais... Aqueles que a criaram para algo totalmente diferente, a tinham ensinado a não temer nada, mas ali, em uma situação completamente diferente, ela temia, era impossível não temer.
Ela olhou a estrutura do castelo. Era enorme, com um grande pátio, várias torres. E ela apostava que alguém com toda certeza já tinha se perdido ali dentro. Mas era muito bonito, e olha que ela nem sabia quem estava dentro dele.
— Quem é você? — uma voz atrás de si chamou a sua atenção, fazendo seu corpo tremer, em pânico. Seus olhos procuraram por Paul, mas não tinha nenhum rastro dele. Ava apenas se viu virando na direção da voz, respirando fundo.
— Sou Ava — murmuro em tom baixo, tentando se acalmar. — Paul, me envio para trabalhar.
— Como sempre, Paul me enviando problemas que eu não posso resolver — disse suspirando. Mas logo ela avaliou Ava de cima a baixo. — Venha comigo. — Falou virando as costas e passando pelo portão, seguindo pelo pátio do castelo.
Ava a acompanhou, passando pelos enormes portões de ferro. Não conseguindo acreditar que sim, ela tinha conseguido. Tinha conseguido chegar no seu objetivo; estava salva. Olga, por sua vez, era rígida demais, e até mesmo grossa.
Explicou a Ava o que deveria fazer de modo rápido, ela mal pode entender, e lhe entregou uma pilha de uniformes, levando-a em seguida ao que disse ser seu mais novo quarto. Ava não tinha tido tempo para respirar quando Olga saiu, informando que ela teria apenas quinze minutos apresentar a cozinha.
Ava olhou cuidadosamente para o quarto. Era pequeno, havia apenas uma cômoda, uma cadeira, um espelho e uma cama, nada comparado ao seu antigo quarto, mas era acolhedor. As paredes eram beges, a cama parecia confortável.
Ava foi até a cômoda, abrindo uma das gavetas. Vários vestidos iguais, uniforme de trabalho. Exceção há uns mais simples, e largos, pelo que Ava sabia eram usados quando se ia lavar roupas. Ela já tinha visto algumas mulheres da sua antiga casa vestirem.
— Lá vamos nós — ela disse pondo a pilha de vestidos que Olga tinha lhe entregado na cama, que estava coberta com lençóis simples e limpos.
Ava se trocou sozinha. Demorou mais para conseguir puxar os cordões do espartilho sozinha, mas por fim estava pronta. O vestido era de um cinza claro, sem detalhes ou decotes. Os vestidos daquela época já haviam perdido a saia balão, mas tinham por baixo, vários tecidos debaixo da saia, o que fazia um certo volume e peso. Ava parou em frente ao espelho, pegando os cabelos. Olga a tinha criticado sobre os cabelos. Ela os enrolou, prendendo-os com alguns grampos, prendendo as madeixas negras em um coque apertado. Por fim ela calçou as sapatilhas que lhe foram indicadas e saiu.
— Pensei que não iria vir mais — Olga resmungou quando a avistou. — Pelo menos vestiu o uniforme corretamente. Agora preste atenção. Para de inicio, apanhe os coadores e os panos da cozinha, e os leve para a lavanderia, há um setor para este tipo de coisa — Ava acenou. — Quando voltar, reponha tudo com peças limpas, entrará tudo o que precisar na dispensa. Depois encontrara instruções para seguir o trabalho. Entendido?
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A PAIXÃO DO REI
RomantikAva fugia de uma vida que nunca desejou ter. Nunca em sua vida, ela imaginou que teria a posição que seus pais a colocaram, e se vendo sem escolhas decidiu fugir. Mas para onde? Onde poderia se esconder daqueles que queriam lhe prender em uma gaiola...