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CAPÍTULO 4

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Noah urrea
Point of view

Desperto mas não abro os olhos. Estou com dor de cabeça e não sei muito sobre o que aconteceu ontem

- Acorda mauricinho - sinto um líquido sendo derramado em minha cara e pulo da cama

- Que porra cara - bufo abrindo os olhos. Olho em volta e percebo que não estou na casa de krys, olho pra frente e vejo josh parado sem camisa e com um copo na mão, meus olhos não se controlam e se fixam no seu abdômen definido exposto

- Vai se atrasar pra escola, e não sou sua babá - alerta e se vira começando a procurar algo pra vestir

- O que houve? - questiono sentando na cama

- Você tava chapado e quase foi roubado, então eu como o bom samaritano te dei uma carona - começa vestindo sua blusa - Mas acontece que quando eu perguntei onde era sua casa, você surtou e disse que não queria ir, então eu te trouxe pra minha - finaliza terminando de pentear o cabelo

- Bom, então obrigado - ele rir e me olha com o pente na mão

- Obrigado o caralho, 100 dólares - diz com uma expressão calma então suponho que não esteja brincando. Tateio a calça e tiro a carteira do bolso - É zuera imbecil - seu humor muda pra rude e me pergunto se isso é normal

- Desculpa te ofender - digo irônico e levanto da cama - Porque você é assim? - ele arqueia a sombrancelha e para pra me olhar - Me trata mal sendo que nunca te fiz nada - ele rir e se aproxima

- Eu não sou o vilão noah. Mas acontece que tinha exatamente um Noah urrea na minha outra escola, riquinho esnobe e com o melhor grupo de amigos - diz bem próximo de mim - Tratava as pessoas mal pra caralho e não dava a mínima pra isso, então ele se meteu em uma confusão comigo, ficou tirando sarro de mim no 5° ano até eu surtar e lhe dá um soco, o que a acontece é que seu pai pagou a escola e eu fui expulso - seu rosto já estava tão próximo que eu sentia seu hálito mentalizado

- Eu não sou assim, não mais. Confesso que fui exatamente desse jeito mas eu parei, as férias que passei me fizeram enxergar  que a escola não é meu reinado e que não sou melhor que ninguém. Mas se você prefere me retratar por um trauma que tem de outra pessoa, aí não é culpa minha - digo ríspido. Ele alterna a visão entre meus olhos e minha boca, eu não sabia se ele queria me bater ou me beijar porquê seu corpo transpirava tensão

- Até quando? A farsa do garoto bonzinho sempre caí noah, e a sua não vai demorar muito - dá um tapinha fraco em meu rosto e se afasta

- Vai se ferrar seu estúpido idiota - ele rir de novo e sinto ódio em meu corpo. Passo por ele e saio do quarto, pego o celular do bolso e vejo que estou sem bateria. Desço qs escadas e paro na frente da porta

Saio e procuro um táxi mas a essa hora com certeza não vai ter

- Ótima hora pra tá com o celular descarregado noah - digo a mim mesmo olhando pra tela descarregada do meu iPhone. Um tempo depois Josh saí da casa com um sorriso debochado no rosto

- Quer carona? - nego e ele rir. Começo a andar sem rumo na verdade porquê nem sei onde estou. Josh passa ao meu lado e reduz a velocidade do seu carro - Você nem sabe onde tá, então só entra logo e poupa meu tempo - finjo que não ouvir e continuo andando. Ele para o carro e de repente sinto braços ao redor da minha cintura, ele me coloca dentro do carro e entra também

- Você tá me sequestrando seu imbecil - ele rir e começa a dirigir

- Te fazendo um favor você quis dizer - me viro pro vidro e evito falar com ele