Meu corpo está tão relaxado, nunca senti essa paz desde que minha família morreu, nunca me senti assim de novo, até agora.
Cerro meus punhos em um ato de frustração, porque sei que o que eu sinto agora é por ela, me sinto assim por ela. Quando acordei com ela em meus braços me senti tão bem, me senti confortável, em paz.
Há algumas horas atrás, o doutor veio para examiná-la, e como eu suspeitava, teve hipotermia precoce, o bom que meu calor a ajudou muito, seu corpo aqueceu rapidamente e seu organismo começou a funcionar adequadamente. Ele também prescreveu alguns medicamentos e muito repouso. Ela ainda está dormindo, o doutor disse que era normal, que seu corpo ainda está fraco, que se não fosse por mim ela teria morrido, ouvindo aquelas palavras do doutor senti algo estranho em mim, não sei como descrevê-lo, mas certamente foi algo que nunca senti.
Bebo o Whisky que meu copo contém, imediatamente o sabor de algo doce aparece junto com aquela ardência por causa do álcool. Deixo o copo vazio na minha mesa e continuo a revisar os papéis que me chegaram da empresa.
As horas passam e ainda estou no meu escritório. Deixo os últimos papéis em seu lugar e decido ir ver a alcatéia.
Quando abro a porta do meu escritório, um cheiro diferente chega às minhas narinas, aguço mais meu olfato e posso reconhecer perfeitamente de quem se trata.
ㅡMas o que aquele imbecil está fazendo aqui?ㅡ sem hesitar, vou até a porta principal e, no momento em que abro as portas, sua figura faz presença.
Narra Emma.
Me mexo um pouco na cama macia, sinto meu corpo fraco, tento me levantar, mas uma forte pontada na cabeça me faz sentar na cama, esfrego o rosto com as duas mãos para tentar diminuir a dor.
Tiro as mãos do meu rosto e olho ao meu redor, p quarto já está todo iluminado, acho que já é mais do que meio-dia.
Com muito cuidado, tento me levantar de novo e consigo, mas a tontura não passa despercebida assim como a picada na cabeça. Obrigo meus pés a obedecerem às minhas ordens e imediatamente vou ao banheiro, abro a torneira e junto as mãos para que a água se acumule e depois enxáguo o rosto com ela, escovo os dentes e pego uma toalha da prateleira e seco meu rosto.
Saio do banheiro e olho em volta, tem várias coisas que não me lembro de estar aqui antes de dormir, só me lembro de como me sentia mal e do frio terrível que consumiu meu corpo inteiro.
Ignoro essas coisas e abro as janelas para deixar o ar fresco entrar no quarto para ventilar um pouco.
Tento inalar o ar fresco, mas imediatamente uma coceira toma conta do meu peito, me forçando a tossir forte, fazendo meu peito doer. Fecho a janela imediatamente e vou beber um pouco da água que está contida na jarra que está na pequena cômoda ao lado da cama.
Bebo o conteúdo do copo até que a ardência desapareça completamente, mas não posso dizer o mesmo sobre a dor no meu peito.
Vou até o pequeno guarda-roupa e de lá tiro uma calça larga de algodão preto, junto com uma blusa e um moletom da mesma cor. Penteio meu cabelo e o amarrei em uma trança disforme. Calço meus pés com uns Converse preto e estou pronto.
Não acredito como o clima pode mudar tão rápido, ontem estava nublado e nevando, e hoje o dia está claro apenas algumas nuvens adornam o céu, embora ainda esteja extremamente frio.
Deixo o quarto para descer para a cozinha para encontrar a senhora Viky no caminho.
ㅡMinha garotinha mas o que está fazendo fora da cama?ㅡ um sorriso se forma em meus lábios quando ouço o jeito em que ela me chamou, é assim que minha mãe me chamava, eu sempre fui sua garotinha.
ㅡEstou bem senhora Viky... além disso, nada de mal aconteceu comigoㅡ embora minha voz soe um pouco rouca.
ㅡNada de mal! Se você quase morreu de hipotermiaㅡ
ㅡHipotermia?ㅡ pergunto intrigada.
ㅡSim, você ficou muito mal de madrugada... chamamos o doutor, mas ele não pôde vir imediatamente, então o jovem JaeBeom não teve escolha a não ser aquecê-la para que você não pioreㅡ ela me explica e não posso acreditar que isso realmente aconteceu comigo, mas o mais incrível é que o JaeBeom tenha se preocupado tanto comigo.
ㅡEntão, JaeBeom cuidou de mim?ㅡ pergunto mais pra mim do que pra ela.
ㅡIsso mesmo minha garotinhaㅡ garante com um aceno de cabeça.
Estou prestes a responder quando gritos começam a ser ouvidos. Parece como se estivessem discutindo e pela voz de alguns posso dizer que o JaeBeom é quem está discutindo com uma pessoa.
A curiosidade me consome completamente e não posso deixar de ir ver o que está acontecendo enquanto atrás de mim, a senhora Vicky segue meus passos de perto para ver o que acontece.
Ando com cuidado pelo corredor, tentando não fazer um barulho que chame sua atenção, até me aproximar da entrada. A primeira figura que aparece é a do JaeBeom, seus músculos parecem tensos, bem, todo o seu corpo parece tenso e da posição que me encontro posso ver como suas mãos se transformam em punhos.
Me aproximo mais e a alguns passos de onde JaeBeom está posso ver a figura da outra pessoa, demorei alguns segundos para identificá-la até que eu reconheça totalmente quem é.
ㅡSebastianㅡ menciono seu nome com espanto, pois, para ser honesta, não pensei que o veria novamente.
Ambos os pares de olhos estão voltados para mim causando uma sensação de desconforto que me abriga completamente.
ㅡEmma...ㅡ me nomeia, se aproxima de mim, mas JaeBeom o bloqueia seu caminho.
ㅡNem se aproxime, idiotaㅡ Ele avisa com sua voz autoritária, enquanto solta vários rosnados que fazem Sebastian dar alguns passos para trás, que parece um pouco assustado com a ordem de JaeBeom.
ㅡO que aconteceu?ㅡ pergunto me aproximando dele.
ㅡNadaㅡ JaeBeom responde secamente.
ㅡEu perguntei a eleㅡ aponto para Sebastian.
O vejo vacilar um pouco até que ele finalmente fala.
ㅡSoube o que aconteceu com você e queria saber como você estava, ontem eu estava com o doutor quando o chamaram porque a humana ficou doente... e bem, a única humana que conheço é você, então supuse que fosse vocêㅡ encolhe os ombros enquando um sorriso áspero se forma em seus lábios.
ㅡEla já está melhor agora, então vá emboraㅡ JaeBeom rosna.
Ignoro suas palavras e me viro para Sebastian.
ㅡEstou melhor agora, obrigado por se preocupar, mas você não precisava se incomodado em vir até aquiㅡ ouço vários rosnados de JaeBeom, ele parece um cachorro raivoso.
ㅡNão foi nada, é o mínimo que posso fazer depois de você ter salvado a vida do meu irmãoㅡ
ㅡJá te disse que não foi nada..ㅡ
ㅡNão foi nada... mas você quase morreu por issoㅡ a voz de JaeBeom ressoa atrás de mim.
ㅡNesse caso acho que será melhor me retirar, fico feliz que você esteja se sentindo melhor... Espero vê-la em breveㅡ
ㅡDigo o mesmo, tchauㅡ
Vejo como seu olhar vai para JaeBeom para fazer um tipo de reverência.
ㅡCom sua licença, Alfaㅡ JaeBeom apenas balança a cabeça com indiferença.
Quando já está a vários metros de distância, ele se vira e acena com a mão em minha direção, a qual faço cópia de sua ação.
Entro novamente na casa, bem, mais uma mansão do que uma casa, sentindo os passos de JaeBeom nos meus calcanhares.
ㅡTemos que conversarㅡ ele murmura nas minhas costas causando uma sensação de calafrios percorrer meu corpo com o tom de sua voz.
...
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阿尔法的人 [The human of the Alpha] |《Jay Park》
Aléatoire• ❝A lua nós juntou, mas o coração nós uniu❞ • ㅡVocê é minha... Me pertence!!ㅡ Ele grita enquanto pega fortemente do meu queixo para me virar e o encarar. ㅡNão sou sua e muito menos lhe pertençoㅡ Digo em um sussurro, já que minha voz não sai devido...