De volta à vida

Um novo plano

Juliana Valdez Carvajal

Meu fôlego estava acabando, a única certeza que eu tinha era que não podia parar de correr, quanto mais eu corria mais perto ela chegava, meu coração estava acelerado, entrei em um beco escuro a esquerda, e quando olhei a minha frente tinha um muro, parei perante aquele muro e encostei minhas mãos.

-Julls: O que vou fazer, eu não acredito. (Eu falava em desespero).
-Eva: Julianaaaa, não adianta você não tem saída. (A voz de Eva ecoava naquele beco escuro e frio.)
-Julls: Por favor Eva não faz isso. (Eva caminhava até mim, me presionando contra aquele muro gelado.)
-Eva: (senti as mãos de Eva em meu braço, poderia senti o hálito dela, enquanto cantava sussurrando) - 1...2 Eu vou te pegar, 3...4 as portas vão se fechar, 5...6, é melhor despertar, 7...8 no crucifixo agarrar, 9...10 eu voltei pra te buscar... Hahahaha ACORDAAAA JULIANA.  (Eva gritou)

Acordei me sentando na cama, levei as mãos em meus rosto, dei graças aos deuses pois aquilo não passava de um pesadelo, e por incrível que pareça  um pesadelo bem real,  olhei para o lado e Valentina dormia como um anjo, levantei devagar para não acorda-lá, peguei um copo de água e bebi, respirei fundo caminhei, até a varanda daquele hotel. A noite nas Bahamas estava bem agradável, debrucei no parapeito aquele sonho quer dizer pesadelo não saia da minha cabeça, bebi mais um pouco daquela água com gás.

-Valen: Amor? Está tudo bem? (Valentina falou me abraçando por trás)
-Julls: Está sim meu amor, tive um pesadelo nada demais. (Não quis falar sobre para a Valentina afinal Eva era sua irmã)
-Valen: Quer me contar?
-Julls: Foi apenas um pesadelo bobo meu amor, sabe o que eu quero? (Falei me virando e pegando ela no colo) Eu quero você.

Coloquei Valentina na cama e comecei a beija-la, aquele pesadelo que até aquele momento estava me atormentando, agora já nem lembrava, era um dos milhares de dons que Valentina tinha sobre mim, os gemidos de Valentina ecoavam naquele quarto, fizemos amor até amanhecer, senti Valentina subindo em cima de mim.

-Valen: Amor, precisamos fazer isso mais vezes. (O cabelo dela estava todo bagunçado, ela estava linda)
-Julls: amor nós fazemos amor todos os dias. (Falei rindo depositando um selinho em seus lábios)
-Valen: Sim você tem toda razão, mais quando eu digo fazer isso mais vezes, e fazer amor de madrugada eu amei. (Ela mordia os lábios)
-Julls: Você me deixa louca. (Puxei ela pra cima de mim, e ficamos ali abraçadas). Não lembro o momento exato que pegamos no sono.

Leon Carvajal

Passei a manhã toda na empresa, o médico da família havia falado que todos os exames feito em Eva estavam normal, porém realmente ela pensava ser outra pessoa, o médico nunca tinha visto nada parecido, segundo ele o nosso cérebro é capaz de fazer coisas fantásticas, quando se sente ameaçado.

Abri a porta saindo da minha sala, dei um sorriso para Renata, que me perguntou:

-Renata: Está tudo bem Sr Carvajal? (Perguntou preocupada)
-Leon: Esta sim, não tenho mais idade pra isso não. (Falei olhando para sala de Valentina)
-Renata: O Sr está ótimo, e tenho certeza que faz isso melhor que qualquer pessoa. (Renata foi simpática)
-Leon: Renata vou buscar Eva no hospital hoje ela recebe alta, você não comentou nada com as meninas não né? (Perguntei)
-Renata: Não Sr Leon, segui o combinado. (Renata era praticamente da família)

Pedi que ela anotasse todos os recados, que hoje não voltaria para empresa, afinal minha filha precisaria de mim, chamei o motorista e caminhamos para o carro, pedi que dirigisse até o hospital, mexi em alguns aplicativos respondi alguns e-mails, olhei ás horas, a verdade era que o nervosismo fazia minhas mãos suarem, tinha um questionário enorme em minha mente, como agiria perto da Eva, o que faria para fazer ela se lembrar, a verdade era que estava assustado.