Capítulo 12

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❝Algumas coisas simplesmente não precisam de explicação para fazerem sentido.❞



Izuku Pov

Depois de colocar Kacchan na cama, resolvi sair um pouco. 

Coloquei um moletom qualquer e peguei minhas chaves junto ao cartão de acesso. Depois de trancar a porta, desci de elevador até a portaria e saí do prédio. 

Não tinha um rumo certo, apenas andaria aleatoriamente pelas ruas desertas. 

Parei em um pequeno mercado 24horas que ficava perto de casa e decidi comprar qualquer coisa doce que encontrasse. 

Peguei uma cesta e assim que cheguei na área dos doces, encontrei um ser de cabelos vermelhos deitado no chão olhando para o teto. 

— Hm...Kirishima? — Chamei e acabei o assustando um pouco. — Esse é o seu nome, certo? 

— H-hm, sim. — Gagueja levantando rapidamente. — Seu nome é Izuku Midoriya, né? 

— Sim, mas por que estava deitado no chão? — Perguntei o deixando constrangido. 

— A-ah, e-eu só...não sei. — Gagueja coçando a nuca. 

— Tudo bem... — Falei calmo e andei em sua direção. Me inclinei sobre o seu ombro e pude ver de canto de olho seu rosto ficando mais vermelho que seu cabelo. 

Outro? Talvez alguém que me odeie tenha colocado um feitiço de socialização em cima de mim. 

— P-p-por que e-está aqui t-tão tarde? — Tenta falar de forma normal, não deu muito certo. 

Me inclinei para trás de novo e levantei a mão. 

— Chocolate. — Mostrei as três barras de chocolate que peguei e as coloquei na cesta.

— A-ah... — Seu rosto ficou tão extremamente vermelho que quase consegui ver fumaça. 

— E você? Por que não está em casa? — Perguntei indo para outra prateleira pegar algumas balas. 

— Só não conseguia dormir. — Diz baixo e vem na minha direção, vi seu peito subir e descer rápido. — Então vim comprar qualquer coisa. — Fala pegando um pacote de fini.

— Você mora por perto? — Pergunto tentando iniciar uma conversa. Alguns meses atrás, eu ficaria calado e esperava até que ele fosse embora.

— Não, só andei demais e acabei vindo parar aqui. É por isso que estava deitado no chão. — Ele riu nervoso e me seguiu até outra prateleira. — E você? 

— Minha casa fica a poucas ruas daqui. — Respondi jogando alguns pacotes de doces aleatórios na cesta e fui em direção ao freezer. 

— Então você é rico? — Perguntou pegando um refrigerante do meu lado. 

— Gosta de gelatina de café? — Pergunto colocando algumas dentro da cesta. — E por que acha que sou rico? 

— Sim, gosto. E respondendo sua segunda pergunta, acho que você é rico porque só pessoas ricas moram nessa parte da cidade, e você está apenas pegando vários pacotes de doces sem nem sequer olhar o preço. — Fala pegando um pote de alguma coisa que não sei o nome. 

— Ainda não são provas suficientes. — Peguei quatro garrafas de Iogurte e três latas de refrigerante. — Mas do que importa eu ser ou não rico? São só coisas materias. 

Why I Can't Die? ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora