capítulo 1

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Annie on

-hã? Onde eu estou ?

eu estava sozinha, sem nada e nem niguem.

- por que ninguém me atende ?- eu me perguntava enquanto ligava para meus responsáveis.

Eu so me lembro de estar na sala de aula, do nada vi uma Torre gigante, muito grande mesmo, e extremamente pontuda. Foi ai que eu cai nesse arranha céu.

-É uma cidade bonita, tem prédios para todos os lados, vou tirar umas fotos e guardar.- eu disse naquele mesmo predio. Até que alguem me ligou, será que é minha mãe retornando a ligação ? - alô?

- Annie ? - uma voz masculina disse do outro lado da linha. Olhei na tela para ver se era um conhecido, e para a minha alegria, era sim. Era um amigo da escola. 

- Rika ? é você ?- eu perguntei só para ter certeza se era ele mesmo, nesse lugar doido, acho que não posso criar certezas tão rapido. 

- Que alivio Annie, você esta bem né ? - eu estava tão feliz de ouvir a voz dele. 

- estou sim, como conseguiu me ligar ?- eu perguntei me sentando no chão do terraço.

- olha, preciso que fique calma e não enlouqueça. Estamos em uma espécie de outro mundo, não sei dizer se é um domínio ou uma dimensão ou até realidade virtual. Mas, sei que é real e não um sonho.- ele fez uma pausa e respirou fundo.- me escute com atenção. Minha irmã esta aqui tambem, a Yuri, lembra dela né?!

- lembro sim, ela é incrível.-  eu disse sorrindo de alivio e nervoso, não sabia dizer ao certo que emoção era.

- ótimo, eu me perdi dela e estamos tentando nos encontrar. Esta vendo um prédio gigante e pontudo certo? vamos nos encontrar nele. Preciso que vá encontrar com a gente, para fugirmos todos juntos. 

- esse plano é otimo. - eu disse animada. 

- Só temos um problema, os mascarados. Você ja viu algum ?- sua voz parecia mais tensa e agitada. 

- Não, só vejo predios e pontes. 

- Ótimo. Se ver um, corra para bem longe. Não deixe ele chegar perto de você. Esses malditos mascarados estão em muita quantidade aqui. Eles vão fazer de tudo para te enlouquecer e fazer você pular do prédio. Eles só vão te matar, se perceberem que não tem como você pular. Outra coisa importante, alguns predios tem andares disponíveis, você pode investigar para saber se tem suprimentos ou algo do tipo. Não morra por favor Annie, você é como uma irmãzinha para mim. Faça todo o necessário para viver, nem que seja matar mascarados e outros humanos. 

Senti meu coração bater mais devagar, aquelas palavras foram fortes.

- co...como assim matar ? eu não sou capaz de matar nem uma mosquinha. - eu disse tremendo

- sei que é dificil para você, mas infelizmente nesse lugar maluco, você tem que matar ou morrer. 

ouvi passos se aproximando, passos pesados como os de um adulto.

- acho que teremos aliados em Rika.-  eu disse me virando para olhar para trás. 

- como assim ? Não confie em ninguem...

- aaaaaaahhh, não. Ele é um mascarado.- me levantei e corri para longe dele. Ele anda devagar, então acho que posso manter uma distância e fugir.

-fuja, o mais rapido possivel.- Rika disse ao celular e eu assenti com a cabeça, logo me lembrei que ele não estava me vendo.

-mas, ele não parece perigoso Rika. Ele parece uma pessoa normal- Pronto, foi só eu dizer isso que ele puxou uma arma e atirou no meu celular. - RIKAAA? Droga, por que fez isso moço ?

Ele ficou me olhando e deu um outro tiro, dessa vez perto do meu pé. 

- ei ? você não fala ? podemos sair daqui juntos se me ajudar.- ele carregou a arma e deu um tiro perto do meu outro pé. 

foi aí que eu percebi que ele não conseguia se comunicar comigo. Corri, corri muito rápido e vi uma ponte de corda. Pensei seriamente em passar por ela, mas o medo tomou conta do meu corpo. 

-BLAM- um som alto de arrombamento preencheu o ar de medo e angustia que eu me encontrava. Ao olhar em volta, vi um outro mascarado, esse estava coberto de sangue. Ele veio correndo e acertou seu enorme machado sanguinário perto de mim, me fazendo pular para o lado. 

Não pensei mais e saí correndo pela ponte de corda. Segurava os corrimãos de corda que ali tinham e rezava para eles me aguentarem. Ao chegar do outro lado, eu fiquei paralisada, olhando para a ponte e os dois homens mascarados, que ainda estavam do outro lado. Será que eles não podem atravessar? 

O mascarado do machado começou a correr pela ponte de corda tambem, mas ele era muito desajeitado e fez a ponte balançar demais, logo, o armado que vinha atras dele, caiu da ponte, e o do machado caiu uns segundos depois, só ouvi o som da queda uns segundos depois, um som horrivel. Eles cairam sozinhos e eu não tive coragem nem para olhar para baixo na tentativa de ajudar, eu só congelei. 

senti as lagrimas descerem pelo meu rosto. 

- eu sou um a covarde.- eu estava soluçando. Depois de uns minutos, parei de chorar e me recompus. - Rika disse que ia me ajudar se eu ficasse viva, vou tentar viver então.

Continuei andando pelo terraço desse prédio que eu me encontrava .Mas, que idiota colocaria pontes de corda em predios tão altos ? Tá de brincadeira ne? 

- socorro...- uma voz feminina gritou.

- oi ?... - fiquei procurando com os olhos, andando de um lado para o outro para ver de onde vinha a voz de desespero. 

- não, por favor, não faça isso. - ela dizia, até que finalmente a achei com os meus olhos e comecei a acenar. E la estava em um prédio longe daqui.

- Você ta bem ?- perguntei e ela nem olhou para mim. Derrepente, de trás dela, apareceu um homem, usando uma mascara branca sorridente, um sobretudo marrom, calças sociais e um belo par de sapatos chique. Em suas mãos, havia um taco de beisebol, coberto de sangue. Na minha mente, eu torcia para aquilo ser molho de tomate, mas, a julgar pela cena, certeza que era sangue. 

- essa cena de novo não.- eu dizia baixinho para ele não me ouvir, mas, ao mesmo tempo, eu queria que ela me ouvisse.

Meu sangue gelou, eu estava apavorada e a mulher que estava no mesmo prédio que ele estava totalmente desesperada. Ela gritava e corria dele. 

- moça, procure uma ponte nesse prédio, deve haver uma. - eu gritei mas ela não parecia me ouvir. 

Ela parou de correr e olhou em volta e viu um vão. O terraço dos prédios tem grades para não nos deixarem cair. Mas, ali havia uma parte sem essa grade. 

" ai meu Deus, será que ela vai pular ? Não, não, por favor." era tudo o que eu pensava naquele momento desesperador.  Eu olhava em volta e não achava nada que eu pudesse ajudar ela.

- CREACK- eu estava paralisada de novo, olhei para baixo e vi o corpo dela estirado no chão cheio de sangue. Nesse pouco tempo em que eu fiquei pensando em mim, não pude ajudar ela. Três seres humanos morreram, e eu não fiz nada. 

O peso da morte deles começou a bater em mim.











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Primeiro cap amores, o que acharam ? interajam comigo...

T.K.S. ( High Rise )Onde histórias criam vida. Descubra agora