Os Eleitos: Rei Demônio e Mestre da Alma (Livro 1)

》A dama de branco na floresta negra

Há muitos anos, em uma pequena terra sem dono, surgiu um país que foi construído sozinho por um mestre demoníaco. Este, foi o primeiro andarilho humano que servia ao Deus Yao, e sobre a bênção de sua divindade aquele jovem homem reinou com longevidade e graça sobre aquela terra.

Com o passar dos anos, pequenas batalhas findaram em grandes conquistas de terras e o reino demoníaco cresceu. Mas, apenas ao nascer do primogênito do rei demônio, o Clã demoníaco surgiu e assim, a sua divindade passou a ter um povo que lhe serviria. No entanto, aos olhos dos clãs que adoravam outras divindades, aquele clã não era digno de respeito pois, o Deus Yao era julgado por corromper as almas inocentes e transdormá-las em seus demônios que seriam manipulados pela eternidade sem ter a chance de viver novamente uma vida nova sem caos.

Então, aos anos que se passaram, muitas guerras foram travadas e todos os reis que subiram ao trono demoníaco tiveram de enfrentar os mesmos ataques pelas acusações de corromper as almas puras.
Atacaram-os de todos os modos possíveis. Queimaram seus templos, destruíram suas estátuas, saquearam as casas das famílias do reino e o castelo, tiraram a vida de pessoas inocentes e do último rei arrancaram-lhe tudo.

Aquela sem dúvidas foi a batalha mais sangrenta em 10.000 mil anos desde a criação do reino demoníaco.

Em uma noite muito obscura, o Deus das tempestades parecia furioso pois, o céu derramava uma forte chuva que era tão intensa, mas tão intensa que até as árvores de raises grossas e profundas eram arrancadas do chão e corriam pelos rios que transbordavam muito além do seu limite. As casas e templos eram incendiadas por raios e aos poucos o fogo começava a se espalhar para perto da floresta, nem mesmo água podia apagar aquela chama.

O reino demoníaco estava mesmo sendo atacado de todos os modos, até os Deuses ousaram interferir nas coisas dos humanos e o reino já estava devastado pouco tempo depois do início da batalha. O Deus da guerra também parecia estar do lado inimigimo, o Clã demoníaco a esta altura encontrava-se quase por inteiro destruído, o velho mestre Yao havia falecido com uma lança atravessada em seu peito e só restara seu herdeiro, o novo rei.

O jovem mestre destruía todo aquele que cruzava seu caminho, ele sozinho era capaz de matar muito mais do que os mestres que lhe sobraram no exército. Mas, ele sozinho não seria capaz de destruir mais de 500 mil soldados inimigos que ainda estavam de pé. Deste modo, o jovem rei viu-se sozinho, cercado por tantos homens que não podia-se mais ver onde acabavam. Ele não podia lutar sozinho, só que de repente, ouviu ao longe uma voz gritar, a voz que ele não desejava ouvir naquele momento, e assim mais da metade daqueles soldados moveram-se para longe dalí.
O rei demônio travou uma forte batalha e cegamente matou sem piedade todos a sua frente.

Sua ira estava no ápice e ainda mais forte que ela estavam seu medo e desespero. Ele estava fraco, usou muito de seu poder e seu corpo inteiro estava ferido. Mas, mesmo assim, com o corpo fraco arrastou seus pés no chão obrigando-se a andar adiante para o lugar em que seu coração o aguardava, deixado para trás um rastro de sangue no chão onde passara.

Os ouvidos do jovem mestre já não podiam ouvir mais as vozes do mundo, tudo mutou-se ao seu redor, nem mesmo ao forte estrondo dos metais das espadas se chocando ou os trovões do céu podiam ser ouvidos. O mundo perdeu o sentido para ele. No chão estendido estava outro jovem mestre, um pouco mais velho que o rei demoníaco, este homem todo coberto de branco estava gravemente frerido. O vermelho de seu sangue manchava toda a sua veste e o que deveria ser algo tão belo estava todo devastado.

Assim, o rei Yao rugiu aos céus um grito tão desesperador que todos alí pararam de ouvir. Uma intensa nevoa negra formou-se ao redor do rei deixando apenas ele e o jovem mestre naquele lugar. E já com as pernas bambas e feridas, ele não aguentou-se em pé, seus joelhos dobraram fazendo-o despencar sobre o chão. As lágrimas de seus olhos misturaram-se a chuva que aumentara ainda mais. E então, ele tomou em mãos aquele corpo ensanguentado. Trouxe o homem um pouco mais para cima e encostou a cabeça dele em seu peito. Ele ainda respirava, dando ao rei uma falsa esperança .