{2} Tempestade.

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O corredor linear do instituto guiou-me até o centro do local, apresentando-me vários passadiços que demonstrava rumos diferentes que interligam para as demais unidades dos cursos, onde isso permitia-me a visualização de uma certa mobilidade¹ de pessoas deslocando seus corpos afim de chegar com pontualidade em suas salas, sendo cômico seus desânimos mascarados para realização de uma prolongação de suas rotinas de estudos, ainda mais com a musculatura dos discípulos que estavam totalmente tensos devido suas agitações. Alguns batiam os ombros com outrem acidentalmente causando a efetuação alguns olhares desagradáveis, permitindo diversos resmungos ou xingamentos indelicados referente ao casador de tal tragédia, quando o tempo está em jogo, convenhamos que o desespero torna-se a típica mãe exigente da qual acha inadmissível um resíduo de falha, algo completamente humano caso seja muito observador e nas detalhista as ações.

Admito que eu poderia estar um pouco mais agitado igual os demais ao se tratar do norte à minha respectiva sala de aula, ainda mais pela finalização do almoço que era o horário final, todavia continha total consciência que minha aula não iniciaria de forma tão pontual como de alguns, na verdade, sua abertura era em um turno quebrado após a refeição, dando uma oportunidades de minutos para aproveitar antes de me direcionar a correria de estudante. Com isso em mente, passei por alguns rostos conhecidos a distância e andei até o pátio que apresentava uma exposição direta da circunferência volumosa, clamando por uma atenção de tão radiante que se encontrava naquele extenso azul capri² e não seria nem as figuras de algodão que iria tirar o seu charme, um pouco egoísta da parte da estrela tão conhecida por todos. Olhei ao redor na busca de um banco para sentar e apreciar a paisagem aberta do centro que o campo favorecia aos jovens, pois apesar de ser um pequeno jardim com uma fonte no meio de toda faculdade com a visão para o amplidão³ azulado - sendo o único lugar descoberto do instituto -, era um dos melhores espaços para matar um tempo e esvaziar a mente caso seus demônios esteja causando um inferno em todo órgão de seu ser. Infelizmente era o que estava acontecendo comigo mesmo sendo tão desnecessário da minha parte, mas minha mente não parava de trabalhar enquanto procurava a plataforma lisa de madeira para me sentar, era tanto receio unido com uma singela pigmentação de invasor que não dava espaço para concepções positivas.

Quando meus olhos pairaram sobre o tal princípio que estava procurando, devido o ângulo de meu rosto, os raios dólares acabaram por, pela segunda vez no dia, me fazer voltar a realidade que me abraçou sem algum comprimento adequado. Voluntariamente, minha mão direita se encontrou em meu rosto para tampar as carícias que a enorme estrela fazia em meus oculares, onde sua sombra ajudará um pouco em minha orientação rumo ao banco rodeado por pequenos plantios de jasmins, mas quando eu mais me aproximava daquela plataforma sólida, mais eu poderia notar uma silhueta um tanto quanto única que me causava a sensação de deja-vu, prendendo minha atenção rapidamente ao conter o contato com suas curvaturas escondidas pelo tecido fazendo-me reconhecer quem era o outro. De primeira, não consegui compreender do porquê esse indivíduo causou-me tal sentimento de desconforto, entretanto isso foi correspondido a cada passo que dava aproximando-me desse rapaz fazendo que sua imagem fosse mais ampla e visível em minha memória, despertando o acontecimento desconfortante da pequena troca de olhares efetuada mais cedo entre mim e o jovem a minha frente; ele se encontrava tão despreocupado com todos ao seu redor, principalmente com seu próprio material de tintura que encontravam-se espalhados pelo assento como se fossem os próprios reis do lugar, apesar do meu o objetivo principal era de sentar a aproveitar o calor luzente, não queria incomodar um artista em seu momento mais profundo de sensibilidade em relatar a esfera⁴ e céus, os toques do grafite da lapizera era tão precisos e suaves que julgaria que este desconhecido, desenhava a muito tempo. 

Estava prestes a sair e me acomodar no muro de um dos corredores que fazia divisa com a liberdade quando suas íris bicolores encontram-se com as minhas douradas, nascendo novamente aquelas comoções⁵ de antes, mas com uma pedrada de admiração inegável por aquele desenhista que continha uma postura um pouco curvada e suas pernas cruzadas para servirem de apoio ao seu caderno, ainda com o intuito de piorar mais a minha situação, ele parecia familiarizado demais para comentar algo remetendo apenas em diálogos invisíveis para aqueles que passavam próximos de nós dois, e céus, como aqueles oculares diziam tudo e ao mesmo tempo nada, consequentemente respondendo mais do que a própria movimentação labial cujo esta não foi realizada em nenhum momento por ele, realizando um silêncio um tanto quanto estranho realizando, novamente, um alerta em todo o meu corpo com tal existência dessa comiseração⁶ causadas por esse contato tão sedutor e ríspido. Os segundos se tornaram minutos e nada mais importava, podia até julgar que minha aula iria começar daqui a pouco, mas estava totalmente imerso a esse encontro anormal, podendo ser considerado até uma alucinação de tão majestosa o ser se encontra a minha frente, permitindo-me registrar uma pintura mentalmente desse jovem com uma expressão tão séria.

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⏰ Última atualização: Sep 09, 2021 ⏰

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