36 - Calmante

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Narrador - Point Of View

Os olhos verdes de Rafaella estavam abertos, cintilantes quase que brilhando, em sono algum, e ao seu lado Henry dormia tranquilamente de bruços.

A policial se levantou com calma e seguiu diretamente até o closet do rapaz, abriu uma das gavetas e seus olhos brilharam ao ver uma arma lá, e assim como a de Gizelly, a de Henry tinha inicias, H.B.L eram as siglas que tinham na arma do mafioso.

Sem poder se controlar, parecia que seu corpo não lhe obedecia naquele momento, Rafaella pegou a arma sem titubear ou tremer.

Voltou para o quarto e certificou-se que Henry ainda dormia, o sono do rapaz parecia ser pesado demais.

Rafaella saiu do quarto, e seguiu pelo corredor escuro da casa de Laura, sua vontade era de voltar para o quarto de Henry e dormir, mas seu corpo não estava lhe obedecendo, seu sono não queria vir, estava inquieta, e na sua mão direita a arma que pegou na gaveta.

O quarto de Laura ficava para o lado oposto do quarto de Henry, teria que descer as escadas até o meio e subir novamente, de fato era uma casa enorme e bem dividida.

Em passos calmos e lentos, Rafaella passou despercebida pelos seguranças que estavam no fim da escada parados feito estátuas.

Rafaella passou pela porta fechada do quarto que Manoela estava presa e seguiu mais à frente, um barulho lhe chamou atenção, na verdade era como sussurros, que davam para ouvir no corredor para quem passassem por ali.

Parou na frente da porta do quarto de Laura e tocou a maçaneta com calma, ssu coração batia aceleradamente mais do que nunca, como se estivesse em uma missão ou que sua vida dependesse daquilo.

A porta foi se abrindo aos poucos, e os barulhos que estavam difíceis de identificar foram ficando mais audível e deu para entender e ver que se tratavam de gemidos, gemidos esses que estavam bem altos dentro do quarto.

Rafaella travou todo o corpo ao ver aquela cena, um ódio súbito lhe subiu e automaticamente lhe cegou, sua respiração acelerou, assim como sua mão apertou a arma com força, e automaticamente engatilhou a arma.

O corpo nú de Laura estava sobre o de Gizelly, os cabelos soltos caindo em cascatas por suas costas, assim como seu corpo bem modelado se movia em lentidão.

Os olhos de Rafaella foram certeiros nas mãos de Gizelly que apertavam com força a cintura da mulher que estava sobre seu corpo, se esfregando sob aquele corpo que Rafaella jurou um dia ser apenas seu e que ninguém poderia tocar, absolutamente ninguém.

Gizelly se sentou na cama abraçando com força o corpo de Laura, e beijando o pescoço da mulher, a fazendo gemer cada vez mais alto.

Rafaella bateu a porta com força, fazendo as duas se assustarem com o barulho estrondoso que foi.

Gizelly se separou de Laura e olhou rapidamente na direção da porta, seu sangue esfriou ao ver Rafaella ali parada na porta.

— O que significa isso?

Laura perguntou e se cobriu com o lençol, Gizelly não tinha reação ao alguma ao ver Rafaella ali naquele momento.

— O que você está fazendo aqui?

Gizelly perguntou e se levantou, pegou a blusa que estava no chão e vestiu assim como o short.

— O que você está fazendo? - Rafaella rebateu

— Vocês se conhecem? - Laura perguntou

— Não... - Gizelly falou

— Sim! - Rafaella rebateu - Na verdade Laura Biel, a gente tem apenas um interesse em comum, Manoela Gavassi...

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