Capítulo 30

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As coisas aparentavam estar mais calmas. Segundo Luca, as ameaças haviam diminuído de forma significativa. Papai continuava as recebendo mas nada tão grave como semanas atrás. Mas ainda assim meu segurança/namorado preferiu manter todos os seguranças e não afrouxar de jeito nenhum. Luca estava preparado para qualquer coisa que pudesse atingir a mim e a minha família.

- Tio Luca, agora que você namora a mamãe, você é meu padrasto?- Stella perguntou faceira.

Estávamos lanchando na praça de alimentação do shopping. Era a primeira vez em dias que eu tirava a criança de casa para fazer algo que ela gostasse, estava ficando cansativo para ela sair apenas para as aulas de piano.

- Sim.- ele riu orgulhoso.

- E o que eu sou pra você?- perguntou e mordeu seu hambúrguer.

- Enteada.

- Prefiria que fosse filhadrasta. - ela disse séria.

Me engasguei com a Coca cola e quase passo vergonha.

- Filha, mas essa palavra não existe.- argumentei.

- Por que?

- Porque não a incluíram na língua portuguesa e em nenhuma outra meu amor, você é minha filha e é enteada do Luca.

- Enteada é uma palavra feia.- ela reclamou e continuou comendo.

Luca e eu nos encaramos sorrindo feito dois idiotas.

Passeamos pelo shopping afim de comprar mais livros para Stella, ela havia pedido porque os que comprei na vez passada se tornaram repetitivos e ela queria aventuras novas. Óbvio que eu fiquei orgulhosa, é um privilégio ter uma criança apaixonada por leitura.

Após nosso passeio, fomos para casa. Um carro de segurança na frente, o nosso no meio e mais um carro de segurança atrás, era assim toda vez que eu e Stella saíamos juntas, o cuidado era redobrado.

- Lucky pode dormir comigo hoje?- Stella perguntou.

- Vai cuidar dele direitinho?- a questionei.

- Sim.

- Tudo bem então, ele pode dormir com você.

Não tivemos nenhum contra tempo durante o caminho para casa. Fora uma viagem tranquila, não tivemos nenhum sinal de alerta vindo dos outros carros, estava tudo bem.

- O verde do meu cabelo está sumindo.- Stella mostrou-me algumas mechas de seu cabelo, onde a coloração estava fraca.

- Quer fazer de novo?

- Sim.

- Vou marcar um horário pra você no salão para retocar as mechas.

- Obrigada mamãe.

- De nada.- sorrir e fiz um carinho em suas pernas.

Chegamos em casa e minha filha correu para os braços dos avós babões que lhe encheram de beijos e perguntas sobre como fora o passeio. Meus pais eram intrometidos, até demais, mas não podia negar o quão apaixonados eles são pela neta.

Stella ainda quis jantar, coloquei o mínimo possível de comida em seu prato e mesmo sob protestos da menor, não cedi, ela comeria somente o que lhe dei, não queria correr o risco dela passar mal durante a noite.

Seguimos para o quarto dela junto com o cachorro que ela fez questão de carregar, mesmo já não dando conta, o peludinho havia crescido demais. Até tentamos pegar os gatos, mas os felinos correram quando nos viram e prefiriram ficar espalhados no andar de baixo.

Meu  Segurança II-Livro 2 ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora