Mary Jane Kelly

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Mais uma noite em Londres, onde os prédios da Londres vitoriana cubriam as estrelas, e opriminiam os cidadãos comuns, enquanto eram as moradias dos ricos, e o Big ben, com o mover de seus ponteiros, contavam os segundos para nascimento de um verdadeiro monstro.

Mary Janne Kely

Mary esperava um último cliente naquela noite de tom soturno, seu vestido encardido e maltrapilho e seu rosto em expressão de melancolia, estampava sua falta de clientes, passos e batidas são ouvidos a distância, intercalado entre um passo rápido, a batida de uma bengala e um passo lento, chegava ao encontro de Mary, um homem bem vestido, com seu frock coat preto, o casaco mais elegante já visto, uma cartola alta que um misterioso ar trazia a suas feições, e um brilante e envolto em ouro relógio de bolso, as vestimentas de um verdadeiro gentleman que somente aqueles que viviam nos grandes prédios poderiam utilizar, Mary se aproxima, visando naquele homem muito lucro. -Senhor gostaria de muito prazer essa noite. E em uma reação inesperada ele puxa a mão de Marry e a beija. -Milady acompanha-me na obscuridade dessa noite. Marry impressionada com os modos daquele cavalheiro o acompanha com entusiasmo, até um motel próximo, a jamais pensava em reclamar algo aquele homem, mas não são boas as lembranças trazidas por aquele motel que na visão de Marry era tão antigo como toda a Londres que conheceu, em meio a tantos quartos o quarto 23 sempre a lembrava daquela noite, a infidelidade de sua progenitora frente a seu pai, e a morte vinda pelo homem que carregava um anel assim como o dela, ela jamais deixaria de atribuir a simples existência daquele local, sua decadente e miserável vida, seu sangue derramado dela e de sua mãe por seu próprio pai, mas ela via aquele cavalheiro, e sentiu em sua alma, um dia marcado por felicidade, não mais tragédia naquele local, apesar de envolta em seus pensamentos algo que a estranhava, que com um único aperto de mão era dado por uma moça ao cortês a chave de seu quarto, sendo guiada por aquele homem que com apreço segurava sua mão e a levava até o quarto 30, o último e mais luxuoso entre tantos quartos, de porta aberta na cama ela se senta, e questiona em voz alta. -Eu não te ví assinando nada nem dar o dinheiro, como conseguiu a chave? -Escravo de meus desejos, só a queria aqui o mais rápido que pudesse, então acordei com a recepcionista que após a noite a pagaria em dobro. Enquanto dizia essas frases, se aproximava de Mary e retirava suas vestimentas, a seda desencostando de sua pele pelas mãos suaves mais fortes de um gentleman, quase a distraindo totalmente. -Espere, você esqueceu de fechar a porta, ela levantava fechava e chaveava aquela porta, já voltando em direção a cama, mais por um único segundo sente a lâmina em seu pescoço, após isso não mais tinha alma ali, minuciosamente a pele em sua face era cortada e retirada, seu corpo lentamente aberto, seus órgãos retirados um a um, e por fim em um processo mais lento seu útero era retirado, então com suas mãos cheias de sangue, o cortês guardava a lâmina escondida em sua bengala, levantava a janela, e em meio a escuridão nela sumia.

O Mistério de 1888 - An London Tale.Onde histórias criam vida. Descubra agora