Capítulo 46 - Adeus.

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Em pé sobre um poste telefônico, ele foi capaz de olhar todo o distrito, que estava mergulhado em um silêncio profundo, em suas costas havia uma lua enorme que iluminava todo o chão, não era tão tarde, a lua apareceu desde cedo no céu

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Em pé sobre um poste telefônico, ele foi capaz de olhar todo o distrito, que estava mergulhado em um silêncio profundo, em suas costas havia uma lua enorme que iluminava todo o chão, não era tão tarde, a lua apareceu desde cedo no céu. A baixo dele a alguns metros de distância, alguém passou pelo portão principal da academia. Um garoto de cabelos negros que estava carregando uma bolsa nos ombros. Seu amado irmão Sasuke. Estava na hora. Sem pensar mais Itachi foi até sua casa, deixando seu irmão para trás.

Havia duas presenças na sala, com naturalidade costumeira, Itachi caminhou pelo corredor sem nem mesmo tirar os sapatos. Ao abrir a porta, ele avistou as figuras de seus pais sentados um ao lado do outro, ele se posicionou atrás deles.

- Então é isso... Você escolheu mesmo o lado oposto. -  Sem se virar, Fugaku pronunciou aquelas palavras, num tom que reprimia a emoção.

- Papai... - Itachi o chamou espontaneamente, e ficou surpreso consigo mesmo.

Desde que se formou na Academia, ele o chamava apenas de pai, Itachi não entendia por que estava chamando-o como antigamente e de forma tão espontânea.

- Não seja duro com ele querido, não agora. - Falou Mikoto com voz gentil.

- Mamãe...

- Tudo bem querido, eu entendo... - A voz gentil de sua mãe soou como um abraço, antes ela nunca o defendera na sua presença, mas agora... Ela entendia.

- Itachi - Fugaku chamou com a voz totalmente embargada de tristeza - Me prometa uma última coisa. Cuide de seus irmãos.

Para Fugaku e Mikoto Mahina era uma filha amada, mesmo não sendo Uchiha ele queria que Itachi a protegesse como tal. Eles entenderam tudo... O quanto Itachi estava sofrendo e até o fato dessa decisão nunca ter sido simples: Seu pai e sua mãe tinham entendido. De forma corajosa e por amor a Itachi, eles estavam aceitando solenemente o destino que eles mesmos se colocaram.
Fugaku não cruzaria espadas com seu filho, e mesmo que o fizesse Mikoto se colocaria na frente e o impediria, por amor, mesmo sabendo que ele está pronto pra matá-la a qualquer momento.
Mesmo decidido a não se arrepender e acreditando estar pronto para aquele momento, Itachi sentiu seu coração sufocar, lhe dando a sensação terrível de morte. Itachi chorava lágrimas grossas e suas mãos que seguravam a espada tremiam fortemente.

- Não tenha medo... Bem ou mal, esse é o caminho que você escolheu, seja firme em suas escolhas e ideais. - Aquelas palavras por mais duras que fossem, eram como um abraço bruto de um pai pouco afetuoso, essas características cabiam bem a Fugaku.

Itachi se lembrou da conversa que teve com seu pai após entrar na ANBU.

- Está tudo bem se você for fiel às suas próprias opiniões, querido. Você buscou suas respostas e tomou sua decisão. Me orgulho de você por não deixar que outros tomem as decisões por você. Fique tranquilo, estamos prontos pra isso. - Após a resposta de sua esposa, Fugaku pegou com força a mão de Mikoto, ele a levou até os lábios e a beijou.

- Não se preocupe filho, se comparado a sua, a nossa dor acabará num instante... - Mesmo diante da morte, Fugaku se preocupava com a vida de seu filho a partir de agora.

Aparentemente seu amor estava tentando ensiná-lo qualquer tipo de coisa com sua própria vida.

- Talvez eu estivesse muito impaciente... - Fugaku disse algumas palavras de autocensura. - Eu deveria ter confiado e acreditado muito mais em você, contido o clã e esperado mais.

- Fugaku, não é hora de se lamentar mais... - Mikoto ouvia o choro mizeravelmente contido de Itachi, era a primeira vez que ela o vira chorar.

- Me deixe disser isso a meu filho, não posso morrer sem que ele me ouça. - Fugaku falou, pela primeira vez com um tom doce. - Itachi, eu acredito que, se eu tivesse sido melhor, hoje, talvez você tivesse se tornado o primeiro Hokage Uchiha. Afastando até mesmo a escuridão do clã, parando os preconceitos da aldeia e construindo seu destino com sua própria força. - Fugaku fez uma pausa, ele tentava reprimir seu choro de arrependimento, era visível pelas suas costas trêmulas. - Eu roubei seu futuro de você com meus planos egoístas. Me perdoe filho, por favor.

Itachi não era capaz de responder. Não, a verdade é que se ele tivesse aberto a boca, seus sentimentos o abandonariam completamente.

- Mas agora é tarde demais...Mesmo que nossa maneira de pensar seja diferente, faço das palavras da sua mãe, as minhas,  estou orgulhoso de você.

Itachi queria, ele desejava do fundo de sua alma, ouvir aquelas palavras em um lugar e momento completamente diferente, talvez ouvi-las da boca de seu pai que o olhava sorrindo enquanto depositava o chapéu de Hokage em sua cabeça. Agora... Até mesmo em sonho, ele nunca veria nada parecido, agora... Ele não podia mais perder tempo.

- Nós te amamos filho. - Mikoto disse esperando a dor fina que viria a seguir. - Só mais uma coisa. - Mikoto disse quando sentiu a espada trêmula encostar em seu ombro. - Diga a Mahina, que eu a libero da promessa de cuidar de mim, ela não deve se culpar por nada disso. Cuide dela filho, sei que a ama, como eu amo seu pai, seja como for, faça ela feliz filho. Eu a amo também.

Um barulho ruidoso tomou o ambiente, Itachi estava a ponto de explodir, ele estava prestes a seguir Shisui, mas ele não podia... Ele tinha um plano maior. Com um único movimento Itachi indicou sua espada no peito de sua mãe, que caiu pra frente. Uma dor intensa atravessou o coração de Itachi. Ele puxou a espada pra fora do corpo de sua mãe e direcionou a ponta dela para seu pai.

- Você é realmente uma criança gentil... - Fugaku dizia se referindo a Itachi ter matado sua mãe primeiro, para que ela não visse Fugaku morrer.

Itachi se ajoelhou atrás de seu pai, seu corpo tremia em um choro ruidoso. Abaixando os olhos e apoiando a testa nas costas largas de seu pai, ele deu o último golpe. Os olhos de Itachi olhavam para baixo, lágrimas estavam derramando e caindo incessantemente encharcando as mãos que estavam segurando o punho. O leve tremor transmitido pela espada parou completamente, a vida de Fugaku chegou ao fim. Ainda apoiado em seu pai, o jovem removeu lentamente a espada, sem permitir que o sangue jorrase. O corpo de Fugaku caiu pra frente, ele olhava Mikoto e ela olhava de volta, de mãos dadas ele viu, de um jeito estranho eles se amavam. De alguma forma, Itachi guardou sua espada na bainha, suas mãos possuíam um tremor constante. Ainda faltava uma coisa. Enxugando as lágrimas, Itachi esperou a chegada do irmão.




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Sayōnara 👋



A sobreviventeOnde histórias criam vida. Descubra agora