Chapter 015

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Maratona (10/5)

3 semanas depois.

Já se passaram três semanas desde a última vez que o vi, só escuto quando chega e quando sai.

Cáterin já veio várias vezes mas não a deixam entrar, são ordens dele, novamente estão me trazendo a comida para o quarto, só tenho permissão para sair para o jardim quando ele não estiver, aparentemente, sim, vai cumprir com isso.

Respiro fundo e fecho a janela, voltou a chover aparentemente o clima está de acordo com minhas emoções.
 
Ouço uns toques na porta, mas sei de antemão de quem se trata, é a única pessoa que vejo há dias.

—Aqui está sua comida, senhorita Emmaㅡ sussurra nas minhas costas.

ㅡObrigadaㅡ sussurro.

ㅡO jovem acaba de sair... porque não sai para dar uma volta, a chuva não é muito forte e não vai demorar muito para desaparecerㅡ propõe, ao ver meu humor, já que faz tempo que meu humor não está bem, ver a maneira como ele me ignora completamente, como se eu não existisse para ele.

ㅡTermino de comer e vou senhora Vikyㅡ respondo ao seu pedido.

ㅡDe acordo senhoritaㅡ responde e se retira do quarto, me deixando sozinha.

Não estou com fome então deixo a comida de lado, pego uma jaqueta com capuz e vou até a porta, dou várias batidas e segundos depois ela é aberta pelo Marco, que é o nome do mastodonte.

ㅡPosso sair Marco?ㅡ pergunto.

ㅡClaro senhorita, o jovem acabou de sairㅡ responde.

ㅡObrigadaㅡ respondi e saio do quarto, desço as escadas e com pressa vou para o jardim dos fundos.

Meu cabelo é agitado no momento em que abro a porta e o ar se infiltra pelas mechas do meu cabelo, fazendo minha pele arrepiar com o ar frio.

A pequena brisa que cai do céu não é forte demais para me molhar completamente, então me sento em uma pedra que está colocada no início do bosque.

Os minutos vão passando, as horas, a verdade é que não sei quanto tempo estou aqui mas acho que muito, já que a pequena brisa molhou a minha roupa mais do que o necessário.

Encontro-me com os joelhos dobrados e os braços em volta deles, ainda não quero voltar para dentro, apesar de estar muito molhada, não quero entrar, quero desfrutar de estar aqui fora sentindo o ar frio e fresco rosando meu rosto, faz quatro dias sem sair do quarto, ele esteve todos esses dias aqui em casa, não o vi mas sei que ele esteve aqui  sinto-o de alguma forma, sinto quando ele está perto de mim.

A brisa começou a ficar mais forte me obrigando a entrar em casa, me levanto da pedra e agito um pouco minhas roupas para tirar a pouca grama que grudou em mim.

Meus pés se movem em direção à casa novamente, mas alguns passos ao longe fazem minha caminhada parar, viro meu olhar de volta para o bosque e posso vê-lo saindo entre as árvores, ele está em sua forma de lobo, seu pelo é um pouco mais escuro devido de como está molhado.

Seu olhar se direciona a mim, fazendo meu pulso disparar imediatamente.

Vejo como começa a vir até mim, mas quando me alcança passa por mim, me ignora, como se não tivesse me visto.

O vejo entrar em casa e em nenhum momento se vira para me ver, respiro fundo e entro logo depois dele.

Quando entro totalmente na casa, não consigo vê-lo em lugar nenhum, então subo as escadas e volto para o quarto.

Entro no quarto e a solidão me acolhe, minha única companhia neste momento, a senhora Viky já não me acompanha na hora de comer, por ordem dele, ela só me deixa a comida e vai embora, sim, conversamos pouco mas não como antes.

Tiro minhas roupas molhadas e vou ao banheiro para tomar um banho rápido, meus ossos começaram a doer de tanto frio.

Vinte minutos depois saio do banho um pouco mais relaxada, do armário pego o pijama que vou usar e a coloco em mim.

Sento-me em frente à penteadeira e começo a escovar o cabelo, mas uma batida na porta me faz parar o que estava fazendo.

Me levando do banquinho, pego um suéter e coloco e, em seguida, abro a porta.

Meus olhos se arregalam com a visão de JaeBeom parado na porta.

ㅡO que... o que houve?ㅡ murmuro quando não entendo o motivo de sua visita.

Não responde e entra no quarto, viro meu corpo para vê-lo e fecho a porta atrás de mim.

O vejo agarrar a ponta do nariz em frustração.

ㅡDepois de amanhã haverá uma cerimônia para comemorar que encontramos nossas Mates...ㅡ mencione sem qualquer tipo de emoção. ㅡEmbora não veja o que eu vou comemorarㅡ

ㅡNão se preocupe, não vou comparecer e...ㅡ antecipo a mencionar, já que pelo que acabou de dizer, não é muito de seu agrado a minha presença.

ㅡO maldito problema é que sabem da sua existência... portanto, você tem que comparecerㅡ diz levantando um pouco a voz. ㅡAmanhã virá Cáterin te buscar para que possam ver o que vão vestir... e não se preocupe com o dinheiroㅡ não posso evitar em ficar feliz ao saber que verei Cáterin novamente e o melhor que poderei sair daqui.

ㅡMas não é necessário, posso usar alguma coisa do que já tenhoㅡ menciono quando me lembro de todas as roupas que ainda tenho com etiquetas.

ㅡClaro que não... não vou permitir que minha mulher vá com essas fachadasㅡ

Minha mulher, sua mulher.

Me surpreende ao ouvir essas palavras saírem de sua boca, mas imediatamente me recomponho, talvez ele tenha dito sem pensar.

ㅡEstá bemㅡ respondo.

Ele apenas balança a cabeça e sai do quarto, e eu não posso deixar que um sorriso formando-se no meu rosto com a maneira de ele me chamar.

Não fique animada Emma.

Encolho meus ombros e decido dormir.

Mas a alegria que sinto me impede ao pensar que amanhã verei Cáterin e que poderei sair daqui ainda que seja por algumas horas, mas é maioro sonho que tenho.














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