Stella ainda dormia quando o avião pousou em solo brasileiro. Esperei alguns minutinhos para acordar a garotinha que tinha um sono pesado e só acordava com muita insistência minha.
- Já chegamos?- ela perguntou esfregando os olhinhos.
- Sim meu amor, temos que sair do avião.
- Obaa.- ela exclamou com muita empolgação.- Estou cansada dessa viagem.
- Eu também, precisamos ir pra casa, tomar um banho bem quentinho e descansar pra poder conhecer a cidade.
- Mal vejo a hora de conhecer o Cristo .- disse sorridente ao se levantar da poltrona.
É a primeira vez que vinha ao Brasil desde que fui embora a cinco anos. Foi estranho demais, tive a mesma sensação que senti quando pisei na Califórnia, era como se eu fosse uma forasteira em meu próprio país.
Após termos pego nossas bagagens com a ajuda de um funcionário do aeroporto, as colocamos em um carrinho,para podermos prosseguir até a área de desembarque.
O motorista da minha família já estava a minha espera. Seu João já trabalhava a tanto tempo para meu pai, que seria estranho se não fosse ele a estar ali para me receber. O homem ainda carregava em suas mãos, uma plaquinha com meu nome e o de Stella.
- Katie!.- o mais velho sorriu para mim e esticou os braços para me dar um abraço.- Senti sua falta esses anos, não tirou um tempo para vim visitar a gente.
- Acabei arrumando um trabalho, a faculdade também ocupava bastante o meu tempo e nas férias me envolvi em algumas causas sociais.
- A menina Rafa nos mostrava fotos quando voltava do Estados Unidos.- ele disse quando me soltou do abraço.
- Acho que se meus pais e meus irmãos não tivesse ido me visitar, ficaria sem vê-los também.
- Mas veio embora? Digo, pra ficar?
- Não sei seu João, vim mais para a festa de Rafaella, ela praticamente me obrigou a vim e ainda bem que lá nos Estados Unidos, agora é período de férias.
- Entendo.
O senhor foi empurrando o carrinho até o estacionamento, e eu peguei pela mão da pequena que me acompanhava. Stella olhava tudo com curiosidade, era sua primeira vez no Brasil e sua segunda viagem de avião, eu me sentia muito bem em poder proporcionar isso a ela.
Se eu pudesse dar o mundo a Stella eu daria, a conheci no momento em que eu mais precisava. Essa garotinha coloriu o meu mundo que era completamente escuro, Stella era a minha luz no fim do túnel e poder ter ela comigo para sempre, era uma sensação única.
Entramos no carro e Stella estava mais atenta ainda. Pedi que seu João passasse pela praia. A garotinha é apaixonada pelo mar, tanto que quando estávamos na Califórnia, vivíamos na praia, era o que ela mais amava fazer.
- É lindo.
Gostava de vê-la falar em português, foi difícil para ela aprender a minha língua, mas com paciência e muito amor, Stella aos poucos foi compreendendo, e hoje não se nota muitos erros em sua pronuncia.
O coração acelerou, a boca secou e a mão tremeu. Os portões da residência dos Bennet fora aberta assim que o carro se aproximou. O caminho até a entrada, pareceu curto demais, não me deu tempo de me preparar. Apesar de ter visto meus pais todos esses anos, não era a mesma coisa, agora estaria em casa, lugar de todas as minhas lembranças.
- A sua casa é linda.- Os olhos atentos de Stella, agora brilhavam de encanto.
Tenho que admitir, a mansão da minha família é linda. O meu apartamento em Los Angeles nem chegava aos pés da beleza desse lugar.
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Meu Segurança II-Livro 2 ✅
Literatura FemininaCONTINUAÇÃO DE MEU SEGURANÇA Depois de cinco anos longe, Katie está de volta, mas nem tudo que acontece no passado, realmente fica no passado.