XLVII

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Narrador...

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Gizelly estava deitada no sofá de seu flat, em suas mãos o anel que era de seu pai, era de chapa com a letra B, ele sempre usava no menor dedo, e agora era da empresária.

Pensando em várias coisas, não exatamente nela, mas em três pessoas em especial, pessoas que faziam falta.

Você sempre quis um neto pai... - Gizelly falou baixo - E agora parece que tem, e eu nem sei se o filho é meu!

Chegava a ser cômico a forma como a vida de Gizelly havia mudado 100% em poucos meses, namorou, se entregou, "traiu" e acabou, inaugurou sonhos mas não se sentia feliz como devia, faltava algo, faltava alguém...

Gizelly respirou fundo e colocou o anel no dedo, iria usar aquele amuleto que foi de seu pai, e agora seu.

Pegou as chaves do carro e decidiu dá uma volta, precisava de um ar, talvez rodar pela cidade seria bom ou ir ver alguém que estava lhe sendo crucial naqueles dias tortuosos...

Juliette usava um robe preto que ficava até suas coxas, tinha acabado de sair de um banho após um dia cansativo.

Iria pedir seu jantar assim que terminasse de se vestir, mas a campainha tocou, estranhou pois o porteiro não anunciou.

Assim que a advogada abriu a porta, viu Gizelly encostada na porta com algumas embalagens nas mãos, e um sorriso maroto no rosto.

Eu ia pedir meu jantar agora... - Juliette falou e sorriu

— Eu adiantei seu delivery! - Gizelly respondeu

Juliette deu passagem para que Gizelly entrasse e assim ela fez, organizou o jantar que trouxe na sala de estar mesmo, abriu o vinho e esperou que a advogada trocasse de roupas para poder comer.

Leveza, calmaria e tranquilidade, tudo que Gizelly precisava e queria estava tendo naquele momento.

— E o exame? - Juliette perguntou

— Daqui há um mês... - Gizelly respondeu - Mas que parece um ano!

— Calma, tudo vai dar certo, da forma que é para ser e acontecer, tenho certeza que vai da negativo e além do mais é em um clínica da sua total confiança, não corre riscos de fraudes! - Juliette falou

— Você faz tudo parece tão leve... - Gizelly falou e tomou um gole de seu vinho - Impressionante!

Juliette deu um risada e repetiu o ato de Gizelly, ficaram se encarando por algum tempo e era como se seus olhos tivessem um imã que puxava um para o outro, sem que pudessem ter controle daquilo.

Gizelly levou sua mão levemente até o rosto de Juliette e fez um carinho, a advogada se deixou levar pelo carinho, fechou os olhos e deixou um suspiro escapar de seus lábios.

Mas desde o episódio do barco algo lhe travava, como se fosse para não acontecer, talvez não fosse o momento certo, ou elas quem deveriam fazer a ocasião.

Vamos deixar acontecer da forma que for para acontecer...

Juliette falou cortando o clima que surgiu, talvez muita coisa pudesse mudar após o exame, e ela não iria arriscar ficar com Gizelly naquele momento, talvez futuramente...

LOVE AND HATE | G!POnde histórias criam vida. Descubra agora