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― 𝐀𝐓𝐋𝐀𝐒 𝐓𝐔𝐂𝐊𝐄𝐑

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― 𝐀𝐓𝐋𝐀𝐒 𝐓𝐔𝐂𝐊𝐄𝐑.

O som ensurdecedor da música invadia todo o espaço, tornando-se cada vez mais irritante para mim. Eu me questionava como o inspetor ainda não havia aparecido. Era mais uma daquelas festas não autorizadas que aconteciam na faculdade, e dessa vez era no auditório, onde normalmente ocorriam palestras. Segundo Kael, era o local perfeito, afinal, ele comportava metade dos calouros que se arriscavam a comparecer.

Mas hoje estava mais lotado do quê o normal. Não faça ideia de onde saiu tanta gente. E mesmo que eu conhecia metade dos alunos mal conseguia lembrar de seus nomes.

— Ela tem seios muito pequenos, não rola. ‒ diz Simon, enquanto da uma gole em sua seus bebida.

Eu não fazia a menor ideia de qual garota ele estava se referindo dessa vez. Simon, o irmão mais velho de Kael, não era membro da nossa irmandade, mas sempre estava presente conosco. Isso incomodava Hall mais novo, pois os dois nunca se davam bem. Apesar disso, tínhamos aulas juntos e o mesmo não parecia ser uma má pessoa, embora tenha mudado bastante nos últimos meses. Sempre o via com uma garota diferente, e parecia não aceitar o fato de eu não estar mais na mesma sintonia.

Passo a mão sobre meus cabelos crespos enquanto observo a pista de dança improvisada onde Josh tentava executar passos de acordo com a música que ecoava das caixas de som. No entanto, suas tentativas não pareciam estar dando muito certo, já que a cada movimento ele cambaleava, provavelmente embriagado. Não era surpresa, considerando as circunstâncias.
Levo o clássico corpo vermelho a boca virando-o de um vez. Kael já havia sumido juntamente com uma garota , e não tenho menor interesse em sabe o que eles estão fazendo agora.

Não seria uma situação fácil para Jordan, tendo que lidar com Josh e escutar todas as bobagens que dizia  quando estava bêbado ou cuidar da sua Porsche, que provavelmente teria cheiro de vômito depois de levá-lo para casa, já que eles dormiam no mesmo quarto no apertamos em que morávamos.

Mas isso não era problema meu.

Na verdade, não consigo pensar em mais nada desde o meu encontro com a Athena hoje cedo. Finalmente reuni coragem para me aproximar dela, mesmo que tenha sido apenas por alguns minutos. Eu tinha tantas coisas para dizer, mas assim que vi o rosto pálido da garota, esqueci completamente de tudo.

As olheiras profundas debaixo dos olhos dela denotavam uma falta de sono constante, mas mesmo assim, consegui continuar tão bonita quanto da primeira vez que a vi. Seus olhos pareciam estar ainda mais azuis do que o normal, e sua pupila levemente dilatada, dando um ar enigmático ao seu olhar.

Ela estava chorando e se esbarrou em mim, seu cheiro doce e sua pele pálida parecia ser incrivelmente macia. Tive vontade de tocá-la.

Seus cabelos loiros completamente lisos estavam soltos, como de costume. Enquanto eu a encarava como um bobo apaixonado, até que seu livro se espatifou no chão quebrando nosso contato visual.

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