Criminal mom (Choni)

26- Dirty Secret

2 meses depois

Cheryl Blossom Point Of View

Se passaram dois meses e estou quase sem pregar os olhos. Embora eu esteja mal, Toni se encontra em um estado muito pior do que o meu, fazendo com que essa situação afete diretamente Levi.

No aniversário deles, simplesmente não tínhamos forças para comemorar sem Venus, então o pequeno pediu para comprarmos 2 cupcakes, na esperança que a irmã fosse aparecer naquele mesmo dia.

Como não consigo dormir, insisto sempre para que Toni tire sonecas, por mais curtas que sejam. Cada soneca que ela tira, dura por volta de 15 minutos no máximo, mas hoje o cansaço lhe alcançou e creio que ela consiga dormir uma noite inteira.

Mensagem

Mattew: Cheryl, creio que posso te ajudar com o problema que te atormenta. Me encontre daqui 15 minutos no meu escritório.

Eu: Estarei aí, não se preocupe.

Me levanto de mansinho da cama na esperança de que Toni não acorde. Reviro a bagunça do meu guarda-roupa e tiro a primeira calça que vejo por lá, tirando a arma do fundo falso do móvel. Verifico se a mesma está carregada e viro de costas mais uma vez para procurar uma camiseta.

-Cheryl? -Toni me chama e eu congelo ali mesmo.

-Hey Tee-Tee, pensei que estivesse dormindo... -Continuo virada de costas.

-Você acha mesmo que eu consigo dormir? Toda noite você sai e eu não sou tola, Cheryl. -Posso ouvir seus movimentos e suponho que ela se levantou.

-Eu estava indo tomar leite na cozinha. -Tento em um movimento leve colocar a arma no meio das roupas.

-Com um revólver? -Ela pergunta e eu fecho meus olhos sentindo um arrepio percorrer meu corpo.

-Eu posso explicar...

-Não, você não pode. Você mentiu de novo, Cheryl. Nunca deixou essa merda, não é? Aquele dia que nós viu no banco, ficou contra uma gangue inferior, não foi?

Simplesmente não consigo olhá-la nem respondê-la.

-Cheryl, olha pra mim! -Toni vira meu corpo e bate o mesmo contra o guarda-roupas.

Não me vejo no direito de revidar o ato. Perdi qualquer direito a partir do momento em que escondi tantas coisas dela.

-Me diz a verdade, Blossom! Voce acha que nossa filha está lá por conta desses traficantes de merda? -Ela grita e passa a me dar socos.

-E-eu não sei. -Gaguejo com lágrimas nos olhos.

-Você mente, você esconde, você machuca e ainda pergunta o motivo de eu ser completamente fria com você! -Ela me empurra mais uma vez e vai para o banheiro.

Respiro fundo e seco minhas lágrimas, caminhando em passos rápidos para o banheiro.

-Toni, eu juro que estou tentando sair. -Encaro o rosto dela no espelho.

-Me deixa sozinha, eu estou passando mal. -Toni diz com a voz embargada e se ajoelha em frente a privada.

-Você acaba de me dar um motivo para não sair, parabéns. -Me ajoelho ao lado dela e seguro seu cabelo enquanto ela coloca para fora toda sua última refeição.

Suspiro e me sinto culpada pela situação e na verdade, eu realmente sou. Em estado deplorável, ela se senta em frente ao vaso sanitário e usa um pedaço de papel higiênico para limpar os lábios, jogando o mesmo no lixo.