Em Chamas

1 Um dia serei livre

[🔥☄️🐺]

E mais uma vez suas costas íam de encontro a parede gelada daquela sala escura, tudo doía demais, desde sua garganta seca, ao seu corpo fraco.

Suas cordas vocais já estava doendo, seu coração estava acelerado, seu corpo estava fraco e suas pernas tremiam, era certo que não aguentaria mais. E todos os dias ele chorava silenciosamente para não chamar atenção. Seu pai, seu pai era o motivo daquele choro inconsolável, seu pai era o motivo de sua vida está dando errado desde seus cinco anos, seu pai e apenas seu pai tinha cupa disso tudo.

Encolheu-se e chorou ainda mais baixo quando ouviu batidas agressivas na porta, não iria abrir, sabia que era seu pai, se abrisse aquela porta, era certo que morreria, abrir aquela porta seria suicídio, o fim de sua miserável vida, mais não queria morrer, queria ficar vivo para poder viver o que nunca pode viver. Sentir a brisa batendo contra seu rosto enquanto andava de skate na pista movimentada, fugir da polícia em um carro em alta velocidade, pular a janela para ir a festas escondido de seus pais, pois gostava de sentir adrenalina correndo por suas veias, mas aquele momento era diferente, não estava sendo nada legal, se sentia sufocado e sem ar, seu corpo todo agora tremia, estava quase tendo uma crise quando as batidas na porta cessou, trazendo a tona o silêncio ensurdecedor.

Respirou fundo tentando se manter sã, foi repetindo esse processo milhares e milhares de vezes que conseguiu respirar normalmente, ainda estava com medo, seu pai o odiava, disso não tinha dúvidas, mais nunca tinha chegado a esse ponto, ele estava insano, ele queria matar-ló e abusar de seu corpo, não deixaria que isso acontecesse, faria o possível para sair daquela casa que tanto chamou de lar quando pequeno, não importa se não teria pra onde ir, ele conseguiria se virar sozinho, bom, era o que ele achava.

[Algumas horas antes]

Ouviu batidas violentas serem desferidas na porta grande de madeira enquanto descia para comer alguma coisa, foi até lá com medo e certa curiosidade. Quem estaria quase derrubando a porta com batidas tão violentas? E por que? Se reprimiu mentalmente e logo abriu a porta tomando um susto quando viu seu pai com a roupa toda amassada, sujo e abraçando uma garrafa de run pela metade, murmurando coisas que não deu para entender, se assustou mais ainda quando foi empurrado violentamente contra o chão, com o homem que o odiava, o homem que chamava de pai em cima de si, lhe olhando com malícia, os olhos trasmitindo luxúria direcionados ao seu próprio filho, aquele que jurou odiar pelo resto da sua vida, o ansiado mais que tudo.

Jimin por sua vez, sentia nojo de si e daquelas mãos o tocando sem nenhuma delicadeza, era seu pai alí, era seu pai que lhe olhava com malícia e desejo. Sentiu a lágrimas quentes escorrendo por seu rosto, deixando sua vista embaçada, chorava silenciosamente, até notar que o homem estava tentando lhe enforcar, um grito agudo deixou sua garganta, fazendo o menor chorar alto o suficiente para que o guarda novato que seu pai contratou ouvisse, o guarda por sua vez., correu em direção ao choro, passou pelos corredores, mais ainda sim, o choro estava longe, paralisou no topo da escada ao ver o que se passava alí embaixo, Park Doyoung tocava o filho de forma nojenta, e naquele momento não importaria se ele era seu chefe, apenas ajudaria o garoto.

Desceu a escada o mais rápido possível, pegando o Park mais velho pelos ombros e o jogando no chão, pulando em cima do mesmo logo em seguida.

--SAIA DE CIMA DE MIM!- gritou o Park mais velho. Vendo que ele não o obedeceu se irritou e gritou mais alto --ME OBEDECA, EU SOU O SEU CHEFE!

O guarda então, já irritado com a situação, gritou mais alto ainda --PORQUE ESTÁ FAZENDO ISSO, ELE É O SEU FILHO!

--Um putinho desses.. riu alto --Não pode ser meu filho, ele não passa de uma vadia miserável! Cuspiu as palavras sem dó alguma na cara do Park mais novo.

Sem entender esse ódio todo que o seu pai sentia por ele, Jimin só sabia chorar e soluçar alto. Subiu as escadas correndo e se trancou em seu quarto, se é que podia chamar aquilo de quarto. Desde que a sua mãe morreu, a vida de Park se tornou um inferno, seu pai o culpava pela morte da senhora Min, sempre jogava na sua cara que não o suportava, que preferia o ver morto e não ter que olhar para o seu rosto feio e pálido, era isso que ele sempre dizia e o Park não aguentava mais, tinha que dar um jeito nisso, e naquela mesma noite, ele decidiu que não iria mais viver assim.

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Iae pessoas, oque acharam? Fui boa né, eu sei kkkkkkk 😉👍
Espero que tenham gostado próximo capítulo sairá em breve, um cheiro 💓