♧𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 1 "𝕾𝖆𝖛𝖊 𝖒𝖊"♧

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O cair da Noite é algo deslumbrante. Quando o Astro Rei está a se despedir do dia, o céu vira algo mágico; Silenciosamente vai dando as caras , nuvens de varias cores e formatos, vão perdendo o brilho e ganhando a cor acinzentada para entrada da noite, a temperatura caí, e com ela a condensação de vapores d'água transforma-se em Orvalho ao tocar a Superfície, os ventos aumentam e pobres estrelas começam seu serviço, a lua dá vida ao ambiente, mas nem sempre gosta de aparecer. A noite é esplendidamente magnífica!

No Reino de Isméria, aquela noite já não estava tão silenciosa. O suor, as lágrimas, o sangue, as parteiras e uma linda rainha quase que desfalecida sobre o leito, faziam uma mistura de sons que ouvia se de longe. O Rei angustiado do lado de fora do quarto, quase sem unhas de tanto roer, se culpava por não poder ajudar.

- Força minha rainha, tenha ânimo, não pode desfalecer agora...- falava a parteira entre as pernas, apressada ao trocar panos limpos, por outros cobertos de sangue. -- Vamos lá, está quase! - Acrescentou animada quando pensou em ter visto a cabeça do bebê.

- N-Não sei consigo mais, Aaah... - Falou a Ômega com a voz embargada e gritos sôfregos. - Está doendo muito, ainda é cedo para nascer de qualquer forma.

- Mas a bolsa se rompeu, se esperamos mais ele morrerá, e a senhora já perdeu muito sangue. - O desânimo na voz de Ellis, a parteira mais experiente do reino ia ficando cada vez mais visível, o suficiente para Rainha notar e entender o tamanho do problema.

- Ellis, haa.. Essa é uma ordem de sua Majestade. Se tiver que escolher entre a mim e ao herdeiro do trono, escolha ele para viver, estarei feliz se meu filho ficar bem, diga-me o que a de errado - Falou a rainha com voz fraca, mas firme e sem arrependimentos.

- Não é a cabeça do bebê, e sim os pés... o cordão deve estar o sufocando a essa altura, temo que não ressist - Ela foi interrompida rapidamente por Jennie, que mesmo fragilizada pelas dores do parto, não poderia aceitar tais palavras.

- Abra minha barriga, vai poder tira-lo em segurança, vá agora! VÁ LOGO! Haa..

Mesmo achando aquilo absurdo, fez sem muito contestar o que sua Alteza pediu, afinal, era uma boa ideia, e poderia salvar ao menos um dos dois. Conteve suas lagrimas ao ouvir os gritos estridentes que se ouvia por todo o Palácio, mas logo depois veio o desmaio, que sanou os últimos fios de esperança para aquela vida. Alguns minutos se passaram, e do corte mal feito, sem uma boa lâmina e sem conhecimento, saiu um pequeno e lindo bebê, pequeno demais para o tamanho normal, já que decidiu vir antes conhecer o mundo.

Alguns dias depois, a Rainha acordou. Ainda cheia de dores, e com uma costura improvisada banhada de ervas medicinais da época, cobriam toda a barriga da mesma. assustada, olhou ao redor procurando algo. E no lado esquerdo da cama havia um Pai bobo brincando com seu neném nos braços. Se alguém dissesse que aquele homem era um Alfa, muitos não levariam a sério. - Querido... - logo o olhar do homem veio em sua direção assustado, e sorrindo gritou alto para que médicos, curandeiras, até mesmo a guarda real entrasse as pressas no quarto. Ao chegar, se deparam com a linda mulher olhando para o filho e o marido.

- Jennie, você está acordada meu amor, finalmente! Não sabe o quanto desejei isso, você e nosso filho estão bem. É um lindo menino como você disse, veja... Pelo cheiro será Alfa igual a mim, talvez um Luphus. - falava sorridente erguendo a criança para ela poder vê-lo, e a interrompia sempre que forçava a voz para falar. - Não force muito meu bem, deve ficar melhor para poder segura-lo, vou deixar os médicos fazerem seu trabalho, descanse está bem? estaremos aqui.

Mesmo com o pedido do marido, ela falou baixinho, algo que trouxe um sorriso suave do mesmo, e um sinal de concordância junto.
- Namjoon, meu príncipe. Significa; Gênio do Sul. Ele será inteligente e um bom homem. - O nome do futuro Imperador havia sido escolhido.. Ali começava uma nova Historia, um futuro para o reino.

Alguns anos mais tarde, o pequeno alfa Já fazia seu quarto aniversário e estava na cozinha, seu segundo lugar predileto do Castelo, o primeiro era na biblioteca com sua mãe, portava de uma inteligência surpreendente. Apesar de desastrado, e quase sempre quebrava seus brinquedos em um ou dois dias de uso, sabia o Hangeul decorado, já até lia palavras curtas, aprendia mandarim e todos os idiomas de países que tinham aliança com o Reino, era obrigação de uma criança Real ser muito bem educada, só fugia das aulas de números e cálculos, ou como gostava de chamar "Aulas sem graça", entretanto quando era aula de História e Geografia, o pequeno davas pulos, mas sua paixão eram os contos lidos por sua mãe na hora de dormir. Sempre quando sua mãe o deixava só, estudando na biblioteca, a Criança arteira corria em direção a cozinha

- 'Só mais um Chuu, pu favorzinho... -Tentou seduzir a cozinheira real com seu olhar de cão faminto e pronunciando o apelido da mesma de forma fofa, mas ela já não caia mais nesse feitiço.

-Nada disso, a Rainha lhe proibiu, sem doces e biscoitos antes do Almoço mocinho. - E não adianta pedir mais, gravidas são imunes a esse seu rostinho fofo -falava enquanto cortava alguns legumes sorrindo para o pequeno.

-Não é justo! - dizia Namjoon com bochechas infladas e braços cruzados- quando seu bebê nascer vou destrintar ele!!

- 'Destratar' ele .- corrigiu a moça balançando a cabeça negativamente - e não pode agir assim com nenéns, querido. ele precisará de você para ensinar como brincar.

-Não quero! Ele será feio e fedido, já que a Chuu negou biscoito.- A birra só parou quando a mais velha abaixou e lhe deu um beijo na bochecha, que rápido transformou-se em um rosto cheios de dentinhos e covinhas - tá vou ensinar ele, mas tem que me deixar segura-lo ,ok?

- Trato feito! agora corra e vá estudar, antes que seu pai grite por você. - Em menos de um minuto o garoto já estava longe, virando os corredores, e a Beta estava voltando para seus afazeres na cozinha Real

Na hora de servir a comida na mesa, jiwoo sentia um desconforto na barriga, mas não deu atenção a isso, e ao servir o jantar, porém, a Rainha percebeu que havia líquido vazando entre as pernas da beta e ficou assustada - Chuu sua bolça estourou! - Logo se levantou e foi socorrer a cozinheira, que era também sua amiga de longa data, e que estava prestes a ter uma criança -vamos para seu quarto, mandarei chamar a parteira o mais rápido possível... - e assim foi feito, no tardar do dia um lindo menino, delicado como uma pétala de rosa, que recebeu o nome de Seokjin, havia nascido alí. O pequeno não tinha cheiro algum, impossível saber seu gene, mas provavelmente seria Beta, já que ambos os pais eram.

-Você prometeu Chuu! - o pequeno alfa estava a dias tentando fazer com o que a Beta lhe entregasse o neném, e sempre falhava miseravelmente - disse que poderia pega-lo no colo, mas mal me deixa ver ele!- falou agora inconformado pela quebra de promessa de jiwoo.

- Meu filho, ele é ainda muito molinho para pegar, e sabemos que você quebra tudo que toca. -falou calma e explicativa a Rainha para o filho,enquanto acompanhavam o passeio da tarde com o neném - logo estará correndo com ele por aí.

- Tudo bem, mas por favor abaixe ele,quero sentir seu cheirinho de novo, é tão doce que parece as rosas de cerejeira do nosso Jardim - indagou o pequeno, que levou a Ômega e a Beta a rirem, pois pensavam que ele estava falando apenas do cheiro comum de todos os bebês, já que mais ninguém sentia,então ela o abaixou para que ele pudesse cheira-lo. - Jin, gosto do seu cheiro... fale logo, para que me diga o que acha do meu.- Naquele momento, Ele sentiu como se precisasse proteger Seokjin de todo o mal que o mundo podera oferecer, desde dos monstros debaixo da cama, até os brocoles servidos no jantar.

E logo a noite chegou outra vez, A noite cálida e escura, já fora motivo de sorrisos e alegrias, mas agora também é coberta de manchas, dores e medo, e que as vezes a escuridão dela, abafava os sons das batidas do próprio coração, o Ar falta nos pulmões, e soa quase como um pedido de socorro... Salve me, salve me! Mas isso são apenas pesadelos causados pelo frio da noite, ainda existe o amor dando a mão para acordar dos maus sonhos, ainda há um brilho para se apegar e há um sol de esperança na próxima manhã.

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