Prólogo

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Acordo no meio da madrugada, em uma típica noite fria de Londres. Era a décima vez que acordava, só naquela noite. Seria tudo nervosismo? Nervosismo por deixar a minha família, meus amigos e meu amor de infância? Lembro como fosse ontem, combinando com os meus pais que iria fazer faculdade em Londres mesmo, ficar lá para sempre. Essa ideia me assustava muito. Foi aí, que sem ninguém saber, me inscrevi na faculdade de Harvard, em Boston, nos Estados Unidos, já esperando que não fosse aceita. O tempo foi passando e as circunstâncias me fizeram esquecer essa ideia maluca. Foi aí, que recebi uma carta. A carta dos Estados Unidos. De Boston. De Harvard. A frase que eu li, foi simplesmente ensurdecedora, magnífica. Que sensação maravilhosa. Apenas oito palavras que mexeram inteiramente comigo:

"Parabéns, você foi aceita na faculdade de Harvard."

Frase simples e direta. Depois, quando fui contar aos meus pais, minha mãe surtou. Surtou com a ideia de que eu iria morar a mais de 5000 km deles. Surtou com a possibilidade de acontecer alguma coisa comigo, entre mil e outros fatores que as mães em geral têm. Vi então, essa possibilidade sendo jogada no lixo. Tudo o que eu imaginei pra minha vida, pra minha profissão. O que adiantava ter me esforçado tanto no meu ensino médio, pra chegar e não poder escolher pra onde ir? Mas já ouviram falar que os pais são os anjos? Lembro o que ele me disse, depois do show da minha mãe: "O que? Desistir de ir para essa ótima faculdade? Se você desistir, não vou mais conversar com você". Ele me apoiou.

Para Alex, foi mais difícil aceitar a ideia que de que a sua namorada, iria para outro país. Eu e Alex, namorávamos a mais de cinco anos e éramos muito amigos. Quando o conheci, era um garotinho muito esperto e às vezes brincalhão. Ele disse que foi amor à primeira vista. E foi assim, cinco anos se passaram e nós estamos juntos, acredito que felizes. Sinto que ele está estranho de um tempo pra cá, não pela notícia de que eu iria embora, mas por outro motivo que eu não consegui descobrir. No começo, ele ficou com raiva por eu ir para Boston, mas passou um tempo, ele aceitou que era o melhor pra mim e que eu deveria seguir meus sonhos. Nós decidimos então continuar namorando, e quando fosse possível iríamos nos encontrar. Eu sei que seria muito complicado, mas eu o amava.

Depois desse complexo pensamento, comecei a olhar para aquelas malas no canto do meu quarto. Seria uma nova vida. Um novo futuro. Iria me dedicar ao máximo na faculdade de medicina para voltar para Londres, casar com Alex e ser realizada emocionalmente e profissionalmente. Era o que eu esperava!

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Oi meninas, estou começando esse romance agora e espero que vocês gostem. Quero que vocês comentem e me deem sugestões. Estou à espera. Próximo capítulo: 22/03. Beijos.

Deixe o amor entrarOnde histórias criam vida. Descubra agora