CAPÍTULO 7

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Josh beauchamp
Point of view

Até que o beijo do mauricinho não era nada mal

Levo uma das mãos a sua cintura e pressiono seu corpo contra o meu. Ele estava quente, eu também, o que é irônico já que estamos deitado em cima do gelo

Sinto uma vibração acompanhada do seu toque de celular e dispostos a ignorar nós continuamos nos beijando

As lembranças passadas me atingem como pedras e eu me vejo com quinze anos novamente. Lembro-me de tocá-la, de beijá-la, de perdê-la.

Me afasto do beijo e ele me olha frustrado. Aponto pro seu celular e ele tira do bolso e se equilibra levantando pra atender. Me afasto gradativamente e levanto também

Definitivamente não posso me envolver, sei os riscos, sei como começa e como termina, e sinceramente, não sei se seria capaz de esquecê-la, nem se tentasse

Tento ocupar a mente me divertindo e fudendo com tudo - as vezes literalmente - mas ainda é um enorme vazio que não tem espaço pra sentimentos, apenas diversão e não acho que noah seja o tipo de pessoa que gostaria de se envolver só por diversão

- Desculpa! Era minha mãe, onde estávamos? - ele se aproxima e segura minha cintura, deixo-me levar pelo toque mas quando ele se aproxima pra me beijar eu viro o rosto - Fiz algo errado? - me afasto a uma distância considerável e ele me olha confuso

- Não, é que... Desculpa, não podemos - digo e começo a deslizar na direção dos bancos fora da pista

Saío e tiro os patins colocado-os no lugar onde estavam, noah vem atrás ainda confuso

- Desculpa, foi culpa minha. Vamos só recomeçar, por favor - ele praticamente implora sentando ao meu lado e tirando os patins

- Porquê? Porquê quer tanto ser meu amigo, não sou do patamar dos seus amiguinhos mimados e não temos nada em comum -

- Talvez porque você não me dá a chance de provar que não sou só um garoto mimado. Se me desse, poderia ver como somos parecidos - arqueio a sombrancelha e levanto após calçar meu sapato e espero pra que ele faça o mesmo

- Tudo bem, vamos, vou te levar em um lugar - ele franze a testa mas não questiona enquanto começamos a andar na direção do meu carro

- Há quanto tempo está na cidade? - não respondo e mantenho os olhos na estrada que se conjectura conforme acelero - Conhece muitas coisas por aqui? - ele de fato não sabe calar a boca

- Cheguei no último mês das férias, por culpa sua na verdade, bom não sua, mas do seu pai. Minha mãe trabalhava na empresa do seu pai no canadá e ele a promoveu e disse que precisava dela aqui - ele balança a cabeça em concordância e fica me encarando - O que foi? - ele dá de ombros e se vira pra frente

- Você é sempre tão fechado? - não, eu não sou, ou não era pelo menos

- Você é sempre tão tagarela? - ele fica calado e meu celular vibra, olho de relance e era uma mensagem de abby, noah também percebe e se meche desconfortável no banco

- Vocês, são a-amigos? - ele pergunta, o desconforto claro na sua voz

- É, mais ou menos isso - digo simples e ele assente

Dirijo por mais umas ruas até chegar por fim em uma praça afastada de todos os bairros chiques de nova york, desço do carro e noah também

- Aqui é seguro? - ele pergunta observando o local ao redor

𝐺𝑂𝑆𝑆𝐼𝑃 𝐷𝐸𝐿𝐼𝐺𝐻𝑇𝑆 | 𝑁𝑂𝑆𝐻 |Onde histórias criam vida. Descubra agora