Internato Saint Francisc

Chapter 13. A feeling that everyone deserves the pleasure of enjoying.

POV Hope

Após anúncio do diretor fomos mandados de volta para nossa estressante de aula, mas a verdade é que eu já não aguento mais esse lugar, não vejo a hora de ir embora e me livrar do idiota do Landon. Ninguém sabe, mas minha família está me obrigando a casar com ele para o bem da pura e intacta linhagem dos Mikaelson, eles nunca aceitaram o fato de eu ser lésbica e isso me dói de um jeito que as vezes me vejo sozinha chorando no banheiro desse inferno e sorrindo para os meus amigos. Sei que deveria contar tudo a eles pelo menos pra ter um apoio, mas não consigo, me sinto suja e as vezes me culpo por ser como sou, as coisas seriam mais fáceis se tudo fosse diferente.

O pior de tudo é ter que me sujeitar aos abusos de Landon, ser sua, apanhar e voltar para o dormitório como se nada tivesse acontecido, não posso de maneira alguma falar sobre o nosso "noivado" ou sequer olhar para outra garota com interesse porque se ele ver as consequências não serão nada boas pra mim. No início queria morrer cada vez que ele tocava no meu corpo e me machucava se eu gritasse, a maneira bruta que ele me usava, e ainda usa, me traumatizou de uma forma que fiquei duas semanas sem falar com ninguém, apenas chorava de raiva, dor e nojo de mim mesma por ser assim. As meninas desconfiaram, mas não falaram nada apenas ficaram ao meu lado, me acordando por conta dos pesadelos e a única conclusão que tiveram foi que o diretor havia feito algo comigo, mas a verdade que isso nunca aconteceu. Jordan sabia disso, mas disse que se eu não quisesse contar a verdade poderia confirmar a teoria das meninas e garantiu que quando tudo acabasse daríamos um jeito no verdadeiro culpado, que na verdade eram os meus familiares e Landon, por se aproveitar de um noivado forçado.

Com tudo que está acontecendo, felizmente, Landon não me procurou e estou dando graças a Deus por isso, mas também estou um pouco desconfiada ele está quieto demais pro meu gosto, deve estar aprontando alguma coisa. Enfim estou neste momento na biblioteca estudando para as provas junto com Josie, na verdade ela se voluntariou a ficar aqui comigo.

Josie - Ei Terra pra Hope. - Saio dos meus pensamentos e foco na bela morena a minha frente. 

Eu - Uh desculpe eu estava pensando.

Josie - Percebi, te chamei umas dez vezes e você parecia uma besta com esse lápis na boca.

Eu - Tá me observando Srta. Saltzman?

Josie - N-n-não você que tá imaginando coisas. - Ela gagueja e dou uma risadinha. - Pare de zombar do meu nervosismo Mikaelson!

Eu - Ah então eu te deixo nervosa Jo-jo? - Digo o apelido num tom de voz intimidante.

Josie - Você se acha demais Hope. 

Eu - Querida eu não me perdi pra me achar e além do mais, nós duas sabemos que você não consegui mentir pra mim. - Digo e ela revira os olhos. - Viu só eu conheço você como a palma da minha mão.

Josie - Queria que fosse com a língua mesmo. - Ela sussurra, mas consigo escutar.

Eu - Como é que é? - Me fingo de cínica, mas eu sei que Josie tem uma queda por mim, ela mesma já me confessou quando estávamos no C.B.N.C e a mesma estava sobre o efeito de drogas e bebidas alcoólicas.

Josie - Nada.

Eu - Quem nada é peixe Saltzman. - Ela revira os olhos outra vez. - Como estão as coisas com Pen?

Josie - Não estão, terminamos tudo ontem á noite.

Eu - Como você está se sentindo com tudo isso? - Digo segurando sua mão e ela assente.

Josie - Não sei dizer, dói como se alguém estivesse alfinetando meu coração, mas ao mesmo tempo me sinto... livre. Sem precisar me preocupar com os ciúmes tóxicos e exagerados dela, principalmente das palavras de desprezo. - Assinto, Josie já havia comentado sobre o quão tóxico era seu relacionamento com Penélope, das crises de ciúmes e da maneira tóxica que a mesma a tratava quando estavam juntas. Inclusive esse era um dos motivos dela passar a maior parte do tempo com nosso grupo de amizade.