Estático.
É assim que Jimin permanece naquele porão empoeirado.
O Park está ali, paralisado, com os olhos arregalados, a boca entreaberta, as mãos suando frio e o coração acelerado, não crendo que esteja realmente vendo aquela figura à sua frente.
— Como isso é possível? — Park sussurrou, ficando, talvez, muito assustado. E não é para menos, já que é impossível alguém aparecer na frente de outra pessoa através de luzes cintilantes no ar.
Bom, deveria ser impossível, mas aparentemente não é.
A questão é que sua mente não sabe o que pensar sobre esse acontecimento completamente surreal e estranho, pois se contar para alguém o que acabou de presenciar, todos vão falar que é invenção de sua cabeça ou uma grande mentira, querendo lhe internar em um hospício, até. Jimin também acharia isso se alguém fosse lhe contar. O mais aterrorizante naquela situação é não saber o que deve fazer; se deve sair correndo ou ficar ali parado feito uma estátua, observando aquele estranho — mesmo sem perceber, Jimin já está fazendo a segunda opção.
Enquanto os pensamentos do Park estão tratando de devorar seu cérebro com teorias, o outro garoto mantém a feição irritada, um pouco indignado, talvez. Pela pouca iluminação, mas graças aos longos segundos encarando o rosto alheio, Jimin percebeu que os olhos castanhos claro quase em um tom amarelado estavam devolvendo o olhar com fúria, o que fez ele engolir seco.
— Caralho, MF! Justo eu? — A voz era grave e estava carregada de raiva.
Jimin deu três passos para trás, subindo de forma desajeitada os degraus da escada e quase caindo.
— Você sabe falar — Afirmou surpreso, mas deixou a voz falhar por conta do nervosismo.
O garoto de mechas azuis nem queria estar ali para começo de conversa, porque sua vontade mesmo era continuar dormindo em sua cama. Para ser um pouco honesto, a última coisa que gostaria de fazer é usar seus poderes para servir um humano de valores duvidosos.
Por fim, ele suspirou controlando-se. Logo disse:
— Você vai ficar me olhando assim até quando? — Disse curioso, estalou a língua no céu da sua boca e cruzou os braços.
Jimin despertou de seus devaneios com um sobressalto e sentiu um arrepio em todo o seu corpo.
— E sim, lógico que eu sei falar — Rolou os olhos. — Sou mais intelectual que você, humano estúpido!
Nesses poucos instantes sem sentindo algum, Jimin fez uma nota mental: que boca suja!
Park pensou em rebater, mas preferiu se concentrar em saber se aquele ser humano — se é que era um humano — estava mesmo ali ou era algum tipo de alucinação ou miragem que sua mente cheia de preocupações criou para distrair-se do cotidiano. O desconhecido observou o local, e decidiu que seria uma boa ideia sentar sobre uma das caixas ali, enquanto Jimin criava coragem para aproximar-se.
Quando finalmente chegou perto o suficiente para tocar no rosto de traços suaves porém com uma expressão nada amigável, Jimin comprovou que, sim, seja lá quem fosse aquela pessoa e como ela apareceu depois daquele show de luzes, era real, carne, osso e uma língua afiada.
Arqueou as sobrancelhas, julgando em silêncio cada atitude do humano imbecil.
— Ei! — proferiu ele. — O que acha que está fazendo? — Deu um tapa na mão pequena do loiro fazendo-o dar alguns passos para trás.
— Desculpa. Você é mesmo real — Jimin falou descrente a última parte em quase um sussurro, suspirando logo em seguida.
— Você é desprovido de inteligência mesmo ou isso é algum tipo de atuação? — Cruzou os braços ficando novamente irritado com aquele humano estúpido.
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Os treze desejos
Fiksi Penggemar[Em andamento| Longfic • Jikook] "Eu acredito em fadas!" Até então, essa frase nunca foi utilizada no vocabulário de Park Jimin, um aluno do último ano do ensino médio que passa mais tempo no mundo literário que no real. Mesmo lendo sobre outros uni...