Capítulo 2: Memórias

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Vocês dois caminharam juntos em silêncio por cerca de 4 minutos até que Pico finalmente decidiu dizer algo sobre seu comportamento estranho.

-- Certo, o que há com você?

Você olha para o chão, permanecendo em silêncio. A última coisa que você queria fazer era lembrá-lo das memórias cruéis mais uma vez.

-- S/n. Eu sei que você me ouve. O que há de errado?

Sua voz começou a formar um tom de raiva. Ele não estava especificamente bravo com você, ele apenas odiava quando você estava assim.

Apesar disso, você não poderia fazer isso. As memórias claramente o machucavam mais do que a você, e era apenas deixá-lo descobrir isso. Lembrar ele mesmo. Você não tem coragem de fazer isso.

-- Nada. - Você finalmente responde, virando levemente a cabeça para longe dele.

-- Como diabos eu vou acreditar nisso? Passei anos suficientes com você para saber quando você está claramente mentindo.

Era verdade. Mais tarde ele tem pegado você com cada mentira que você contava, mesmo que fosse pequena.

-- Ouça, é apenas algo que você não gostaria de ouvir.

-- Bem, então o que você sente não é importante? Eu não dou a mínima para o que é, apenas me diga.

Mais uma vez, você ficou em silêncio.

Ele tentou usar a mão para virar sua cabeça para encará-lo, mas você o empurrou. Finalmente, ele percebeu.

-- Inda tem dúvidas?

-- Que? Não!

-- Sério? O que mais poderia ser? - Você suspira ao ver que estavam se aproximando da escola e não planejava envelhecer lá. - Vamos torcer para que você tenha feito o suficiente para matá-la, eu acho. - Murmurou alto o suficiente para ele ouvir.

Você e Pico chegam à escola, onde várias sepulturas foram colocadas perto dela. Quase todos os nomes de cada alunos e professores mortos. Ambos tinham pessoas específicas que sempre visitavam.

Para o Pico? Eram seus velhos amigos e de vez em quando as 3 crianças que ele teve de atirar para sobreviver: Cyclops, Alucard e Hanzou.

Para você? Foi apenas uma pessoa: sua professora na época. Aos seus olhos, ela sempre a favoreceu.

Naquela época, você estava um pouco atrasada nos estudo e ela foi a única professora que lhe deu a ajuda necessária para alcançar seus colegas. Você é grata por isso e sempre doeu ver seu túmulo e ser lembrada de sua morte.

Você se sentou atrás de seu túmulo, enquanto Pico ficava em frente aos túmulos de seus amigos e dizia algumas palavras para eles. Demorou cerca de 3 minutos para ele terminar, mas foi quando você se lembrou de algo. Vagueando, com a mão no bolso, procurando um determinado objeto que traz consigo.

Eventualmente sentindo a forma dela, você puxa uma maçã vermelha fresca que pegou no último minuto antes de sair.

A última coisa que sua professora estava falando em sua sala de aula era sobre maçãs e bananas. Você nunca tinha ouvido falar disto.

Você deu uma mordida, sentindo as lágrimas caírem lentamente de seus olhos, enquanto você se lembra da última pergunta que sua professora diz antes de morrer.

"Quem aqui come maçãs?"

Pico era o único.

Você engole e sorri levemente para si mesma enquanto sussurra algo.

-- Eu também... Eu também como maçãs...

Pico olha, apenas para perceber seu estado emocional agora, assim caminhando até onde você estava sentada e se abaixou o suficiente para te abraçar.

Você segura a maçã com uma mão, enquanto a outra puxa Pico de volta para abraçá-lo, aproveitando-se do momento de conforto que recebia, até que um som familiar foi escutado em sua direção.

-- Beep?

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Pelo visto agora vamos ter o querido Bee Boop na jornada, não é mesmo?
Enfim, vejo vocês no próximo capítulo, até!!

Próximo capítulo: Dois + dois

Você, eu e uma arma ou três - ♡ Pico x leitora ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora