New Job

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Acordo um pouco mais cedo que o de costume e começo a me arrumar para ir trabalhar. Como um pedaço da maçã e vou trabalhar. É melhor deixar minha mãe dormir, afinal ela está exausta de tanto trabalhar.

Já faz uma hora que eu estou andando e não estou nem perto de chegar lá. Por que tinha que ser tão longe?

- Ei, Izuku. Tudo bem? Quer uma carona, você parece cansado – uma pequena carruagem para ao meu lado.

- Olá Shin. Não quero incomodar mas vou aceitar.

- Claro, aqui – diz estendo a mão para mim. Seguro sua mão e subo na pequena carruagem

- Obrigada, Shin. Como estão seus pais?

- Estão bem e a sua mãe?

- Está bem, só trabalhando demais.

- Onde você está indo?

- Preciso ir para este endereço aqui. – digo lhe entregando o papel – É lá que eu vou trabalhar a partir de agora.

- Você veio andando da sua casa até aqui? Izu, você poderia ter me pedido para levar-te até lá.

- Eu não poderia. Eu não quero me aproveitar da sua boa vontade – digo constrangido

- Hahahaha você é muito fofo – sinto meu rosto ficar quente

- Sh-Shindo para com isso. Você está fazendo de propósito.

- Desculpe, é que você fica ainda mais fofo corado. Eu não posso evitar te provocar.

- Ha Ha muito engraçado, palhaço.

- Qual é, não precisa ficar bravo. Me perdoa vai – ignoro ele e olho para o outro lado – Nem se eu te der um rolinho de canela?

- Aquele rolinho de canela da padaria do tio você diz? – pergunto chegando perto dele

- Esse mesmo. Eu tenho um saco cheio desses, pena que você está bravo comigo. Eu adoraria dividir com você esses deliciosos rolinhos de canela

- Como você é mal. Eu quero um. – peço fazendo biquinho.

- Tudo bem. Aqui pode comer quantos quiser. Eu comprei bastante.

- Obrigado Shin, você é o melhor! – digo abraçando-o.

- C-certo.

Ficamos comendo e conversando até chegarmos lá. Agradeci a ele pela carona e os doces e fui em direção à casa. Na verdade aquilo está mais para uma mansão.

Não sei por que, mas, ao primeiro olhar que lancei à casa, uma sensação de medo e terror me invadiu. Contemplei a cena que se abria diante dos meus olhos – a mansão; os simples traços da paisagem; as janelas que mais pareciam olhos vazios e alguns troncos negros de árvores mortas – com um medo que consumia minha mente, medo que eu não poderia comparar a nenhuma outra sensação que eu já senti na vida. Perto da casa há uma lagoa. Essa que aprofundou minha primeira impressão da casa. Sei que é assim que funciona a lei paradoxal de todos os sentimentos derivados do terror. Talvez tenha sido apenas por essa razão que, quando levantei os olhos novamente para a casa depois de ter visto seu reflexo na água, cresceram em minha mente ideias estranhas, ideias muito bobas. Eu forcei tanto a imaginação que ela me fez realmente acreditar que sobre toda a mansão e a propriedade pairava uma atmosfera muito peculiar a elas próprias e à vizinhança – uma atmosfera nada parecida com os ares do céu, mas sim algo que emanava das árvores mortas, das paredes cinzentas, do lago silencioso – um vapor pestilento e místico, pesado, inerte, mal perceptível. Um arrepio percorreu todo meu corpo enquanto eu me aproximava dos grandes portões da casa.

Cursed LoverOnde histórias criam vida. Descubra agora