*Benny Stanford*
Acordei no meio da noite com Eleanor me chamando, me sentei na cama e ela me deu um copo de vinho, naquele dia ela estava meio atirada, antes mesmo de eu terminar de beber o vinho ela já estava em cima de mim beijando meu pescoço no fundo eu queria isso também, o melhor jeito de me esquecer dos meus problemas e depois criar novos problemas. No dia seguinte fui no horário pro trabalho, Dean só ficaria internado por mais uma semana, então eu só tenho uma semana pra fazer amizade com ele pra a gente se falar fora do hospital. Quando cheguei não falei com ele mais na hora do almoço fui em seu quarto quando sua família foi embora e me sentei ao lado de sua cama.
— Olá Benny! Não deveria estar com seus amigos médicos?
— Não tenho amigos.
— Médicos?
— Não tenho nenhum tipo de amigo.
— Ai que horror! Não sobreviveria nem um dia sem o meu melhor e mais incrível amigo Ted, o único problema dele é que ele adora cerveja Pilsner.
— Cara Pilsner.
— Pilsner. De que tipo de cerveja você gosta?
—Nenhuma eu prefiro vinho Tinto, vinho branco e uísque.
— Joga na minha cara que você é rico, vai esfrega na minha cara.
Eu ri.
— É eu sou rico e tenho tudo que eu quero.
— Você é chato mesmo né, a única coisa de valor que eu tenho é o meu piano que fiquei mais de 11 anos juntando dinheiro pra comprar.
— Se eu te conhecesse naquela época teria comprado pra você.
— Ai você é tão legal, nunca conheci um médico legal como você, mais você seria ainda mais legal se me contasse a sua idade.
— Eu já lhe disse que isso é confidencial.
— Só me conta o ano que você nasceu!
— Não.
— Tem filhas?
— Tenho uma sobrinha.
— É sério qual é o nome dela?
— May.
— Já que agora somos amigos eu poderia conhecê-la.
— Só quando você puder sair do hospital, aí a gente pode tomar um sorvete.
— Tá me convidando pra sair?
— Tô, amigos saem de vez em quando e você disse que quer conhecer minha sobrinha. Mais não se irrite com ela quando a conhecer é que ela é meio chata.
Dean riu, a risada dele era como música, porque meu coração está batendo do nada agora?
— Olha eu tenho que voltar ao trabalho, foi mal tá.
— Você tem vida ao contrário de mim.
— Eu prometo que quando eu tiver indo pra casa vou dar tchau pra você.
— É porque você não fez isso ontem.
— É uma promessa e eu sempre vou cumpri-la.
Ele sorriu pra mim, e eu sorri pra ele, me levantei e fui trabalhar. Eu nunca quis ser um médico, eu sempre quis ser um escritor ou trabalhar em uma biblioteca, meus pais me forçaram a fazer o que eu nunca quis fazer, assim como eles me manipularam pra me casar com a Eleanor era legal quando a gente só namorava sem nenhum tipo de compromisso ou coisa do tipo, ela também não esperava ter que se casar comigo mais naquela época ela gostava de mim. Fiquei o dia todo pensando no Dean, porque? Tinha que me concentrar mais eu não conseguia. Na hora do almoço eu fui falar com ele, mais assim que eu cheguei perto da porta um homem alto saiu do quarto e foi embora, eu aproveitei que ia falar com ele.
— Oi Dean, sabe no que eu estava pensando? Estava pensando em largar tudo e me entregar as drogas.... Dean?
Nem percebi que ele estava chorando atrás de mim, eu então fui até ele e dei um abraço no mesmo alisando sua cabeça eu não fazia ideia de como confortar pessoas, eu só fiz o que a Eleanor sempre faz quando May está triste. Dean se aconchegou em mim e segurou meu jaleco com força, eu corei insanamente, Dean era um bom garoto e não sabia porque estava sofrendo, ele se acalmou e parou de chorar o único problema é que ele não queria soltar.
— Dean, meu horário tá acabando.
— Só mais um pouquinho...... por favor.
— Tudo bem.
— Eu acho que vc não deveria se entregar as drogas, mas se você quiser, eu posso me entregar as drogas junto com você.
— Não se afundaria comigo, ou se afundaria?
— Me afundaria com você, pelo menos não ia pra reabilitação sozinho.
Eu sorri e apertei mais o Dean em meus braços, só porque eu não queria soltar ele o meu alarme tocou e o Dean me soltou.
— Vai trabalhar.
— Tá.
Eu sai do quarto e surtei, surtei por dentro, meu coração batia tão rápido que parecia que eu cuspir ia ele fora, nunca me senti assim por um homem antes, mais estou.... Gostando dessa nova experiência. Quando meu trabalho finalmente terminou eu fui ver o Dean.
— Tô na área dirrubou é pênalti.
Dean riu um pouco e eu me sentei da cadeira ao lado da cama dele.
— Hoje de tarde eu é... Terminei com o meu namorado... Gilbert.
Gilbert?
*Flash Back*_________________
— Gilbert? É você?
Ele está anestesiado então deve estar delirando.
— Não é o Gilbert é o seu médico. Médico.
— Ah.... Meu médico.
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Então Gilbert é o namorado dele, ex namorado.
— Poxa Dean isso é tão triste.
Minha boca dizia isso, mais o que eu sentia era uma estranha sensação de alívio.
— A gente namorou por 7 anos e ele termina comigo por mensagem que canalha!
— Completamente canalha.
Dean olhou ora mim e sorriu, ficamos nos olhando por um tempo que eu queria que durasse pra sempre.
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A Primeira Neve.
RandomBenny é um médico que conhece Dean um paciente que sobreviveu a um traumatismo craniano, Benny se apaixonou profundamente por ele, mais antes precisava se divórciar e se divórciar significava ter que encarar seus pais e dizer que tinha um crush em u...