XVIII

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Arizona Robbins

Você sabe qual é o pior sentimento do mundo? Odiar o que mais se quer. Muitas pessoas acreditam em saudade, perda, mágoa. Mas não tem sentimento que machuque mais do que o amor, é destrutivo, não é feito de rosas. Ele deixa uma ferida gigante aberta e não, não cura com o tempo. O pior sentimento do mundo? O ódio por amor. Minha vida passava diante de meus olhos sem qualquer entusiamos, já havia semanas que eu não trocava uma palavra com Callie Torres, e isso me deixava louca, vê-la em minhas aulas, era uma tortura sem tamanho, mas ela tinha sido bem clara quando me mandou sair de sua vida e eu precisava respeitar isso. PRECISO.

Eu estava exausta, passei o dia resolvendo coisas do casamento, ele estava tão próximo, e eu temia por isso, mas eu temia ainda mais pela vida de minha irmã, e precisava ajuda-la, ela vem recebendo ameaças constantes, e Nathan apenas subia nas pesquisas politicas me trazendo um conforto em relação ao dinheiro.

Já se passava de 4:00 horas da manhã, eu fiquei corrigindo provas até tarde, e eu não queria ir para cama, ao olhar para trás, Nathan estava nela, e só de imaginar dividir a cama com ele me tirava o sono, não consigo dormir a dias, para ser mais exata desde o dia que ele passou a morar novamente nessa casa. Porém, eu precisava dormir.

Deitei ao seu lado, mas fiz de tudo para não toca-lo e nem tão pouco acorda-lo, olhei o celular e passei pelo numero de Callie diversas vezes, a vontade de ligar era imensa, mas eu precisava aceitar o fato de que "nós" não existia mais.

Bloqueei a tela e guardei o celular no criado mudo, segundos depois, ouvi vibrar e um número conhecido me assustou por estar me ligando aquela hora.

- Arizona? Arizona?

- Oi, Meredith? Estou ouvindo. O que houve?

- Callie - Meredith soluçava ao telefone e isso me deixava apreensiva.- É a Callie

- O que houve com a Callie, Meredith?

- Ela levou um tiro. Ela levou um tiro, Arizona - exclamou ela

A palavra "tiro" ecoou em minha cabeça, não pode ser. Eu não posso perde-la, eu não posso!

- Fica calma, Meredith - tentei acalma-la, escondendo o meu nervosismo - onde ela está?

Meredith me deu as coordenadas do hospital que ela estava, anotei em um papel, e vesti a primeira roupa que vi

- Onde você vai a essa hora? - Nathan acordava e dizia as palavras sonolento

- Eu preciso resolver um assunto

- Que assunto? Essa hora?

- Sim, Nathan. A essa hora

- O que aconteceu?

- Uma aluna levou um tiro

- Aluna? Você esta preocupada com uma aluna

- Eu sou humana, diferente de você

- É bem aquela chatinha da Callie. Acertei?

- Por que você não vai para o inferno

- Eu já estou nele, meu amor!

Deixei Nathan falando sozinho no quarto e dirigi desesperada até o hospital que ela se encontrava, procurei por seu nome na recepção ao chegar no corredor, avistei Lauren, suja de sangue, sentada no banco e com a cabeça baixa. Eu estava com raiva por ela ter metido Callie nisso, eu estava com os nervos a flor da pele.  

- QUAL É O SEU PROBLEMA? - Cheguei gritando a assustando

- Ficou maluca?

- VOCÊ COLOCOU A CALLIE NESSA. EU AVISEI PARA FICAR LONGE DELA, SUA IDIOTA!

Querida Arizona... (Adaptação Calzona)Onde histórias criam vida. Descubra agora