Capítulo VI

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O que você
me provoca
é um
assunto
da alma
e não da pele

- J. Wailen (tradução)



Hinata terminava de secar seu cabelo quando a campainha tocou pela primeira vez. Com certa pressa ela guardou o secador e ajeitou os fios negros rapidamente com as pontas dos dedos antes de descer as escadas e correr até a porta.

Naruto lhe esperava com uma certa ansiedade, ao seu lado Kurama se agitava na expectativa de entrar logo na casa.

Assim que a porta foi aberta, Hinata sentiu o impacto de todo o peso de Kurama, um Husky Siberiano imenso, se jogando sobre ela. Naruto não evitou o sorriso brilhante em seu rosto ao ver a cena.

Fazia muito tempo desde que Hinata tinha ido em sua casa, a animação de Kurama por vê-la de novo era quase palpável e a felicidade de Hinata por receber tanto carinho do animal era quase infantil.

- Parece que eu já fui esquecido. - Disse tentando obter um pouco de atenção enquanto Hinata, já agachada, fazia carinho no cachorro.

- Você claramente não tem com o que se preocupar. Kurama e eu somos melhores amigos.

- Pensei que eu fosse seu melhor amigo.

- Você vem logo em seguida. - Ela sorriu e se levantou.

- Posso? - Perguntou mostrando a coleira.

- Claro. Deixa ele dar uma volta pela casa.

Naruto soltou Kurama e o viu se esgueirar agitado sala a dentro, farejando todos os móveis que encontrava pelo caminho.

- Obrigado por fazer isso por mim. - Ele disse finalmente fechando a porta atrás de si e acompanhando Hinata até o sofá.

- Eu gosto quando Kurama fica aqui, é uma boa companhia.

- Não deixa ele destruir a casa.

Hinata riu.

- Qualquer coisa eu te mando a conta dos estragos.

- Estou falando sério.

- Relaxa... - Ela deitou com a cabeça no colo dele. - Nós nos damos muito bem.

Tão logo terminou de dizer isso, Kurama pulou no sofá e se deitou ao seu lado.

Naruto riu. Hinata abraçou aquela imensa e pesada bola de pelos alaranjados e fechou os olhos por um instante, sentindo Naruto lhe fazer um carinho suave no topo de sua cabeça.

Gostava daquilo e, vendo aquela cena, ele também.

Podia mesmo ver uma família ali, naqueles pequenos segundos de puro silêncio.

- Quando é que você volta? - Hinata perguntou abrindo os olhos e o encarando.

- Devo ficar pelo menos um mês em Osaka, mas o hotel que eu costumo deixar Kuarama deve voltar a funcionar na semana que vem, então não precisa se preocupar em ficar com ele esse tempo todo.

- Kurama não é um problema.

- Você pode ir me visitar se quiser. - Ele sorriu. - Podemos ir no parque e jantar no Universal Tower depois.

- Seria ótimo, mas nós dois sabemos que você está indo a trabalho. Duvido que tenha tempo na sua agenda para isso.

- Eu sempre posso encontrar um espaço na minha agenda para você.

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