give my heart a holiday

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Oi pessoinhas ><

E vamos de casalzinho improvável curtindo os últimos dias juntos </3

Boa leitura e não esquece do votinho, ajuda demais :3

(...)

Eles se perderam completamente depois daquela noite sob as estrelas.

Hoseok dizia a si mesmo que a distância era o melhor presente que deveria dar àquele garoto, se apagar aos poucos de sua vida para que quando fosse embora, sua ausência não fosse tão sentida. Mas diligentemente, toda noite ele aparecia no Bar e Lanchonete dos Kim. Mesmo que não consumisse uma gota de álcool, esperava no estacionamento pela figura distinta de Kim Taehyung irromper afora das portas, esperava que ele se virasse inconscientemente o procurando, e esperava pelo sorriso que abria sempre que o avistava.

Taehyung sabia que Hoseok ia partir e ele também sabia que um vazio infindável seria o que lhe restaria quando não tivesse mais o tabaco, limão e morango para preencher seus dias. Mas ele também já tinha reparado no quanto era incapaz de manter a distância. A cada carona, cada beijo, cada cigarro e morango, ele empurrava a data da despedida para mais longe e puxava Jung Hoseok para mais perto. Era presença tão fiel em sua vida que pareciam ter nascidos grudados, uma segunda pele. Se perguntava como vivia antes dele entrar pelas portas do estabelecimento com seus óculos escuros e atitude arrogante.

Não foi um dia bom o dia em que ele reparou o quão vital ele estava se tornando em sua vida ou o quão natural era querer os braços dele em um momento de adversidade, mas os acontecimentos daquele dia teriam uma importância incalculável para todo o restante de suas histórias

____

Taehyung não era do tipo que mandava aquele tipo de mensagem. Se fosse ser sincero, Hoseok teria que admitir que ele quem normalmente tomava a atitude de começar uma conversa. E com certeza não era daquela forma.

Taehyung

Preciso que venha aqui|

Por favor|

Podia ser coisa de sua cabeça e Hoseok, no fundo, torcia para que realmente fosse uma de suas paranoias. Mas ele leu desespero naquelas palavras e, sem ao menos se lembrar ou se preocupar com capacete, acelerou sua velha companheira pelas ruas já conhecidas da cidadezinha até parar em frente a porta tão conhecida quanto suas próprias marcas. Ele olhou preocupado para a escada vazia e as portas fechadas, alcançando o celular no bolso no mesmo momento em que notou um movimento suspeito na lateral da casa. Franziu o cenho ao reconhecer o corpo esguio que se esgueirava pela janela de um quarto na parte de trás da casa. Taehyung corria abaixado como um foragido no próprio quintal e Hoseok esperou ansioso que ele chegasse até seus braços. E ele se jogou, como uma criança confiante que vê um adulto estender os braços na parte funda da piscina.

O motoqueiro engoliu todas as palavras quando sentiu que ele tremia contra seu aperto, deixando-o o mais próximo que conseguia do próprio corpo, inspirando o cheiro de camomila de seus fios e esperando ele se acalmar. Taehyung não chorava, mas os tremores espaçados também não pareciam pertos de cessarem.

– Taehyung – enfim chamou. O abraçaria para sempre se fosse o que ele precisava, mas não conseguia deixar de pensar que ele estava tentando esconder o rosto em seu peito – Olhe para mim.

Taehyung negou e afundou ainda mais em seu pescoço, tirando as mãos de sua cintura para cobrir o próprio rosto. Hoseok se alarmou e com sutil força, se afastou o suficiente para conseguir segurar seus pulsos.

Strawberries & Cigarettes | vhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora