Capítulo 8 - Caindo em tentação.

78 14 44
                                    

Era sexta feira, entrei de manhã no trabalho e iria sair um pouco mais tarde, estavam sem funcionários e eu queria fazer horas extras. Eram umas oito da noite... Por causa da chuva, não tinha ido de moto. Estava esperando meu pai ir me buscar, em casa, temos um carro só e ele está sempre com o papai. Estava esperando na porta, mas para minha surpresa, papai mandou um substituto.

- Boa noite, minha flor! - disse  José,  se aproximando com um enorme guarda chuva. 

- Oi, grandão. Cadê meu pai? Por que veio você?

- Ele estava na oficina, você está sem bateria de novo, não é?

- Talvez tenha esquecido o carregador pela milésima vez, sabe? - digo passando a mão pelo cabelo. 

- Fofinha! kkkkk

- Então, ele tinha que resolver umas coisas, me ofereci para te buscar... Já estava fechando a oficina, tomei um banho e vim. Demorei muito?

- Muito obrigada, grandão. Não demorou não.

- E meu abraço? 

Ele colocou o guarda chuva no chão, estávamos na parte da frente da escola, era coberto....Ele me puxou para um abraço. O perfume estava um pouco mais forte, acho que foi proposital. O abraço era aconchegante... A chuva aperta e os respingos me deixam arrepiada.

- Vamos para o carro, fofinha.

- Indireta para me chamar de gordinha... - digo segurando a risada. 

- Você está perfeita. Com todo respeito, uma delícia. Não me importaria se tivesse mais gordinha, teria mais lugares para pegar...

Fiquei sem graça e ele ria de mim, pegamos o guarda chuva e fomos para o carro, ele me oferece um casaco quentinho. Eu o coloquei, tinha o cheiro dele e era bem confortável.

- Quer ir comer alguma coisa ou ir direto para sua casa?

- Meu reino por um hambúrguer... - digo me ajeitando no banco do carro. 

- Seu pedido é uma ordem, linda.

E lá vamos nós, procurar um bom hambúrguer. Conversamos o caminho inteirinho...

****************

Já estava ficando sem graça com os olhares do José, mas ele era uma excelente companhia. As vezes da vontade de pular no colo dele, mas estou me controlando bem até agora. Comemos e conversamos, minha barriga estava doendo de tanto rir. Ele me leva de volta para casa, paramos o carro e ele se vira pra mim...

- Precisamos sair juntos mais vezes... Não é um encontro, a não ser se você quiser. São só dois bons amigos, passando um tempo gostoso juntos... - ele diz nervoso.

- Sua cara está ótima, agora você está nervoso. Kkkk

- Aaaaaa malvada!

- A gente pode sair de novo sim, na base da amizade.

- Por enquanto... - ele sussurra.

- O que? - digo curiosa. 

- Nada não... kkkkk

- Grandão...

- Adoro quando você me chama assim, minha flor!

- Você é impossível!

- Sou um amor... kkkk - Zé  passa a mão pelos cabelos e me lança um sorriso convencido. 

-Claro que é... kkk 

-O seu... - ele dá uma piscadela. 

Não consigo segurar a gargalhada, ele é muito bobo. 

- Você gosta que eu sei... kkkk

Maldita Distância [EM ANDAMENTO]Onde histórias criam vida. Descubra agora