dezesseis

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19 de outubro de 1975 - ala hospitalar

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19 de outubro de 1975 - ala hospitalar

Ele geme, jogando a cabeça para trás no travesseiro da cama.  Ele tinha acabado de acordar.  Ele se sentia como se tivesse sido atropelado várias vezes, sem qualquer forma de força.  Tinha sido uma noite difícil e ele estava feliz que seus amigos estivessem lá para ajudá-lo, de qualquer forma teria sido pior. 

Ele olha ao redor e suspira.  Por mais que apreciasse o apoio e a ajuda deles, ao vê-los dormindo ao redor de sua cama, ele não pôde evitar se sentir mal.  Claro, conhecendo-os, eles nunca aceitariam deixá-lo passar pela lua cheia sozinho.

"Remus. Tem alguém que quer ver você."  Madame Pomfrey sorri suavemente ao aparecer na frente dele.  Ele ergue os olhos confuso e percebe que James se agita, se levantando para olhar para a Enfermeira. 

"Quem?"  Remus pergunta, sem saber quem pode estar aqui.  Ele não tinha contado a Lily ou a qualquer uma das outras garotas sobre ele ser um lobisomem, então ele não podia imaginá-las ali. 

"Que tal você ver por si mesmo."  Pomfrey sorri, acenando com a cabeça para a pessoa se aproximar.  Seus olhos se arregalam em choque quando ele vê quem é.  James fica boquiaberto em descrença, cutucando Sirius para acordar. 

"O que?"  Sirius resmunga enquanto olha ao redor, mas ele percebe a pessoa que se junta, seus olhos se arregalam.

"Posso falar com Remus a sós?"  Ela pergunta nervosa, fazendo James e Sirius limparem a garganta enquanto acenam com a cabeça.  Sirius se levanta, sacudindo Peter para acordá-lo.  O garoto resmunga irritado, mas deixa que James e Sirius o arrastem para longe. 

Remus sentiu como se estivesse sonhando, sem entender por que ela estava aqui.  Afinal, a última vez que se viram, ele tinha sido um idiota absoluto com ela.  Ele até acreditava que ela nunca o perdoaria por suas palavras duras.  No entanto, lá estava ela.  Mas ele podia ver que suas palavras a afetaram, já que seus olhos estavam injetados e manchas de lágrimas marcavam sua pele agora pálida. 

"Eu sinto Muito."  "Como você soube sobre Martin?"  Ambos dizem ao mesmo tempo.  As sobrancelhas de Remus se erguem em confusão. 

"Você pode ir primeiro."  Lorelei pigarreou, olhando para os pés.  Ele solta um suspiro, sentindo-se mal.

"Sinto muito pelo outro dia. Eu não deveria ter dito o que disse. Claro que você é minha amiga e você não é o que eu disse que é. Não há desculpa para o que eu disse."  Ele diz baixinho, fazendo-a olhar para cima e ela balança a cabeça com um sorriso suave. 

"Está tudo bem. Eu sei por que você fez isso."  Lorelei cantarola enquanto se aproxima, sentando-se na beira da cama.  Ele olha para ela sem acreditar e ela olha para ele.  "O quê? Remus, eu não sou estúpido. Você é bom em esconder isso, não me entenda mal. Mas como alguém que não é totalmente humano, eu meio que adivinhei. Explosão de raiva repentina perto da lua cheia, terminando  na ala hospitalar depois da lua cheia. " 

"Por que ... por que você não está fugindo?"  Ele pergunta.  Era uma pergunta estúpida em alguns aspectos, mas ele ainda não conseguia evitar ficar ansioso com isso.  Ela sorri suavemente, pegando a mão dele com as suas.

"Porque você não fugiu, embora eu seja meio-veela. Ninguém quer ser meu amigo. Lesley e Emily eram as únicas. Inferno, nem mesmo Martin me quer."  Ela cantarola, virando a mão dele sem pensar para que a palma dele fique para cima e ela traça pequenos padrões com os dedos. 

"Você sabe sobre Martin?"  Ele pergunta, fazendo-a zombar. 

"Claro. Ele só age com amor quando quer alguma coisa."  Ela medita e ele franze a testa em resposta.

"Por que você fica com ele então?"  Ele se pergunta e ela olha para ele, um pequeno sorriso brincando em seus lábios.

"Qual a melhor maneira de se vingar por traição?  Ele acha que eu caí no jogo dele, quando na verdade ele se apaixonou pelo meu."  Ela diz, fazendo-o rir.

"Inteligente. Os meninos e eu queríamos encontrar uma prova do que ele fez, antes de mostrar a você. Não queríamos machucar você."  Ele cantarola e ela sorri calorosamente.  Ela levanta a mão, colocando-a contra sua bochecha e passando o polegar sobre a cicatriz em sua mandíbula.  Ele se inclina para o toque dela. 

"Não se preocupe comigo. Eu cuido disso. Mas agradeço. Como você descobriu isso?"  Ela pergunta e ele encolhe os ombros inocentemente. 

"Tudo começou com o balaço trapaceiro."  Ele responde suavemente, fazendo-a rir. 

"Justo."  Ela cantarola, colocando a mão de volta na dele.  Ele já sente falta do calor de seu toque. 

"Quanto mais você vai ficar com ele?"  Ele pergunta e ela respira fundo.

"Normalmente, eu ia esperar até que ele finalmente revelasse seus motivos. Mas as coisas mudaram, então não muito mais. Estou apenas esperando o momento certo."  Ela admite e ele levanta uma sobrancelha.  Ele nem precisa perguntar, para ela saber o que ele está pensando.  O que mudou?  "Há outra pessoa. De quem eu gosto." 

"Oh."  Ele expira, seu coração caindo.  Ele limpa a garganta, olhando para baixo nervosamente. 

"Ele é um cara de sorte." 

"Eu sou a sortuda."  Ela medita.  Nada mais é dito entre eles, enquanto ela brinca com os dedos dele, desenhando padrões em seu pulso. 

"Você pode fazer uma pergunta sobre a minha paixão."  Ele diz e ela olha para cima com entusiasmo. 

"É Dorcas?"  Ela pergunta, fazendo-o bufar e balançar a cabeça.

"Não. Ela gosta de Marlene."  Os lábios de Lorelei formam uma forma de 'o' em realização. 

"Isso é fofo. Elas já estão juntas? Elas fariam um bom casal."  Ela cantarola como já pode imaginar. 

"Sim, já se passaram alguns meses."  Ele cantarola e ela sorri feliz. 

"Bem, estou feliz por elas. Embora agora eu ainda não saiba quem é a garota misteriosa."  Ela bufa, fazendo com que ele morda o lábio para se impedir de sorrir.  Ele olha para ela com um olhar amoroso e ela sorri suavemente. 

"Posso saber quem é o seu menino misterioso?"  Ele pergunta, fazendo seus olhos se arregalarem e desviar o olhar com um leve rubor.  "Uh, bem. Eu não sei. Ele gosta de outra pessoa."  Ela limpa a garganta.

"Oh. Bem, ele é quem está perdendo."  Ele diz baixinho e ela balança a cabeça, sorrindo divertida. 

"Engraçado você dizer isso."  Ela diz baixinho, mas ele a ouviu claramente.  Ele decide ignorá-lo.  "Eu direi quem é, se você me disser quem ela é." 

"De jeito nenhum. Você deveria descobrir isso."  Ele aponta, fazendo com que ela resmungue.  Ele sorri feliz, feliz por ela não o odiar depois da discussão.

lucid dreams [r. lupin]Onde histórias criam vida. Descubra agora