Cursed Lover

Kyoka Jiro

Depois desta cena constrangedora pela qual passei, pedi licença e fui almoçar.

Agora eu estou na cozinha e pelo que parece ninguém veio fazer o almoço. Será que não tem nenhum cozinheiro tralhando aqui? De qualquer maneira eu preciso almoçar, então vou preparar meu almoço. Espero que não tenha problema.

Faço alguns Onigiris e Yakitori de frango.

- Hum, que cheirinho bom. O que você está fazendo Izu? – Olho para a frente e vejo Denki, Kirishima e Mina sentados à mesa.

- Olá, estou fazendo Yakitori para eu almoçar.

- Tem para a gente também?

- Claro, esperem só um pouco. Já está quase pronto.

Termino de preparar e me sento para comermos.

- O dono não vem almoçar? – pergunto

- Ele não deve estar com fome. Ele já comeu hoje.

- Entendi. Mas vou guardar um pouco caso ele queira comer mais tarde. – Me levanto e guardo um pouco de comida. Termino de comer, pego meu prato, lavo e guardo – Querem que eu lave o de vocês?

- Obrigada Zuzu, você é demais. Falando em demais, vocês já o ouviram cantando? É incrível.

- Sério? Ei Izu, canta alguma coisa para a gente.

- Não acho uma boa ideia. Eu-

- Izuku, você esqueceu da sua promessa?

- Mas...mas eu...Eu nunca cantei para ninguém além da minha mãe. Isso é... constrangedor.

- Tudo bem, não precisa se não quiser.

- É, nós entenderemos caso você não quiser cantar. Isso é uma escolha sua afinal, não podemos te forçar.

- Obrigada. Ah é. O dono falou sobre uma outra camareira, ela não está hoje?

- Ela teve que resolver algumas coisas, então ela saiu hoje bem cedo.

- Entendi.

- Zuzu, por que você não chama o Bakugou pelo nome?

- Quem? Eu não conheço nenhum Bakugou.

- O dono Zuzu. Ele chama Katsuki Bakugou.

- Ah, entendi. Desculpem, eu não sabia.

-Você não sabia o nome do seu chefe?

- Eu só sabia seu primeiro nome, que, por sinal, achei um pouco difícil. Nunca perguntei seu sobrenome.

- Você achou difícil? Use um apelido mais fácil, então. Chame ele de... Já sei! Que tal Ka-chan? Combina com ele.

- Kacchan HAHAHA. Você se superou agora Mina. Quando ele descobrir, você vai ouvir um sermão.

- Cale a boca Denki, ele não vai descobrir.

Enquanto conversamos noto uma pessoa entrando. É uma garota pequena, de pele clara e corpo esguio. Ela tem olhos triangulares de ônix de aparência preguiçosa, com cílios inferiores notavelmente longos e sobrancelhas bastante pequenas. Seu cabelo é curto, apenas na altura do queixo, e é roxo escuro com uma franja assimétrica.

- O que houve Zuzu? – percebo que estou encarando a garota e sinto meu rosto corar.

- Desculpem. Ela trabalha aqui também?

- Já chegou, Jiro? Pensei que você chegaria bem mais tarde.

- Também achei que iria demorar mais. Oh, você deve ser o Midoriya. A Mina falou a tarde inteira sobre você ontem. "Vocês têm que ver com ele é fofinho", "Ele fala bem baixinho". "Ele fala da mãe dele como se fosse um tesouro, uma pedra preciosa. Dá para sentir só pelo jeito dele falar sobre ela o quanto ele a ama, "O cabelo dele é todo enroladinho", "Ele tem os olhos bem grandes assim e umas sardas muito fofas". Sério, ela falou o dia inteirinho sobre você. Aliás, prazer, eu sou a Jiro. Eu trabalho como camareira aqui. – diz estendendo a mão para mim. Sorrio e aperto a mão dela.