Unconditionally

Talvez não seja tão ruim

25 de Abril de 2011 

Dia Seguinte

Central City, EUA.

⚛Gabriela Larius Hitszky⚛

C

oloco meus óculos escuros e vislumbro minha mão esquerda sem a aliança de ouro e sem o anel de noivado. Sorrio de leve. Eu estava bem com a separação. Eu morava com Oliver há dois meses atrás, em Starling City e vinha trabalhar todo dia aqui. Logo que tivemos a enfadonha conversa definitiva, eu passei a dividir um apartamento de luxo com minha melhor amiga. Kyra já estava pra se mudar na época, então escolhemos juntas o apartamento e nos mudamos. Oliver continuou morando na Mansão Queen com a irmã. Eu espero realmente que ele esteja bem, não nos falamos muito depois da separação. Ele só me pediu algumas análises bioquímicas, mas era pro Arqueiro. Eu ajudava ele de vez em quando, mas era porque eu era a única cientista confiável que ele conhecia.
Desci da minha Range Rover e ajeito minha bolsa. Pego o elevador, ainda no estacionamento, e logo vejo pela janela panorâmica os andares dos Laboratórios Mercury. Sorrio, eu amava meu trabalho.

Assim que chego, vejo Kyra, que tinha saído mais cedo da nossa casa e trabalhava como bióloga e pesquisadora também, discutindo com um homem. Tiro os óvulos escuros e arregalou os olhos. O que caralhos Tony Stark estava fazendo no meu laboratório?

— O que faz aqui, senhor Stark? Como está aqui? Não nos conhecemos, e não queria ter o desprazer de te conhecer. — falei, polida e fria. Não ia muito com a cara dele. Não o conhecia direito. Ah, dane-se.

— Ah, o assunto chegou. — ele diz e sorri irônico. Tiro meus óculos e reviro os olhos.

— Ele entrou aqui, falando que queria te fazer uma proposta e que já tinha falado com a Drª McGee. Acontece que o laboratório é seu e ele não pode entrar aqui. — Kyra fala, irritada. Rio sem humor. Suspiro, desgostosa.

— Pode nos deixar a sós, senhorita Goldstein? — afirmou Tony, intrometido como sempre. Ah, céus onde estou me metendo...

Kyra revira os olhos e sussurra pra mim:

— Boa sorte, gata. — fala e sai.

— Agora diz: que diabos Tony Stark faz no meu laboratório? Não sei se fico surpresa ou com nojo. Sinceramente. — sorrio sem humor. 

— Nossa que agressiva. — falou, irônico. — Eu vim em paz. — olhei pra cima, em busca de paciência divina.

— Com você não dá pra ser menos que agressiva. O que quer?! — fui rude, confesso. Mas eu tinha muitos problemas pra resolver.

— Oh, não seja rude. Quero te fazer uma proposta irrecusável.

— Vindo de você, tenho certeza que minha resposta vai ser não. — ele se fingiu de ofendido. — Você não é tão irrecusável quanto acha.

— Dá pra escutar a proposta primeiro, marrentinha? — reviro os olhos com o apelido, que homem irritante. Lindo, mas irritante. — Eu preciso de uma bioengenheira, biotécnica e engenheira mecânica para as Indústrias Stark. Você é a melhor dos EUA. Seu QI é quase tão impossível quanto o meu.

— Ai que amor da sua parte. — falei, irônica. — Não vai rolar, Stark. — falei firme.

— Não?! Como assim não?! É a oportunidade da sua vida e você tá... Dizendo não? — ele tirou os óculos. Estava surpreso pelo fato de eu ter dito não. Patético.

— Sei que essa palavra não sai muito da boca das pessoas que convivem com você, não direcionadas a você, mas essa é a minha resposta. Não me interessa trabalhar pra você.