6 - Marco

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Foi uma noite de merda

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Foi uma noite de merda.

E o sono — ou a falta dele — não ajudou em nada a melhorar o meu humor.

Depois que deixei Nina em sua casa, tentei não pensar em tudo o que havia acontecido na festa, em cada toque inocente e em cada toque não tão inocente.

Droga, eu tinha que colocar a minha cabeça no lugar.

A garota era a noiva do meu irmão.

Além disso, era nova. Muito nova para o meu gosto. Ingênua demais. Já passei da fase de caçar as inocentes; a facilidade das experientes era algo mais prático.

Depois de escoltar Nina até a casa dela, voltei para minha própria residência. Eu deveria ter seguido o plano inicial. Encontrado uma das minhas garotas favoritas e fodido até o dia raiar. Mas estava tão exausto e irritado, que decidi que minha intenção era dormir profundamente, sem sonhar com nada.

Mas é claro que a minha mente traiçoeira se encheu de imagens perigosas.

Nos sonhos, na imaginação — não tenho certeza qual dos dois imperou — eu estava nu sobre a cama, me movendo sobre um corpo feminino e delicado, as mãos acariciando a pele quente, as respirações ofegantes se enroscando. E quando afastei meus lábios da boca que eu beijava, vi o rosto dela.

Nina Rossi.

Acordei no mesmo instante, duro como uma pedra.

E foi difícil dormir bem quando me sentia tão excitado que precisei me aliviar não uma, mas três vezes, até me sentir calmo o suficiente para fechar os olhos.

Acordei antes do sol despontar por completo, com o corpo ardendo.

A ducha gelada ajudou um pouco.

Um pouco.

Merda, eu precisava tomar o controle da situação. Sou do tipo imprudente, mas não tão idiota a ponto de arriscar meu pescoço por causa de um desejo tolo e irracional.

Seria bom sair da Itália.

Isso.

Nossa família possui alguns negócios internacionais; talvez eu devesse ir para a Espanha ou para a Irlanda por uns três meses, até que o casamento do meu irmão estivesse resolvido.

Enrolado na toalha, voltei para o meu quarto, mais animado por conta da minha ideia.

Aquilo era o que eu precisava.

Um tempo longe de Sicília.

Talvez até pudesse fazer alguns serviços para Vincenzo. Talvez pudesse ficar no exterior por um tempo, como um representante da família. Nosso último representante tinha tomado um tiro no meio da cabeça. Cortesia dos russos. Todo mundo sabe que não se deve mexer no território dos russos.

Enfim, a vaga dele estava disponível.

Poderia ser o cargo perfeito para mim.

Caralho.

Até que era um plano bom.

Troquei de roupa e, enquanto procurava alguma coisa para comer, meu celular tocou.

Era um dos nossos encarregados.

— Fala — atendi. — Algum problema?

— Deu merda, Marco. Eles o pegaram.

— Pegaram quem?

— O Vincenzo. Houve uma emboscada durante a madrugada. Todos os seguranças foram mortos. E Vincenzo sumiu.

As palavras rápidas e entrecortadas dele retumbavam em meus ouvidos.

— Como assim, porra?! Quem está com meu irmão?! Que merda é essa?!

— Não sabemos. Todos os soldatos já estão se mobilizando. Vai haver guerra se nosso Capo não for encontrado.

Caralho. Caralho. Caralho.

Meu irmão pode ser um filho da puta, mas era alguém que impunha medo e que tinha diplomacia. Quem teria coragem de se meter com o Capo dos Caccino?

Aquilo era um convite para a guerra, para a morte.

Já podia prever o fervilhamento entre as facções rivais.

Ninguém respiraria até que Vincenzo aparecesse.

— E, Marco, pelo que averiguamos, quem levou nosso Capo estava atrás de alguma coisa. Algo que não encontrou.

Meu corpo gelou.

"É uma dívida de um velho aliado que nos traiu. Ela vale muito", recordei-me das palavras de Vincenzo. "Por conta do que o pai de Nina fez, haverá muita gente atrás dela. Decidi pegá-la primeiro. Essa festa é para apresentá-la oficialmente como minha noiva. Minha, entendeu?".

Quase derrubei o celular no chão.

— Nina!

— Nina!

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Noiva Proibida (Máfia Caccino #1) | DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora