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—  Amiki, por favor

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— Amiki, por favor.

— O que é? — me viro nos calcanhares dando atenção a Asahi que tenta falar comigo desde do começo do dia.

— Quero pedir desculpas. — cruzei meus braços na barriga enquanto o vejo levar a mão até a nuca. — Eu realmente fiquei chateado por ter perdido, não deveria ter descontado em você, de verdade eu sinto muito.

Posso ver de verdade o arrependimento em seus olhos. Perdoar as pessoas é uma merda, tenho que fingir que me importo genuinamente com elas depois - dá geralmente filha da puta - fazer alguma merda.

Mas é o Asahi, o amigo gentil que nunca me fez mal, sempre me ajudou e foi bom comigo. No final chego a conclusão que esses são os piores, eles deixam você pensar que está tudo bem, mas no final a merda explode bem no seu colo e você nem se dá conta.

Sinceramente, já está ficando chato ter que aturar o Asahi atrás de mim. As palavras dele doeram bastante, me fizeram chorar e também me deram uma acordada, pensar no jeito frio que ele falou ainda dói.

— Tanto faz Asahi, você não pode engolir as palavras de volta, disse a verdade. Mas não muda o fato de ter usado minhas fraquezas contra mim, sabia que doía e usou o exato ponto para me diminuir. Isso me deixou puta.

— Desculpas, Ami! Por favor. — começou a se ajoelhar, como estamos no meio do corredor as pessoas começaram a olhar.

Sim, o fato de ter o aluno mais assustador do terceiro ano ajoelhado na frente de uma garota que tem metade do seu tamanho assusta. Claro que os fuxicos começaram, inferno, eu só queria ir para o clube e ficar em paz.

— Tá bom. Já chega, tá perdoado. Só levanta logo, está fazendo um papel ridículo. — falei e ele se levantou e me abraçou.

— Desculpas Ami. Prometo que nunca mais vou te magoar. — não tem valor, porque ele já me magoou

Depois daquela cena de desculpas fui para o clube de artes e me enfiei lá pelo resto do dia, pouco me importando de aparecer no de vôlei. Não estou no clima para isso, pra ver Asahi, ainda posso ouvir suas palavras me cortando. É bom pra ele dar uma segurada também e ver que não pode brincar desse jeito comigo.

— Ono! — a professora responsável pelo clube me chamou.

— Oi professora.

— Aqui querida, os papéis para a amostra de arte, você vai participar não é? Sei que não foi muito bem no ano passado mas confio que vai se sair bem esse ano como veterana. — estendeu umas folhas pra mim

— Não sei bem... Quer dizer eu perdi os outros dois anos, não faz sentido competir de novo, é melhor deixar para alguém que tenha o traço mais bonito.

— Não, não, não querida. Quem te disse isso? — puxou a cadeira e se sentou na minha frente. — O seu traço é único e incrível. Olha isso. — puxou o meu rascunho de anatomia feminina. — E perfeito Ono, só porque não ganhou nos outros anos não significa que não vai ganhar nesse. Nunca desista querida, é isso que os outros querem, te ver cair só para terem a chance de te humilhar. — levei um sermão misturado com um levanta moral. — Bom, de qualquer forma é você que decide, sabe que aceitamos inscrições até o dia da exposição.

Complexo de Electra - Keishin UkaiOnde histórias criam vida. Descubra agora