Capítulo 12

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Então aquele ser acabou de tomar forma, de novo uma forma de mulher, sentia-se uma aura bem pesada e negra a volta dela.

-Peste, eu posso explicar.

-Guerra, não tens de explicar nada, era o nosso dever matar satanás e tu feito brincalhão fostes brincando com ela ate deixares a Morte e aquele rapaz aparecerem e te convencerem-te a te juntares a eles.

-Mas amor.

-Amor nada, nós somos uma dupla imbatível, Peste e Guerra o melhor casal que o mundo já pode ver.

-Ela é nossa amiga.

-E nós obedecemos a Deus, se ele a quer morta é isso que ele vai ter.

Ela tirou uma adaga da cintura e correu em direção de Satanás, olhar sem vida, completamente vidrada, completamente psicótica.

Mas mesmo antes de ela chegar a Satanás, Guerra salta para a frente.

-Para a ferires tens primeiro de passar por cima de mim.

-Amor, não me obrigues a te magoar tu sabes que eu te amo e não te quero fazer mal.

-Esta pode ser a única oportunidade que temos para a paz que sempre desejamos ter. não eras tu que querias acabar com todas as doenças do mundo?

-Sim, mas isso foi a muito tempo atras.

-Ainda existe essa hipótese.

-Deus tirou-me esse sonho a muito tempo atras.

-Mas querida...

-Querida nada, o plano era eu atacar com uma peste, fazendo a Morte achar que ela por causa dela que todos estavam a morrer e se separar de Satanás e tu acabares com o trabalho sujo e acabares de vez com Satanás e todos podermos voltar para o céu em paz.

-Como assim? Como foste capaz de matar tantos inocentes?

Morte se enche de novo cheio de raiva, com os olhos lacrimejando de lagrimas que saltavam do seu rosto, os punhos cerrados, ela corre em direção de Peste e lhe acerta um soco bem em cheio na face.

Peste cai no chão com o rosto todo ensanguentado daquele soco.

-Morte, para.

Corre Ben na direção de morte e a segura agarrando-a prendendo os seus braços.

-Na verdade eu nunca gostei de ti, sua sentimental de merda.

Peste se levanta e corre na direção da Morte.

-Peste, para.

Aparece Guerra a segurar Peste prendendo-lhe também os braços.

-solta-me Ben. Eu vou dar cabo da raça dela.

-Eu só queria te ver a tentar, anda estou a tua espera.

Ambas se debatem para tentar se libertar.

Mas só uma começa a ganhar a batalha.

-Larga-me Ben.

Ela consegue empurrar o Ben, de tal forma que ele é forçado a liberta-la.

-Agora vou dar cabo de ti.

Salta em direção da Peste e lhe da outro soco bem em cheio.

-Para morte.

Ben corre em direção a Morte.

Satanás corre em direção a Morte.

E antes de ela poder dar um último soco, Ben lhe agarra pelo braço que se preparada para deferir um último golpe, e Satanás se atira fazendo lhe uma placagem que a atira para o chão prendendo os braços dela contra o chão, ali ficando em cima dela.

-Tas assim tão importada com vidas insignificantes.

-Chega Peste. – Gritou Guerra.

Peste ficou olhando para a Guerra.

Os olhos de ambos brilhavam, viam-se que eram completamente apaixonados um pelo outro.

Até mesmo a Morte parou de se debater e ficou admirando aquele momento.

-Amor vamos construir o nosso próprio paraíso sem mais guerra sem mais pestes, só paz e cura como sempre almejamos conseguir, eles nos estão a dar essa saída, vamos aproveitar, talvez a única vez que teremos esta oportunidade.

-Minha querida Guerra tens mesmo a certeza que isso é o melhor para nós?

-Sim tenho, estou cansado de fazer tudo porque Deus quer, quero viver a minha própria vida, sem ter de deixar que os outros decidam o que é certo ou errado.

-Eu não sei, e se não conseguirmos?

-Pelo menos tentamos.

-E se morrermos?

-Morremos lutando pelo que achamos certo.

-Eu não poso fazer isso.

-Porque não?

-É muito arriscado.

-Ei, estamos criando um exército para isso mesmo, neste momento somos nós, a Morte e a Satanás somos quatro.

-Não te esqueças daquele pirralho.

-Ele nem conta, o que ele pode fazer contra Deus? Começar a choramingar?

-Ei, eu ouvi essa – resmungou Ben.

Os dois desataram as gargalhadas.

-Convenceste-me, por um mundo melhor.

-Por um paraíso melhor.

Começam passando a mão pela face uma da outra acariciando a criatura mais bela que eles já viram a sua frente.

-Eu te amo Peste.

-Eu te amo Guerra.

E se beijaram, se abraçaram como se de uma despedida se tratasse, mas no fundo só tratava de amor, Peste e Guerra nada mais era do que amor.

Nada mais era que  tudo sobre amor.

Eles finalmente acabam aquele momento amoroso.

Satanás ainda estava em cima da Morte, se esqueceu completamente desse feito graças aquela cena digna de Hollywood.

-Satanás, será que podes sair dai? – pergunta delicadamente Peste.

-Sim claro.

-Obrigado. – Agradece Peste sorrindo em direção a Satanás

Peste estende uma mão em direção a Morte.

-Anda-la aceita.

-Tudo bem. – Resmungou Morte.

Ao agarrar a mão da Morte, Peste puxa-a em sua direção acabando por a abraçar e junto do ouvido da Morte ela lhe diz.

-Desculpa por tudo, sabes que eu só estava seguindo ordens eu não queria ter de matar tanta gente, mesmo que eu os acho insignificantes.

-Eu entendo e esta desculpada.

Então se abraçaram ainda mais forte, nesse mesmo momento Morte chora de novo.

-E quando paras de ser tao sentimental.

-Cala-te e deixa me estar só desta vez.

Morte estava realmente apreciando aquele abraço como se fosse tudo na vida dela.

-Temos de decidir os vossos nomes humanos agora.

-A Guerra será Emma e a Peste Melanie.

-Por mim tudo bem.

-Por mim também.

-Então vão ficar em casa do Ben? - pergunta a morte.

-Em minha casa?

-Desculpem intrometer, mas nós preferimos tentar arranjar um canto só para nós, algum sítio que podemos estar a sós. – Interrompeu Guerra.

-É que sabem que no céu não tínhamos propriamente vida, é a primeira vez que nos sentimos realmente vivas.

Então ambos se separaram, Hera, Ben e Abigail seguiram para casa do Ben.

Quando Emma e Melanie seguiram em busca da sua própria.

O Coração InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora