Estar no mundo mundano não era novidade para Any, ela já havia viajado entre os mundos várias vezes, como uma imortal e um demônio, ela descobriu que a imortalidade as vezes poderia ser um grande pé no saco, principalmente quando se pode ver o passado, presente e futuro, então viajar entre os mundos era seu hobby preferido.
E aqui estava ela, andando com roupas trouxas como uma típica garotinha de 10 anos, que era seu corpo atual, pois Tom tinha 10 anos e ela queria ser a irmã perfeita pra ele, e assim poderiam ir a Hogwarts juntos! E Tom nunca estaria sozinho, nunca mataria Murta, nunca abriria a câmara e nem faria algo abominável como dividir sua linda alma.
- Este é o orfanato sobre o qual você tão sutilmente tem me contado nós últimos meses, querida? - pergunta a Morte em sua forma humana e extremamente bonita a sua filha. É claro que o tom sarcástico foi perfeitamente captado por Any.
- Sim, mamãe, é aqui que Tom vive - diz ela sorrindo.
Tinha dado um certo trabalho convencer a entidade de que adotar Tom era sim, uma boa idéia, e é claro que o fato dela ter não tão sutilmente jogado na cara de Lady Magic como ela estava morrendo e que a morte de milhares de bruxos não ajudaria em nada, assim como o preconceito crescente com a magia negra, elemental e tantas outras, ajudou muito para o apoio nessa adoção dos seus lindos tios e tias, como ela tão carinhosamente chamava as entidades mágicas.
Bufando para sua pequena diabinha, a Morte ou Kalia como seria chamada em sua forma humana, entra no orfanato e vai me busca da pessoa responsável pela crianças.
Mas Any não estava interessada em nada daquilo, ela queria ver Tom pessoalmente e não mais em suas visões, então, ela sai pelo corredores em busca de seu novo irmãozinho.
- Olá - diz abrindo a porta de um quarto mais afastado.
- O que você quer, eles já ti contaram sobre mim? Você também quer ver a aberração? - pergunta o Garotinho de olhos castanhos quase vermelhos, que se levantou de sua cama para ficar no meio do quarto, como se para impor sua presença.
- Eu não sou órfã, eu sou sua nova irmãzinha, me chamo Any - diz sem se abalar pela fala grosseira do garoto.
- Irmã? Você está falando que sua família vai me adotar - diz ele com um pouco de esperança na voz, mesmo sabendo que aquilo era bobagem.
- Claro, você é especial demais para ficar aqui com esses trouxas, você é um bruxo Tom! E tem que viver com pessoas que vão te amar e não temer seu poder.
- Bruxo? Eu sou um bruxo? E como você sabe meu nome? - pergunta Tom cheio de desconfiança
- Claro que você é um bruxo, um muito poderoso, é por isso que você pode fazer todas essas coisas incríveis, por causa do seu poder - diz Any se aproximando devagar - como eu sei seu nome? Ora, eu também sou especial Tom, e eu tenho muita coisa pra te contar.....
3 horas depois
Este foi o tempo que levou para que o básico sobre o mundo bruxo britânico fosse contado, foi o tempo que levou para dizer ao Garotinho que sua nova mãe era a Morte e que sua irmã era um demônio, para que a adoção fosse completada no mundo trouxa, e é claro para responder a todas perguntas pertinentes de Tom.
Eles agora estavam em uma sala reservada dentro de Gringotes fazendo uma adoção de sangue, assim Tom seria imortal e por isso teria um aumento em seus poderes, junto com algumas habilidades, e assumiria o sobrenome Sonserina e Gaunt de sua própria herança e Mortemmis de sua nova mãe.
Após os títulos feitos e os anéis de herança, eles foram até a mansão Peverell que era o sobrenome do qual Any estava usando, junto com o Mortemmis de sua mãe. É claro que isso iria atiçar a curiosidade de um certo professor de transfiguração, porém foi a melhor decisão a ser tomada. Assim eles poderiam assumir seus acentos e votar quando crescessem, e também usariam de seus sobrenomes famosos para conseguir mais prestígio e abrir caminhos de maneira mais fácil, era tudo parte de plano.
Eles tinham muito o que fazer até o dia em que pudessem ir para Hogwarts.
Já era de noite na mansão, e é claro, o dia tinha sido cansativo, explicar tudo ao menino, mostrar coisas sobre o futuro, sobre quem ele era, prometer que ensinaria todo o tipo de magia a ele, mostrar o mundo inferior, responder todas as perguntas, o levar até a mansão Sonserina e o apresentar a Salazar. Tinha sito muita coisa pra um só dia, e a morte era muito ocupada por isso eles sabiam que ficariam muito tempo sozinhos durante os anos que viram, mas Any estava muito animada com seu novo irmãozinho.
- o que você está fazendo?- pergunta Tom que já estava de pijama e deitado em sua cama enorme em seu novo quarto, do qual ele não tinha tido tempo para pensar em como iria decorar, já que ele deveria decorar como sua nova irmã lhe falará.
- Vou dormir com você, não gosto de ficar sozinha nessa casa enorme - disse Any se colocando embaixo do edredom e virando de lado, para poder olhar para o garototinho ao seu lado.
- Demônios tem medo do escuro?
- Eu não tenho medo do escuro, só não gosto de ficar sozinha, sempre estive rodeada de gente, ceifeiros, almas perdidas ou de passagem, e até a mamãe fica comigo lá em baixo.
- Você não se incomoda? De ter sempre gente por perto - pergunta Tom fazendo uma leve careta, agora também virando de lado para olhar a menina.
- Eu gosto de pessoas Tom, elas sempre tinham histórias legais pra me contar, e algumas vezes eu até encontrava com criaturas como eu.
- Como você? Achei que você fosse o único demônio, sabe, por ser filha da morte.
Dando uma risadinha a pequena Any se levanta, senta na cama e fecha os olhos se concentrando.
- VOCÊ TEM ORELHAS E UM RABO! - diz o moreno, claramente empolgado com a nova descoberta.- seu rabo é tão macio e preto, mas tem uma faixa branca em forma de meia lua, uau, isso é incrível - diz ele passando a mão no rabo peludo, deixando uma menininha muito vermelha apesar de sua pele morena.
- Eu também sou uma Neko, é parte de quem eu sou, mas quando eu venho pro mundo mortal, acabo escondendo, as pessoas são muito preconceituosas com as criaturas, então escondo quem eu sou.- diz Any virando a cabeça de lado e deixando suas orelhas se mexerem levemente.
- As pessoas são umas idiotas! Você é a coisa mais fofa que eu já vi. Por favor, nunca mais esconda elas de mim, eu quero que você seja livre quando estiver comigo Lua - disse o garototinho de uma forma tão decidida e confiante que apenas as crianças conseguem. E aquilo encheu o coração da pequena diabinha de felicidade.
- Lua? - perguntou sorrindo docemente, ninguém nunca havia dado um apelido a ela.
- Sim, minha Lua, você é a minha irmãzinha, e eu sempre vou estar com você e você nunca terá que se preocupar se vai ficar sozinha. - diz Tom pegando a mão de sua irmã, aquilo era novidade pra ele, mas após ver tantas memórias de como ele iria ser no futuro: monstruoso, impiedoso, solitário, sem amor. Ele estava completamente decidido a nunca ser aquele homem.
- Eu adorei Tommy - diz Any agarrando a mão de Tom e olhando em seus olhos - você também nunca estará sozinho, eu sou sua irmã, eu vou te amar pra sempre e vou estar ao seu lado por toda a eternidade, literalmente.
Nunca mais estar só e ser amado para todo o sempre, parecia ótimo pro garoto que passou a vida inteira desejando ter uma família, e ter tudo isso e ainda descobrir ser um bruxo! Aquilo com certeza era o paraíso.
Eles se deitaram e foram dormir ainda de mãos dadas.
- Boa noite Tommy
O garoto sabia que devia estar com medo da velocidade em que tudo estava mudando, mas para ser sincero, ele estava cansado de ser agredido pelos garotos, dos olhares atravessados, dos gritos o chamando de aberração, de ser colocado de castigo no sótão sem jantar ou almoço e as vezes os dois. Ele estava cansado de tudo àquilo, ele não tinha nada para poder temer mudanças, e agora tinha, uma família, um lar, e alguém que já o amava antes mesmo de conhecê-lo, que convenceu todas as entidades mágicas a mudar o destino e o futuro apenas para lhe dar um lar e amor.
Sim, Tom estava no lugar certo, não tinha por que ter medo.
- Boa noite, Lua.
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A Filha da morte (HP)
Fanfiction- Não é justo! Tom é apenas uma pessoa que não conheceu o amor - diz Any a sua mãe, ninguém menos do que a morte - eu vi o seu futuro, eu conheço o seu destino, isso é tudo culpa daquele velho medroso e manipulador, se ele tivesse deixado Tom em Hog...