Chapter 9. No Pressure

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Pov Narrador

Um mês e duas semanas depois...

Os dias passam lenta e dolorosamente para os alunos do Saint Francisc, os professores aumentaram o número de trabalhos e deveres de casa para os alunos e colocaram prazos absurdos para entregar deixando todos ocupados com os estudos. Todos adotaram uma rotina pesada e nada saudável regada a diversas xícaras de café e altas horas de estudo. Não havia clima pra risada ou brincadeiras, de vez em quando alguém soltava um comentário engraçado, mas nada que atrapalhasse o estudo dos colegas.

Esse fato deixava o diretor do internato orgulhoso de si mesmo por todos estarem na linha, exceto Jordan e Gastor Ayers, os dois estavam brigando quase todos os dias, e na opinião dele estavam merecendo uma punição. O homem tem motivo de sobra pra ter raiva de Gastor Ayers, mas o garoto é o único que consegue tirar Jordan do sério portanto ele nunca pega pesado com Gastor. O motivo disso tudo? Os Danvers Luthor são os únicos que ameaçam a existência e a "tradição cristã" do Saint Francisc, assim como a fortuna que o diretor recebe mensalmente dos pais para colocar os filhos em ordem. Portanto ele decidiu que se não for na base do respeito vai ser na base do medo e da chantagem que irá garantir que os gêmeos não irão nem mesmo se aproximar do Saint Francisc depois que se formarem. O homem está disposto a tudo para conseguir isso nem que seja necessário apelar pra outro tipo de violência que pra ele será extremamente prazeroso.

Neste exato momento o diretor está na sua sala olhando as câmeras de segurança e se depara com mais uma briga de Jordan e Gastor, só que dessa vez eles realmente estão brigando porque Gastor está com o nariz sangrando e tem uma roda de alunos na volta.

- Porcaria de adolescentes sem educação. - O diretor rosna e continua olhando cada aluno na roda até parar em uma certa pessoa e sorrir alegremente com a idéia que surge em sua mente. - Eis aqui meu ajudante do céu.

Em menos de dez segundos ele ordena que os seguranças entrem e peguem Gastor e Jordan, o que causa um certo alvoroço entre os alunos e ambos resistem bastante, mas por fim acabam se rendendo. Os dois são levados até a sala do diretor que revira os olhos ao ver o jovem Ayers com a cara toda machucada e a Danvers Luthor com apenas um pequeno corte no canto da boca. "Esse garoto é um imprestável mesmo, nem pra bater numa garota ele serve", pensa o diretor.

- Vocês dois violaram a lei de paz dessa instituição portanto irão para a masmorra.

Gastor - Mas eu não fiz nada, essa aberração que me bateu sem motivo. - Diz ele fazendo a Danvers Luthor revirar os olhos impaciente.

- Não me interessa saber quem começou a briga de vocês! Levem- os para masmorra e prendam eles. - Os seguranças arrastam os dois até a masmorra onde os dois são colocados em celas separadas e com as mãos algemadas. Tudo isso sob o olhar observador do diretor, ele faz um sinal para libertarem Gastor e o mesmo sai da outra cela em silêncio. O homem foca seu olhar em Jordan com um sorriso diabólico e faz um sinal pra os seguranças comecem a bater na mesma.

A cena não é nada contagiante pois a garota leva muitos golpes, um mais dolorido que o outro, mas ainda assim, mesmo com toda a força dos três seguranças ela se mantém firme. Apanhou muito é claro, mas não o suficiente para desmaiar de dor ou implorar pra que eles parassem. Não que fosse adiantar alguma coisa, mas era isso que o diretor queria ouvir, ele queria ouvir ela chorar de dor e apanhar cada vez mais. Só que isso não ia adiantar muita coisa porque Jordan já havia se acostumado com a dor, mesmo que sua costela esteja quebrada, seu maxilar fora do lugar, seu corpo esteja extremamente dolorido e sangrando, e esteja cuspindo sangue pela boca ela não iria dar ao homem o prazer de tê-la implorando por algo.

Os seguranças continuaram batendo nela, socos e chutes eram direcionados ao seu corpo sem parar e não havia o que fazer. Seus pulsos estavam sangrando por conta do peso que estava botando sobre as correntes cada vez que recebia um golpe. Seu corpo estava todo suado e dolorido, respirar estava se tornando uma tarefa complicada e seu rosto estava sujo de sangue tanto que mal conseguiu ver o momento em que o diretor mandou parar.

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