Em um mundo dividido entre alfas, betas e ômega, o sol se punha mais uma vez indicando o início da noite, uma mulher de 19 anos andava por uma rua na área industrial da grande cidade de Griseo, passando por um bar cheio dos trabalhadores das docas e das indústrias, se podia ouvir assobios e palavras jogados para a mulher, vindo dos já mais alterados pelas bebidas.
Era tarde quando a mulher chegou na área urbana, mais do que ela havia imaginado, provavelmente a falta de atenção no caminho fosse a causa, mas ela apenas reparo onde estava quando as fortes luzes dos outdoors e diversos poste que parecia imitar o sol de tanta luz que havia naquela cidade mesmo não estando ainda no centro. Ela seguiu por um caminho escuro em um beco, entre grandes prédios comerciais antigos chegando em uma rua com vários prédios baixos, no máximo três andares, diferente de antes onde os prédios ultrapassam as nuvens, competindo em quem é o mais luxuoso e caro.
Um local de lojas simples, se podia ver algumas famílias pelas janelas dos prédios a mulher diminuiu os passos olhando as janelas que mostram diferentes realidades, diferentes vidas, um pequenos sorrio de canto de lábio surgiu em sua face serena, continuou seu caminho em sua caminhada normal que era consideravelmente rápida comparada a outras pessoas ela parecia quase correr.
Ela chegou em seu destino, uma loja no subsolo com apenas uma pequenas placa com luzes simples informando sobre o local, ela entrou na loja e retirou a mascara, juntamente com o capuz do grande moletom que usava, o capuz cobria seus longos cabelos negros e ondulados, com algumas mechas brancas naturais, mesmo com a pouca idade. O atendente da loja apareceu no balcão da loja, ele tinha características coreanas por causa de sua genética, usava roupas largas, alguns anéis e uma parte de suas tatuagens era aparente em seu pescoço que continuava para as costas e braço, seu cabelo era comprido e estavam presos em uma trança, assim que ele viu quem era abriu um pequeno sorriso.
" Ora ora quem temos aqui, se não é a nossa magnífica raposinha?! o que deseja? ... a noite está bonita para uma caminhada matinal?"-Ele disse com simpatia, a mulher em resposta devolveu o pequeno sorriso.
" Estou apenas dando uma volta, só vim ver meu amigo. Mas tenho um pressentimento a um tempo, mas hoje parece mais forte ... achei que uma caminhada ajudaria a me esquecer ... apenas isso." -Ela disse pensativa, olhando para uma pintura na parede atrás do balcão.
" Isis? Eu te conheço o suficiente para saber que não é apenas um pressentimento! O que realmente é?" -Ele perguntou preocupado com Isis, normalmente quando ela tinha um pressentimento eles estavam certos.
" Está ventando, acreditasse que o vento é sinônimo de mudanças. Acho que algo vai chegar ... logo, logo. Danny, espero que seja algo bom." -Disse olhando para o amigo, terminou a fala com um pequeno suspiro de preocupação com o futuro.
" Mudanças chegando?!" -Danny disse a si mesmo, como se conferisse o que acabara de ouvir.
" Mas parece que você está ocupado, então eu vou indo." -Disse Isis retirando de seu rosto alguns fios de seu cabelo que a estavam atrapalhando.
" Já vai?! mas você acabou de chegar! e você quase nunca vem me ver." -Danny disse com cara de cachorrinho abandonado. Isis olhou para ele indignada, ela vai visitá-lo todos os dias.
" Falo nada pra você! não sei como o seu namorado aguenta. Você falando assim até parece que eu te visito uma vez por ano! e eu só não vim ontem porque tinha que trabalhar!" -Ela pensou como acabou ali com Danny uma das pessoas mais carentes que ela conhece, apesar de sua carência ele era seu melhor amigo, com o tanto que ambos sofreram na vida eles conseguiram renascer, apesar das cicatrizes do passado. Os dois estavam ali livres e o passado antes que os amedrontava, agora não passava de uma sombra que sempre estaria ali, talvez apenas tivessem ficado mais fortes para combater o passado.
Danny saiu de trás da bancada e abraçou Isis, não era saudade ou uma grande demonstração de afeto, mas sim um desejo de boa sorte, abraços como aquele entre os dois já eram comuns e cotidianos, sempre mantinham um sentimento de família, eram quentes e aconchegantes, seu significado sempre foi muito importante, sem precisar falar nada aquele abraço simples tinham a sensação de segurança para ambos.
" Ok, eu talvez esteja exagerando um pouco. Mas toma cuidado ouvi dizer que as pessoas dessa cidade estão ficando mais violentas depois da morte de vários membros da família mais rica da cidade, os boatos dizem que eles esconde de algo ilegal por baixo dos panos. Apenas tome cuidado." -Ele disse preocupado ainda abraçado a ela.
A família Blanco é a mais rica tanto em fortuna quanto em statos, uma família de alfas poderosos e "puros de sangue", o que os faz diferentes dos alfa normal, ninguém ousa mexer com eles ou não nunca mais será visto. A polícia não se importava com a família Blanco desde que não houvesse uma chacina, tudo estava em equilíbrio, já que eles não matavam ou sequestravam se não fosse necessário ou mesmo que o fizessem os corpos ou qualquer pista nunca fora encontrada e apenas restavam boatos.
" Danny eu sou uma ômega sempre é perigoso, o perigo está em viver. Você sabe como é! Entendo sua preocupação por eu não ter ninguém, mas eu estou bem! sei me defender! ou só saio correndo quantas vezes não fomos atacados por sermos ômegas e sobrevivemos até aqui não é?" -Ela disse tentando convencer seu amigo a não se preocupar tanto.
" Eu sei ... mas não consigo não me preocupar ... apenas me prometa vir me visitar amanhã e passar mais tempo!" - ele disse finalmente soltando o abraço.
" Ok , eu prometo. Mesmo achando que um estúdio de tatuagem não seja o melhor lugar pra passar tempo." -Ambos soltaram uma pequena risada, realmente um estúdio de tatuagem como aquele não era o melhor lugar para ficar conversando, um café seria mais indicado. Ela colocou o capuz e máscara novamente e se despediu com um pequeno tchau.
Saindo da loja ela decidiu passar em um mercado comprar algo para comer e voltar para casa, já que não tinha mais nada para fazer.A noite estava linda, com o céu limpo apesar de não conseguir ver as estrelas por causa das luzes da cidade, a lua cheia era majestosa naquele céu negro.
Isis andava pela parte mais oculta da cidade, uma área de bordéis, bares, jogos e drogas; era a área perigosa da cidade, sem regras e cheia de pessoas viciadas independentemente do que, por isso era conhecida como "rua dos viciados". Ela estava passando por lá apenas para cortar caminho até um mercado que ficava logo após aquela rua. Quando chegou no mercado apenas comprou os ingredientes para sua janta. Aquele mercado escondido tinha preços acessíveis, apesar de ficar a uma quadra da "rua dos viciados", era um mercado excelente em todos os quesitos de um mercado pequeno.
Saindo do estabelecimento continuou seu caminho para sua casa, quando entrou em um beco pequeno entre dois bordéis uma mulher coberta por um casaco estampado de onça, saiu do beco às pressas como se estivesse fugindo de alguém ou algo, Isis continuou seu caminho até se deparar com um barulho agudo, vindo do lixo reciclável cheio de caixas, vidros quebrados e outros lixos. A primeira impressão ela achou que o barulho fosse do vento, depois achou que fosse algum animal abandonado já que pragas como ratos não estariam em um lixo reciclável limpo e frio como aquele.
Decidiu saber o que era, torcendo para que não fosse algum problema onde ela estava se metendo, chegando mais perto da caixa ela viu um grande problema onde ela acabara de se meter.
Era um bebê dentro de uma caixa abandonado em uma caixa fria com apenas um pano e uma chupeta para ele não chorar e chamar atenção.
Analisou um pouco a situação e foi checar as condições do pequeno bebê, ele estava frio. Ao menos não parecia machucado, mas estava só com uma peça de roupa fina. Decidiu pegar o bebê para esquentá-lo, retirou o seu moletom e o pegou com cuidado, enrolando com o moletom e usando seu calor corporal para esquentar o pequeno, enquanto o segurava ...
//Continua nos próximos capítulos ...
Mas então o que vocês acharam? alguma dúvida? querem continuação?
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Depois que ele chegou
FantasyUma história sobre uma ômega criando um bebê. História voltada para o relacionamento, além de algumas criticas sociais... e um pouco de clichê Caso não goste não leia! Universo ABO. to escrevendo ainda!