Capítulo 38 - Meu amor pra sempre

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No dia seguinte durante a manhã, Mahina se dirigiu ao complexo, desobedecendo a última ordem de seu tio, de evitar andar pelo complexo sozinha

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No dia seguinte durante a manhã, Mahina se dirigiu ao complexo, desobedecendo a última ordem de seu tio, de evitar andar pelo complexo sozinha. Mas ela precisava. Precisava ver como a mãe de Shisui estava, ele falava tanto dela, do quanto ela era bonita, do quanto ele a amava, como ela sempre foi a melhor mãe do mundo. Mahina sabia da morte recente de seu esposo, perder seu único filho agora, seria o fim. Mahina temia chegar lá e a encontrar enforcada.

Engolindo seco a menina andou pelo complexo, ela não sabia o que era pior, andar normal e arriscar ser interpretada como "desafiadora do clã" ou ir as escondidas e ser acusada de espionagem. Decidiu ir calmamente, algumas senhoras a cumprimentavam, outros comerciantes a encaravam feio mas nenhum tinha coragem de dizer nada, não por medo dela, mas sim de Fugaku.
Duas batidas na porta e uma espera longa após um "Já estou indo". A voz que falou estava esganiçada.

- Ah, olá Mahina. - Apenas a cabeça grisalha de uma mulher pequena apareceu, a mãe de Shisui.

Apesar de seus cabelos brancos, ela tinha pouco mais idade que Mikoto, a olhar assim era possível perceber as suas olheiras fundas e rugas recém feitas. Sem abrir a porta toda ela aguardava saber o que Mahina queria, em sua cabeça ela só queria voltar pro seu choro em paz.

- Oi Senhora Yumi. - Mahina queria pedir pra entrar mas temia invadir a privacidade da mulher. - Eu vim... Que-quer dizer, eu... - suspiro - Eu sinto tanto... tanto por shisui. - Os olhos da menina se encheram de lágrimas mas ela revirou os olhos fezendo o possível pra segurar as lágrimas. - Tsc. Me desculpa, eu não quero te incomodar mas, Shisui falava tanto da senhora, eu pensei que...

A mulher com um olhar doce e suplicante fechou a porta e num estalo ela destrancou a porta por completo.

- Entre querida, entre, eu estava fazendo um chá. - Mahina sorriu levemente e entrou, a casa estava terrivelmente escura e um tanto fria, assim que entraram na cozinha uma chaleira chiou.

- Shisui também falava muito de você. - Seus olhos azuis quase brancos encararam a menina de forma doce. - Agora entendo o que encantou meu filho.

Mahina corou, não esperava aquelas palavras, a senhora serviu chá as duas.

- A senhora... É... Eu vim pra saber se a senhora precisa de algo.

Depois de servir o chá a senhora se sentou em frente a Mahina.

- Eu estava me preparando pra arrumar as coisas de Shisui, separar o que é lixo, o que é doação e o que eu ficarei. - Ela falou novamente com voz esganiçada.

- Se a senhora quiser ajuda eu estou a disposição. - Mahina falou e tomou um gole de seu chá, a senhora a sua frente tinha olheiras tão fundas que quase parecia um panda, mas mesmo assim sua beleza era vista, ela ainda usava sua aliança de casamento.

- Eu aceito sua ajuda sim, há muito o que tirar do lugar e... Eu temo nunca conseguir limpar tudo. - A senhora tomou um gole de chá - As coisas do meu esposo quem se desfez foi Shisui, eu se quer entro no nosso quarto desde que ele ficou debilitado, com as dificuldades de locomover meu marido, nos decidimos fazer do escritório, um quarto. Bom, ele já não o usava mais pra nada mesmo.

A sobreviventeOnde histórias criam vida. Descubra agora