Onde a lider de uma das maiores gangues de Tokyo se vê afundando em meio a sua vida solitária e luxuosa, até receber uma infeliz notícia que mudaria seu passado, presente e futuro, a morte de seu irmão. Dividida entre se entregar a escuridão e segui...
recomendação de música: favorite crime e deja vu - Olivia Rodrigo
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— Não se esqueça do seu objetivo Azamy. - O detetive estendeu a mão direita.
— Eu sei. - Murmurou de volta sem o menor interesse naquilo, apenas estendeu a mão para apertar a do rapaz.
— Eu confio em você. - Saiu de forma falha dos lábios de Naoto assim que apertaram as mãos.
— Espera, o que? - Antes que pudesse obter uma resposta, Azamy sentiu como se uma grande carga elétrica passasse por todo seu corpo, sensação que a mulher não sentia a quase 12 anos. — Urg! Já tinha esquecido o quão estranho isso era.
08/01/2005 [passado]
Se sentou com a mão na cabeça antes de olhar o lugar em que estava e agradeceu mentalmente por não estar em meio a uma briga, mas sim em seu antigo quarto.
— É Naoto, aqui estamos nós de novo. - Riu se levantando da cama e indo até um grande espelho no canto do local. - Puta que pariu, eu saía de casa assim?? — Analisou o top com material firme que lhe lembrava um colete a prova de balas. - Eu adorava essa roupa...
Azamy se sentia bem em meio a tantas lembranças, mas não esperava encontrar um dos seus bens mais preciosos pendurado ao lado do espelho. Uma jaqueta preta feita de puro couro e em seu peito esquerdo um símbolo com significado conturbado.
— Minha jaqueta da Naipes... - Apertou a peça com a mão direita, sentindo a angústia a corroer por dentro.
— Ai caralho! - Ouviu um barulho vindo do quarto de cima. — Mas que merda...
A falsa ruiva, agora com a raiz menor, sentiu todo seu corpo congelar. Aquela voz quase irreconhecível, que ela sentia tanta falta, estava ali tão perto, mais perto do que nunca esteve nos últimos 7 anos.
— Takemitchy? - As lembranças do corpo desfalecido do garoto voltaram a atormentar Azamy enquanto ela saía do quarto. Subiu a pequena escada sentindo seu peito doer cada vez mais, a cada degrau que a mulher avançava era como se estivesse se afundando ainda mais em meio aquele medo.
O medo de não telo mais ali, de nunca mais vê-lo sorrir.
Quando se deu conta, Azamy caiu de joelhos em frente a porta do quarto do garoto.
— Takemitchy... - Abraçou o próprio corpo sentindo as lágrimas desesperadas escorrerem por seu rosto até encontrarem o chão. — Me perdoa... - Sussurrou em meio a soluços.
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