Amiki sempre achou que estava no controle e realmente ela estava. Mas o controle pode se pode se perder facilmente, foi isso que ocorreu a ela quando se aproximou do dono do mercado e novo treinador da Karasuno: Ukai Keishin.
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O inverno chegou. Sério não sei qual é o pior, derreter no sol do verão ou congelar no frio. Os dias perfeitos,para mim, são aqueles que o sol tá no céu, só que, ele não tá quente, ainda temos uma certa liberdade de colocarmos um casaco.
Mas se tem um clima que eu de fato detesto são dias chuvosos, claro que pra ficar em casa são maravilhosos, eu posso ficar de meias pela casa, tomar um chocolate quente enquanto pinto ou leio um livro. Agora, sair em dias de chuvas é algo totalmente fora de cogitação, tudo molhado, escorregadio e peguento, isso sim é algo de que fujo.
— A gente tem que levantar. — a voz abafada e meio rouca falou.
— Nãooo! Tá muito frio lá fora. — me encostei mais no seu corpo quente.
Com a chegada desse frio congelante confesso que me esgueirei para a casa de Ukai mais do que devia, claro que eu poderia muito bem ter ficado em casa e gastar horrores com o aquecedor. Mas é bem melhor compartilhar calor humano com um gostoso.
Ontem de noite arrumei uma pequena muda de roupa, e vim pra cá, já estamos no meio do inverno e no meio das férias também, mas só em pensar que tenho que levantar uma força me prende na cama.
v Keishin. Não! Não vai. — tentei agarrá-lo , mas não consegui ele é bem mais forte que eu.
— Haha! Por mais que eu goste de ficar grudado em você. Tenho que abrir a loja, gracinha.
Pegou uma camiseta branca e vestiu - como ele dormiu sem camiseta, não me pergunte, mas me agarrei nele como se fosse uma tábua em alto mar, sem falar que ele é super quente - e depois catou o moletom laranja.
Me revirei nos meio dos lençóis. Já estava acordada faz um tempo,mas a minha disposição pra levantar era menos um. Agradeço por Ukai ter um cobertor tão quente assim, dois na verdade, já que dormimos debaixo de dois cobertores pesados.
— Gracinha! — me chamou, tirei a cabeça debaixo dos cobertores e olhei pra ele. — Vou abrir a loja, mas só até o meio dia. — ele veio pra perto, deitou em cima de mim, dei risada. — Me espera, hein! — deixou selinhos pelo meu rosto.
— Eu faço o almoço então. — Ukai deixou um selinho nos meus lábios e levantou, me ajeitei de um modo que pudesse olhar pra ele. — Não vai tomar café?
— Não. Eu como alguma coisa na loja. Volto daqui a pouco, não sai daqui gracinha.
Saiu e me deixou no quarto frio. Fiquei jogada na cama por mais uma hora, só levantei pra ir ao banheiro e ligar a TV. Hoje é o último dia do ano, e bom eu vou passar sozinha.
Tomei coragem para levantar quando senti que tinha esquentado um pouco. Peguei um moletom que tinha o cheiro dele, é sim ele é muito cheiroso. Olhei o celular antes de começar, Kiyoko tinha mandado uma mensagem me perguntando se eu iria ao templo amanhã, respondi que ia e foquei na comida.
