Capítulo 2

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Asher

— Ela te pegou de jeito em, garoto. — Comentei rindo quando Callum se sentou no cadeira e fez uma careta. — Ou você recebeu uma bela surra ou ela foi ativa ontem.

  Callum me xingou e eu ri ainda mais, pois ele estava envergonhado. Senti uma ligeira dor no meu braço e fiz uma careta, Manon me beliscou.

— Aí! Por que fez isso ? — Resmunguei, esfregando o local dolorido.

— Você está envergonhando o meu neném, seu panaca. O que nos fizemos ontem não é da sua conta...Só porque você está com a vida sexual parada não significa que precisa se meter na minha. — Ela ralhou e eu continuei esfregando meu braço. — Se você conseguir falar com o garoto, agradeça ao Callum por isso.

— Você tem o número dele ? — Perguntei ansioso, mudando o assunto rapidamente.

— Taylor me deu o número, mas ele me garantiu que se você machucar esse garoto ele vai te matar pessoalmente. — Callum afirmou.

   Eu senti uma onda de êxtase, pode não parecer muito...Mas já é o primeiro passo. Pensei onde poderia encontrá-lo. Eu não posso falar abertamente sobre o contrato e nem nada sobre o meu estilo de vida de forma tão direta, preciso manter a imagem. Sempre tenho que ser cuidadoso, por isso é bom estar no clube. Posso pegar qualquer submisso que me queira e não ter que me preocupar em um deles sair correndo para contar ao jornalista mais próximo o que eu gosto de fazer entre quatro paredes. Tenho uma empresa e preciso de uma imagem seria.

— Vai marcar com ele na empresa ? — Callum perguntou. Assenti e Manon me entregou um pedaço de papel.

  Na minha empresa eu posso controlar as coisas. As câmeras, as pessoas e tudo mais funciona de acordo comigo e com Manon. Somos donos de uma empresa de jóias, temos várias joalherias espalhadas pelo mundo...Manon faz o papel criativo e eu o administrativo.

— O que mais sabe sobre ele ? — Questionei.

— Taylor disse que ele trabalha em um bar a noite durante a semana e que tem pouco mais de vinte e um...Ele não se lembra a idade exata. — Assenti e encarei o papel.

— Vai ficar encarando o papel que nem bobo ou vai ligar ? — Desviei o olhar para minha irmã e neguei com a cabeça.

— Fique quieta. — Disquei o número e coloquei o celular no viva voz.

Demorou um pouco, mas logo o celular tocou e eu suspirei baixo ao escutar aquela voz. Acho que o acordei, é domingo. Já são nove horas da manhã e pra mim isso é tarde, mas tudo bem. Tem pessoas que não gostam de acordar nesse horário.

— Alô ? — Carter murmurou com a voz rouca.

— Bom dia. — Cumprimentei.

— Quem é ? Como conseguiu meu número ? E me dê um bom motivo para não desligar esse telefone na sua cara por ter me acordado cedo no único dia que eu posso dormir até tarde. — Eu sorri comigo mesmo ao notar que ele não é dócil, pelo menos não parece.

— Consegui seu número através de um amigo. Entrei em contato pois tenho uma proposta interessante a fazer e quem eu sou...Bem, isso você vai descobrir se aceitar se encontrar comigo. — Respondi a cada pergunta de forma calma e controlada, Manon e Callum estavam sorrindo.

— Não vou me encontrar com quem eu não conheço! Vai que você me sequestra ou me matar ? Não obrigado. — Eu Revirei os olhos e Manon deu uma risadinha, olhei feio para ela por causa do barulho.

— Faremos assim. Você escolhe um lugar da sua preferência e nos encontramos lá. — Rebati firme, tinha que ter muita paciência.

Carter estava na defensiva e é meio óbvio o motivo...Quem não ficaria se recebesse um telefonema de um estranho
repentinamente? Eu poderia contratar um investigador e descobri cada detalhe da vida desse garoto, mas não o fiz. É invasivo demais e tenho a intuição de que ele nunca lidaria bem com o fato de alguém invadindo seu espaço pessoal.

Cold As Ice Onde histórias criam vida. Descubra agora